quarta-feira, 20 de junho de 2012

PARÁBOLA DO PORCO ESPINHO




...durante uma era glacial bem remota, quando parte de nosso planeta se achava coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram. 


Morreram indefesos por não se adaptarem às condições do clima hostil.




Foi então que uma grande manada de porcos espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começaram a se unir, a juntar-se mais e mais. 


Bem próximos um do outro, cada qual podia sentir o calor do corpo do outro. 


E assim bem juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente. 


Assim aquecidos, conseguiram enfrentar por mais tempo aquele inverno terrível.

Vida ingrata, porém... os espinhos de cada um começaram a incomodar, a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor.


Feridos, magoados e sofridos, começaram a afastar-se. 


Por não suportarem mais os espinhos de seus semelhantes, eles se dispersaram.


Novo problema: afastados, separados, começaram a morrer congelados.


Os que sobreviveram ao frio voltaram a se aproximar, pouco a pouco. 


Com jeito e precaução. Unidos novamente, mas cada qual conservando uma certa distância um do outro. 


Distância mínima, mas suficiente para conviver, sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.


Assim agindo, eles resistiram à longa era glacial. Apesar do frio e dos problemas, conseguiram sobreviver.


Viver não consiste em respirar, mas em agir, e nada de grandioso se consegue sem uma forte vontade e uma grande parcela de amor, para podermos superar as nossas dificuldades e as nossas limitações.


As vezes os espinhos que outras pessoas possuem nos incomodam, mas temos que tentar conviver com os nossos espinhos e os de outras pessoas que nos são caras.

Autor Desconhecido

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