segunda-feira, 30 de agosto de 2010

SÃO CAMILO DE LÉLLIS

Fundador da Ordem Ministros dos Enfermos (Camilianos - MI)
       

                                                   
                                                   São Camilo nasceu no ano de 1550, em Bicchianico, cidade do reino de Nápoles.  O dia do nascimento foi o da morte de sua mãe. Na idade de seis  anos, perdeu o pai, oficial do exército. Do pai, parecia ter-lhe vindo a predileção pela vida militar. Mal soube ler e escrever, alistou-se no exército e, moço de 19 anos apenas, tomou parte numa campanha contra os turcos. Gravemente doente,  voltou a Roma,  onde foi internado no Hospital dos Incuráveis.  A paixão, porém,  pelo jogo,  fez com que o demitissem daquele estabelecimento.  Posto na rua, doente, pobre,  procurou serviço como servente de pedreiro, trabalhando em seguida numa casa que os capuchinhos estavam construindo. 
                                                   Apesar dos erros cometidos, Deus não o abandonou. Uma conversa que teve com o guardião do convento, abriu-lhe os olhos. Largou do jogo,  fez penitência e invocou a misericórdia divina. Camilo tinha então 25 anos.  Entrou na Ordem dos Capuchinhos, onde fez o noviciado e passou para os franciscanos. Estes, porém, não lhe consentiram  a permanência na Ordem por causa de uma úlcera que tinha no pé,  e que pelos médicos fora declarada incurável.  Acabrunhadíssimo, dirigiu-se ao Hospital de São Tiago, em Roma,  onde foi aceito e por uma feliz circunstância, nomeado administrador do mesmo.  Nesta nova posição,  se dedicou exclusivamente ao serviço dos  enfermos. Observando que os enfermeiros assalariados muito mal cumpriam o dever e os pobres doentes, devido a  esta circunstância,  sofriam muitos vexames e privações,  Camilo começou a  ocupar-se com o problema de  adquirir enfermeiros que, iguais a ele, tomassem  este encargo somente por amor a Deus.  A conselho de São Filipe Néri, organizou uma irmandade religiosa, cujos  membros se  obrigavam a tratar dos doentes, sem para isto aspirar outra recompensa, a não ser a de Deus. Os primeiros  poucos irmãos  eram leigos, aos quais  mais  tarde  se associariam alguns sacerdotes.  Adquiriram uma casa, onde moraram em comunidade.  Esta tomou incremento e, em bem pouco tempo,  Camilo teve  necessidade de abrir institutos idênticos na Itália,  Sicília e outras partes da Europa.  Seguindo ainda o conselho de São Filipe  Néri e o exemplo de Santo Inácio, apesar dos seus 32 anos,  voltou ao estudo e recebeu o sacramento da Ordem. Sacerdote, podia, além de médico corporal, ser médico das almas. 
                                                   A bula da canonização enaltece a  virtude da  caridade, que fez Camilo ser uma verdadeira mãe para os doentes.  A caridade chegou-lhe ao extremo por ocasião da peste em Roma.  Embora doente e sofrendo dores horríveis no pé, ia de casa em casa, procurando, socorrendo e consolando os pobres doentes.  Numerosos são os casos, em que foi visto levando às costas os doentes ao hospital, onde os tratava com o maior carinho. Quando a  peste fez entrada em Milão e Nola, Camilo acompanhou-a levando consigo a caridade, que o fez praticar maravilhas de mortificações e zelo apostólico. É de admirar que Deus recompensasse seu servo, dando-lhe diversos dons sobrenaturais, de que este se aproveitou para salvar as almas?  Muitos doentes recuperaram a saúde só pela palavra e oração do Santo. Muitos se  converteram dos pecados, por lhes ter Camilo mostrado que estes eram a causa da doença, e o perigo de viver em pecado mortal.
                                                   Camilo era humilde e  por causa da humildade, o homem mais querido em Roma. Chorando sempre os pecados da mocidade, dizia-se indigno de morar entre os homens e julgava-se  merecedor do inferno.  Palavras de elogios entristeciam e irritavam-no.  Não permitia que o chamassem fundador de uma Ordem e, depois de 27 anos de Superior,  pediu que lhe tirassem este fardo e o pusessem debaixo da obediência. 
                                                   Camilo era caridoso para com os outros e severo para consigo. Muito doente,  sofria muitas dores, mas nunca se lhe ouvia da boca uma palavra de queixa ou gemido de dor.  Tendo diante de si seus  pecados e  o inferno por eles merecido, menosprezava a dor, por mais intensa e cruel  que fosse. 
                                                   Gravemente enfermo e  desenganado pelos  médicos, Camilo recebeu o Santo Viático das mãos do cardeal Ginnásio, amigo e protetor da Ordem.  Vendo a sagrada Hóstia,  disse,  com as  lágrimas nos olhos:  “Alegro-me por me terem dito que entrarei na casa do Senhor. Reconheço, Senhor,  que sou dos pecadores o maior e indigno de receber vossa graça;  salvai-me segundo a vossa misericórdia. Ponho a  minha confiança nos merecimentos do vosso preciosíssimo sangue”.  Terminou a vida no ano de 1614, tendo 65 anos de idade. Em 1746 foi canonizado por Bento XIV.  São Camilo é padroeiro dos agonizantes.”
Reflexões:
O jogo é um vício detestável pelos prejuízos  que causa, natural e espiritualmente. O jogador  perde o dinheiro, o tempo, a moral  e a consciência. Geralmente, não são muito amigos da oração os que se entregam de maneira desenfreada ao jogo, e a piedade é a virtude que menos cultivam. A roda de que costumam fazer parte, os torna insensíveis, tanto pelo clima de desconfiança,  como pelas sofridas expectativas, ou ainda pelo desligamento momentâneo das virtudes cristãs.   Assim, o jogo,  a princípio um divertimento indiferente, torna-se facilmente uma paixão perigosa,  que poderá trazer completa ruína material e espiritual,  afastando a alma de Deus e do último fim, que é a felicidade eterna.
Se há jogos que não encerram o perigo de perder dinheiro, pelo menos exigem o sacrifício do  tempo, que de todos os  bens  é o mais precioso.  Seja, portanto, neste tipo de jogo,  o tempo aproveitado para sincera confraternização entre familiares e amigos,  não devendo-nos, porém,  permitir que se transforme em freqüente vício ou motivo de contendas inúteis, constrangimentos ou discórdias.
O exemplo de  São Camilo,  nos permite vislumbrar,  a sua completa renúncia dos vícios terrenos e a sua nova concepção pela busca da  salvação das almas. Saber que o tempo passa rapidamente e que deve ser aproveitado com a maior  intensidade possível,  para as coisas  do Alto.  E que para se atingir a Eternidade, inevitavelmente deveremos experimentar o sofrimento, vivê-lo com profundo amor e resignação, ao mesmo tempo, socorrendo com verdadeira caridade, ao maior número possível de irmãos que necessitam do nosso imediato auxílio. Foi dentro deste espírito de extrema caridade, que a família camiliana atravessou os séculos, em busca de milhares e milhares de almas;  seu divino brilho que até hoje resplandece, por sua  atuação espiritual junto ao povo de Deus.     
A cruz vermelha, símbolo da Ordem de todos os membros da família camiliana,   tornou-se o símbolo universal de  solidariedade entre os povos e de irrestrito amor aos sofredores.  Afixado nos hospitais, órgãos de saúde e em muitos medicamentos,  este símbolo foi adotado como sinônimo de estabelecimentos de saúde ou de produtos afins. O símbolo da  Cruz Vermelha Internacional, foi também adotado como símbolo universal de solidariedade entre os povos, baseado no extremo engajamento de São Camilo, que inaugurou o símbolo de sua congregação junto ao Hospital de São Tiago, em Roma. A fama e  santidade dos seus discípulos,  que dedicaram-se e ainda dedicam-se exaustivamente à causa dos pobres enfermos, deixou carinhosamente  marcado na memória de diversos povos e comunidades aquele emblema marcante, a cruz de Cristo no tom vermelho de Seu sangue,  fixado na parte frontal do hábito camiliano.  Esta farda de caridade, tornou-se distintivo perpétuo e universal, para todos aqueles que, imitando o exemplo de  São Camilo, tornaram-se sensíveis aos sofrimentos e angústias dos doentes e agonizantes.  

VERSÃO II

A HISTÓRIA DE SÃO CAMILO DE LELLIS
Pertencente de uma nobre e tradicional família, Camilo de Lellis foi militar e pelo seu caráter, expulso da tropa. Viciado em jogo, levava vida profana e decadente. Perdeu todos os seus bens. No momento mais melancólico de sua vida, em uma situação de mendicância, Camilo foi tocado pela graça divina, arrependendo-se de todos os seus pecados, passando a dedicar sua vida a servir, por espírito de caridade, aos doentes pobres em hospitais. E diante de tanta dedicação, fundou a Companhia dos Servidores dos Enfermos, conhecidos como Camilianos. E não é por menos que tornou-se patrono dos enfermos e dos hospitais.
Seu sobrenome remonta à história da igreja, época de Teodoro de Lellis, o Cardeal Pio II. Mas São Camilo de Lellis fez a própria história e deixou sua fé e sua dedicação aos enfermos disseminadas por todo o mundo.
São Camilo era italiano de Abruzzo, mas precisamente da cidade de Bucchianico. Em 1550, ano de seu nascimento, sua família carregava no sangue virtude, coragem e brio dos que lutaram nas Cruzadas.
Seu nascimento coroou o casamento de tantos anos da senhora Camila, a mãe, que até os 60 anos de idade não tinha conseguido dar um herdeiro ao esposo João.
Vida Voluntária
E foi com 17 anos que Camilo alistou-se como voluntário no exército de Veneza. Naquela época, pôde conviver com o drama dos enfermos que agonizavam diante de várias doenças. Foi dessa época também que Camilo passou a viver com uma dolorosa úlcera no pé, que o acompanhou até o último dia de vida. Nesse período, também sofreu a perda do pai e sua vida enveredou-se para os prazeres mundanos, como o da jogatina.
A vida de Camilo mudou completamente. Sofreu diante da falta de condições financeiras e de saúde. Doente, não conseguiu local para internar-se, o que o fez partir para Roma, pedindo auxílio no Hospital Santiago, justamente para tratar da chaga no pé direito. Camilo não tinha dinheiro para pagar o tratamento e ofereceu-se para trabalhos de servente e de enfermeiro.

Camillus de Lellis - 1550-1614
Mal cicatrizada a ferida, Camilo, sem nenhum recurso financeiro, soube que o país recrutava voluntários para combater os turcos. E lá foi ele. Não parou tão cedo. Em 1573, mais um combate. Neste ano, quase restabelecido economicamente, Camilo, mais uma vez, rendeu-se aos prazeres mundanos e atirou-se aos jogos. Perdeu tudo. Ficou a zero, reduzido à miséria. Retornou a Nápoles e prometeu se fazer religioso franciscano.
Um ano depois, Camilo esqueceu-se do voto que fizera de se tornar religioso franciscano e mergulhou novamente no jogo. O jogo e a bebida tornaram-se vícios em sua vida. Ficou novamente na miséria. Partiu para Veneza. Passou frio e fome. Não tinha onde morar, nem dormir. Em uma das derrotas no jogo, deu como pagamento a própria camisa. Depois de muito perambular, conseguiu abrigo no convento dos capuchinhos, momento em que lembrou do voto de tornar-se religioso. Converteu-se realmente.
Cumpriu Abnegado Sua Missão
Camilo retornou ao Hospital Santiago, desta vez como mestre da casa. Apesar de doente, tratou dos enfermos como de si. Em 1581, com a saúde precária, decide tratar dos doentes gratuitamente. Na época, Camilo foi levado a agir assim diante da exploração, desonestidade e falta de escrúpulos dos médicos para com os doentes. Em 1582, Camilo teve a primeira inspiração de instituir uma companhia de homens piedosos que aceitassem, generosamente, a missão de socorrer os pobres enfermos, sem preocupação de recompensa.
Aos 32 anos voltou aos estudos, sendo ordenado sacerdote aos 34 anos. Aos 18 de março de 1586, o papa Sixto V aprova a Congregação Religiosa fundada por Camilo.
Em 21 de setembro de 1591, o papa Gregório XIV eleva a Congregação de Camilo ao "status" de Ordem Religiosa.
Na guerra que logo em seguida houve na Hungria, os "Camilianos" trabalharam como primeira unidade médica de campo, cuidando dos feridos.
Não bastou a Camilo tomar consigo apenas bons enfermeiros e alguns até médicos, os doentes careciam também de assistência religiosa. É evidente que a alma bem cuidada dispõe melhor o corpo para suportar os sofrimentos e sobrepor-se à doença. Vale destacar que antes de ser santo, Camilo não tinha qualquer ligação de fé no Senhor.
Muito doente, Camilo renunciou ao cargo de Superior Geral de sua Ordem Religiosa em 1607.
Faleceu em Roma aos 14 de julho de 1614. Sua festa é celebrada aos 14 de julho, data de sua morte.
Nos primeiros dias de julho de 1614, já no seu leito de morte, recebeu a última comunhão e deixou as seguintes recomendações:
"Observai bem as regras. Haja entre vós uma grande união e muito amor. Amai, e muito, a nossa Ordem, e dedicai-vos ao apostolado dos enfermos. Trabalhai com muita alegria nesta vinha do Senhor. Se Deus me levar para o Céu, vos hei de ajudar muito de lá. As perseguições que sofreu nossa obra vieram do ódio que o demônio tem ao ver quantas almas lhe escaparam pelas garras. E já que Deus se serviu de mim, vilíssimo pecador para fundar miraculosamente esta Ordem, Ele há de propagá-las para o bem de muitas almas pelo mundo inteiro. Meus padres e queridos irmãos: eu peço misericórdia a Deus e perdão ao padre Geral aqui presente e a todos vós, de todo mau exemplo que eu pudesse ter dado, talvez mais pela minha ignorância, do que pela má vontade. Enfim, eu vos concedo da parte de Deus, como vosso Pai, em nome da Santíssima Trindade e da bem-aventurada Virgem Maria, a vós aqui presentes, aos ausentes e aos futuros, mil bênçãos".
Camilo de Lellis morreu no dia 14 de julho de 1614. Seu féretro foi marcado por muita comoção e acompanhado por uma multidão. Mas um milagre era visto naquele dia: enquanto preparavam o corpo de Camilo para o funeral, os médicos, estarrecidos, notaram que a chaga havia desaparecido.
Em 1746, durante uma festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, o Papa Bento XIV, no dia 29 de junho, declara Santo o nome de Camilo de Lellis.
Em 1886, Leão XIII declarou São Camilo, juntamente com São João de Deus, Celestes protetores de todos os enfermos e hospitais do mundo católico.


No dia 28 de setembro de 1.930, Pio XI proclamou Camilo " Protetor dos profissionais da saúde"
Links relacionados:
Oração de São Camilo
Oração dos Enfermos
Hino de São Camilo


FONTE: WWW.CAMILIANOS.ORG.BR

O QUE DEVEMOS FAZER DIANTE DAS PROVAÇÕES

Quando não tiver forças pra orar, SUSSURRE.
Quando não tiver forças para CLAMAR
Use teu gemido, o Espirito Santo INTERPRETA.
Quando achar que não suportará as lutas, INSISTA.
Quando o MEDO tentar te fazer afogar, CREIA.
Quando não conseguir parar de chorar, EXTRAVASE
É bom chorar na presença de DEUS.
Quando pensar que não vais aguentar,
Relembre as PROMESSAS de DEUS para tua vida.
Quando não puder VOAR, SALTE.
Quando não puder SALTAR, CORRA.
Quando não puder CORRER, ANDE.
Quando não puder ANDAR, ARRASTE-SE.
Mas não DESISTA nunca
De chegar ao LUGAR onde estás destinado a ir,
E Esse Lugar é a TERRA DAS PROMESSAS.
Se há GIGANTES para te assutar, Não Temas
DEUS põe o GIGANTE por terra
E te fará TRIUNFAR.
FORTALEÇA-SE em DEUS e nas suas PROMESSAS!



AUTOR : DESCONHECIDO

domingo, 29 de agosto de 2010

Saudosistas do futuro que se anuncia!

Texto de Dom Henrique Soares da Costa, Bispo auxiliar de Aracaju extraído de seu blog. Visite:http://costa_hs.blog.uol.com.br/
 
Saudosistas do futuro que se anuncia!


Já escutei algumas vezes os incomodados com os jovens que desejam a grande Tradição da Igreja e rejeitam o tanto de secularização e desmantelo em que nos encontramos, particularmente no tocante à liturgia, à doutrina e à moral. Irritados, rotulam esses jovens como alienados, clericais, reacionários, autoritários… Ridicularizando, esses incomodados acusam esses jovens de terem saudade do que não viveram…

Pois eu digo: eles estão cansados de tanta secularização, de tanta ideologia liberal, de tanto relativismo, de tanta falta de piedade, de tanto relativismo… Eles não são saudosistas: têm saudade daquilo que está no seu DNA: a verdadeira fé católica, o verdadeiro espírito católico, as verdadeiras atitudes de um católico! Já Paulo VI constatava com imensa tristeza que um tipo de mentalidade não católica havia entrado na Igreja católica após o Vaticano II… Somente quem perdeu o sentido da Tradição e desconheça o que seja o (sensus fidei) ou o sensus fidelium (sentido dos fieis) pode apelar para um argumento tão raso quanto este, de chamar saudosista do que não viveu aos jovens que trazem no seu DNA espiritual dois mil anos de vida cristã!

É bom que estejamos bem atentos: se tantos jovens – padres e seminaristas ou leigos – desejam mais retidão, coerência doutrinal, disciplina e seriedade nas coisas da Igreja é porque a ideologia do espírito do Concílio (que pouco ou nada tem a ver com a letra do Concílio!) fracassou e está devastando a Igreja: ao invés de uma primavera, colocou-nos num triste e frio inverno….

Mas, o Concílio Vaticano II ainda será sim uma primavera na Igreja, quando, levadas pelo vento as folhas secas do “espírito do Concílio”, despontarem os brotos de uma vivência do Vaticano II no sulco da grande Tradição da Igreja, como o Santo Padre Bento XVI – e todos os Papa pós-conciliares – tanto deseja! Esses jovens incômodos e esses movimentos críticos da bagunça aí presente que são sinais efetivos desse despertar! O DNA católico está vivo; nunca morrerá!

 


POSTADO: JOÃO PECEGUEIRO

sábado, 28 de agosto de 2010

MAIS UM ABSURDO PROTESTANTE: Pastor americano prega sexo como caminho para salvação

Pastor americano prega sexo como caminho para salvação

21/11 - 10:12 - EFE
WASHINGTON - Praticar sexo para conseguir a salvação pode ser a idéia do Paraíso para alguns crentes, e foi precisamente isso que um pastor de uma igreja americana propôs a seus fiéis.
O reverendo protestante Ed Young, de 47 anos, pediu aos fiéis de sua paróquia, a Fellowship Church de Grapevine, no Texas, que façam sexo durante sete dias seguidos. Ele próprio, que é casado com Lisa, de 26 anos, e tem quatro filhos com ela, planeja ser o primeiro a dar o exemplo.
Segundo Young, a sociedade atual promove a promiscuidade e ele pretende fazer com que os casais voltem a valorizar o ato sexual, que ele considera algo espiritual que ajuda a fortalecer o casamento e a família.
"Deus diz que o sexo deve ser algo entre um homem e uma mulher casados. Acho que é uma das melhores coisas que se podem fazer pelos filhos, porque se um casamento é feliz, a família também é", explica o pastor.
Young acrescentou que durante os sete dias tratará de cumprir o ritual com sua esposa. "Vamos tentar", disse o reverendo, que frisou: "Tenho muita vontade. Vai ser um dos melhores dias de Ação de Graças jamais vividos", em referência à última quinta-feira de novembro, quando os americanos agradecem pelas conquistas do ano.
Young lançou seu desafio a seus fiéis no domingo passado e para deixar sua mensagem ainda mais clara, ele a manifestou de uma cama instalada para a ocasião em frente à sua igreja.
Aos domingos, cerca de 20 mil pessoas vão a este templo, que conta também com filiais em Fort Worth e Plano, no Texas, além de uma em Miami, na Flórida.
Em declarações ao programa "The Early Show" da rede "CBS", Young afirmou que "a meta é que a Igreja fale sobre sexo", porque foi "Deus quem inventou o sexo, e ele nos diz que o pratiquemos, embora dentro do casamento".
O sexo "é um reflexo autêntico de se o casamento vai bem, portanto pensei, não seria estupendo se pudéssemos fazer com que 20 mil pessoas o praticassem durante sete dias seguidos?", argumentou.
O pastor também espera que a prática do sexo sirva para que os casais resolvam assuntos pendentes entre eles e garante que o apoio à sua proposta foi grande.
Segundo ele, durante seu sermão houve fiéis que enviaram mensagens a seus amigos para convidá-los a se unirem à prática.
Ele frisou que ao término dos sete dias, fará um serviço religioso no qual serão lidas algumas das reações e respostas enviadas por e-mail pelos fiéis.
Agora ele defende a prática do sexo, mas há dois anos este pastor, que se descreve como "um firme defensor de um estilo de vida ativo e são", declarou guerra à obesidade em sua igreja e pôs à disposição de seus fiéis clubes de ciclismo e atletismo, cursos para entrar em forma e equipamentos para a prática de futebol, basquete e vôlei.
Em sua página na internet, Young admite que o cumprimento de seu desafio está lhe dando trabalho, devido aos preparativos para viagens a Londres e Johanesburgo.
"Estamos nos preparando tão rapidamente que foi todo um desafio" cumprir essa proposta, diz o pastor, que acrescenta que o excesso de trabalho não fez com que ele e sua esposa abrissem mão de cumpri-la.
"Só nos fez planejar melhor nossa estratégia para encontrar um momento para fazer amor", disse.
Em relação aos seus cerca de 20 mil fiéis, só será possível saber se cumpriram o desafio, em muitos casos, dentro de nove meses.



fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/11/21/pastor_americano_prega_sexo_como_caminho_para_salvacao_2125199.html

O CAMINHO DA SALVAÇÃO.

O Caminho da Salvação.

A escolha mais importante da sua vida

Caro(a) amigo(a),

Você sabe qual a coisa mais importante que podemos obter nesta vida, neste mundo? Eu direi a você. Não estamos neste mundo com o intuito de passarmos uma simples “temporada” sem importância. Há algo maior, uma decisão que você (assim como todo ser humano) precisa tomar e que portanto deve ser uma decisão consciente. Esta escolha é sobre a salvação de nossas almas. Não existe meta maior do que esta. Não existe algo mais importante. Veja o que disse Jesus Cristo em certa ocasião:
“Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida?” (Mc 8,36-37)
Você poderia então me perguntar: mas, como posso salvar a minha vida? Como posso obter a salvação da minha alma?

Buscarei mostra-lhe isso passo a passo, a partir deste momento. Peço que você possa acompanhar-me.
Deus ama você.
Deus nos criou por amor. Mesmo sendo Deus completo em si mesmo e não necessitando de nada exterior a si, Ele desejou trazer à existência seres que compartilhassem de sua santidade, felicidade e glória. Você, querido(a) amigo(a), é chamado a realizar na sua vida, a vocação de Filho(a) de Deus. Deus ama você de um modo que ninguém jamais poderia amar, pois Ele te criou. Vejamos algumas passagens da Escrituras que falam sobre este Amor de Deus:
"Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca”. (Is 49,15)

"Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3,16)

"Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós”. (Rm 5,8)

"Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor". (1Jo 4,8)

Deus ama a cada um dos seus filhos de modo especial e particular. Não deseja que nenhum deles se perca, se condene.
"O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam". (2Pd 3,9)
Você pode estar se perguntando: mas se Deus nos criou por amor e nos ama incomparavelmente, por que tanto sofrimento no mundo e por que, quase sempre, é difícil perceber a sua presença?

A causa disso tudo é o pecado.
O Pecado (a queda da humanidade).

Deus nos criou dotados de inteligência e liberdade. A esta liberdade chamamos de livre-arbítrio. É a capacidade de escolhermos livremente nossas decisões. Sem verdadeira liberdade não pode haver verdadeiro amor. Caso Deus nos houvesse criado sem o atributo de liberdade nós seriamos como robôs a servi-lo.

A liberdade permite ao homem escolher se deseja amar ou não a Deus. Foi o abuso desta liberdade que levou a humanidade à desobediência. Somente a Deus cabe decidir o que é mal e o que é bom, pois Ele criou todas as coisas. Mas, movidos pelo orgulho, o homem e a mulher desejaram tomar de Deus este atributo exclusivo d’Ele. Daí vem todo o mal do mundo, toda a desarmonia e sofrimento.

Por causa do pecado afastamo-nos de Deus. Abriu-se como que um abismo entre a humanidade e seu Criador. Pelo ato da desobediência, nós (humanidade) rejeitamos o Plano Divino da salvação e escolhemos o nosso próprio. Assim perdemos o paraíso, que significa a felicidade, harmonia e santidade originais que o homem tinha por ser criado por Deus e viver em harmonia com Ele.
"mas não comas do fruto da árvore da ciência do bem e do mal; porque no dia em que dele comeres, morrerás indubitavelmente". (Gn 2,17)

"Assim como pela desobediência de um só homem foram todos constituídos pecadores, assim pela obediência de um só todos se tornarão justos". (Rm 5,19)

Assim como Deus havia dito, o homem tornou-se mortal. Pois o pecado original retirou da humanidade a santidade, harmonia e justiça originais. Rompeu-se, desta forma, a comunhão harmoniosa que havia entre o homem e Deus, e entre o homem e a natureza. Como sabiamente disse Santo Agostinho: “Sem o Criador, a criatura se esvai”.

O homem estava perdido, condenado. Não tinha méritos em si mesmo para recuperar aquilo que havia perdido por sua desobediência e orgulho. Estava desta forma apartado de Deus. No entanto Deus não abandona o homem, e já após a sua queda promete-lhe a redenção:
"Porei ódio entre ti [a serpente, simbolizando o demônio] e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar". (Gn 3,15)
Deus promete que um descendente da mulher irá esmagar (derrotar) a serpente, ou seja , o demônio e o pecado, inimigos de Deus e da humanidade.

Que descendente é este?
O Salvador

Com a humanidade separada de Deus e sem possuir méritos próprios para se redimir de suas faltas, somente um homem com méritos infinitos poderia ser um sacrifício redentor por todos os homens. Assim o Verbo Eterno, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, encarnou-se no seio de uma Virgem, Maria, para tomar nossa humanidade e redimir-nos. Foi o seu Sacrifício Redentor na cruz que rasgou o ‘véu’ que separava a humanidade de Deus, somente n’Ele temos a salvação e a vida eterna.
"Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim". (Jo 14,6)

"Eu vim como luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas". (Jo 12,46)

Jesus Cristo, Deus Eterno encarnado no seio da humanidade é a Verdade e a Luz da Salvação para todos.

Mas, para que a salvação aconteça na sua vida, e na de qualquer um, é necessário crer em Jesus Cristo. E CRER neste sentido não é somente acreditar que Cristo existe, ou que é o Salvador. Crer é também comprometer a sua vida, sua moral, práticas e atitudes em geral com Cristo. É, enfim, praticar os mandamentos de Jesus. Quem não pratica se engana (não crê realmente) e não se salva.
"Se me amais, guardareis os meus mandamentos". (Jo 14,15)

"Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos". (Tg 1,22)

É preciso buscar uma vida conforme a vontade de Deus. Renunciar aos pecados.
"Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo". (Jo 8,34)
“Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna? Disse-lhe Jesus: Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos. Quais?, perguntou ele. Jesus respondeu: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”. (Mt 19,16-19)
É necessário para realmente CRER em Jesus cumprir sua vontade, seus mandamentos. E seus mandamentos visam tão somente o bem de todos os homens. Ensinam aos homens as relações de verdadeiro amor, respeito e justiça, aos moldes do que o mesmo Deus de Justiça e Amor tem por nós.
A Igreja
Somente Jesus Cristo salva, esta é a verdade. Porém, Jesus salva através dos meios que ele escolheu.

Tolamente se engana aquele que imagina crer em Jesus Cristo e na verdade ‘pinça’ (escolhe) aqui e acolá alguns dos ensinamentos do Salvador, e não os aceita em sua totalidade. Quem assim procede é um morno, e não há lugar para mornos no Reino de Deus (cf. Ap 3,15).

Assim Nosso Senhor Jesus Cristo ensina que para salvar-se é preciso inicialmente crer e ser batizado:
"Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado". (Mc 16,16)
E também praticar os seus mandamentos (fazer Boas Obras):
"Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus". (Mt 7,21)

"Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?" (Tg 2,24)

Uma fé sem obras é morta e estéril (não pode gerar vida). Assim como somente as obras não podem salvar-nos sem a fé, pois fomos resgatados por um Dom Gratuito de Deus, também a fé teórica (sem prática), não nos salva.

Cristo desejou a unidade e a pediu:
"Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um:" (Jo 17,22)
E a Palavra diz:
"Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo". (Ef 4,5)

No entanto, apesar de tão claro ensinamento, dizem possuir a unidade, aqueles que se dividem em mais de 30.000 seitas diferentes, com crenças, doutrinas, batismos e ensinamentos diferentes. Ora isso é pecar contra o Espírito Santo, pois o mesmo não poderia inspirar a confusão.

Jesus ainda disse:
"(...) Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos". (Jo 6,53)
A Verdadeira Igreja de Cristo é a Igreja Católica Apostólica Romana. Só ela guarda em totalidade estes mandamentos. Só ela foi fundada por Jesus Cristo. Só ela foi fundada sobre Pedro, rocha visível da Rocha Invisível (cf. Mt 16,18-19). Só ela tem 2000 anos. Só ela vem dos tempos apostólicos e guarda fielmente o Depósito da Fé. Os pecados dos filhos desobedientes as palavras da Igreja, não puderam e não podem manchar a Igreja e sua sã doutrina, pois ela é a Esposa de Cristo. Sobre ela Cristo afirmou que “as postas do inferno não prevalecerão” (cf. Mt 16,18).

Sobre seus apóstolos Cristo afirmou:
"Quem vos ouve, a mim ouve; e quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou". (Lc 10,16)
O apóstolo São Paulo afirma que a fé é obediência (cf. Rm 16,26). Portanto não é orgulho e rejeição daqueles que Deus constituiu. Foi o pecado do orgulho que levou o inimigo de Deus, Lúcifer a rebelar-se e a dizer: “Não, não servirei”.

É a viver e a praticar esta fé católica, que eu te convido querido(a) irmão(ã). Deixe de viver uma fé teórica, sem prática e vida. Reconheça Cristo Jesus como Salvador e busque os meios para praticar e obedecer os seus mandamentos.

Você pode neste momento orar a Cristo assim:
“Senhor Jesus Cristo, a partir deste momento desejo crer em Ti de uma forma nova. Uma forma viva e verdadeira. Perdoa-me Senhor, todos os meus pecados e ofensas. Aqueles pecados que cometi contra ti, meus próximos e meus semelhantes. A partir de agora creio em ti como meu Senhor e Salvador. Ensinai-me a fé verdadeira e a ser um filho fiel da tua Santa Igreja. Concede-me a perseverança, as graças e as virtudes necessárias para a minha salvação. Amém”.
Se você deu este passo de fé agora... então o céu canta louvores por sua causa:
"Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa". (Lc 15,10)
Louvado seja Deus pelo seu primeiro passo neste Santo Caminho!

Neste mesmo arquivo, você encontrará ainda muitas outras informações sobre a autêntica fé cristã... a fé católica. Leia os
outros textos e especialmente o ‘Manual do Católico’ que contém ensinamentos de doutrina e prática católica.

Deus te abençoe!!!

Fé e conversão


Fé e conversão
 
"Creio em Deus Pai todo poderoso..."

A palavra fé vem do grego "pisteuo", que significa crer, prestar adesão a alguém. Deus comunica o seu amor aos homens e espera uma resposta concreta para a realização de suas obras. A fé é a resposta do homem ao Deus que se revela. Esta comunhão é confirmada quando o homem submete completamente sua inteligência e vontade a Deus. Em obediência a Palavra de Deus, o homem livremente inicia a vida de fé quando abre os olhos para a verdade e assume a graça de participar e optar definitivamente pelo plano de salvação.

"De fato, é pela Sua graça que fostes salvos, mediante a fé, e isto não procede de vós: é dom de Deus"(Ef 2,8).

A virtude sobrenatural da fé é cultivada pela caridade.
( Cf II Ts 1,3)
O amor é a única condição que intensifica o progresso na comunhão da fé autêntica e das obras de misericórdia
(Cf Tg 2, 14-23)

Fé não significa apenas acreditar na existência de Deus. "Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem"(Tg 2,19).
As palavras afirmadas devem seguir as exigências estabelecidas pelos ensinamentos de Jesus. Fé é uma afirmação que nos leva a missão de percorrer o caminho da ressurreição para encontrarmos a vida nova em Nosso Senhor Jesus Cristo.

A raiz da fé não está firmada nos sentimentos. Nenhuma situação ou acontecimento pode alterar o verdadeiro sentido desta certeza manifestada pela glória de Deus (Cf Jo 11,40).

"Fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê" (Heb 11,1).É a posse antecipada do que se espera, é uma demonstração da realidade ainda não acontecida.

Fé é o caminho da entrega e do abandono. É como atravessar um túnel, embora tudo pareça escuro, temos a certeza de encontrar a luz no final.

Como opção definitiva, a fé exige perseverança e fidelidade: "Combate o bom combate, com fé e boa consciência; pois alguns, rejeitando a boa consciência, vieram naufragar na fé" (I Tim 1,18-19).

"Mas quando vier o Filho do homem, achará fé sobre a terra?" (Luc 18,8).

A conversão parte da fé: "Crede em Jesus, arrependei-vos de vossos pecados e então podereis viver a vida do Filho de Deus ressuscitado" (Ato 2,38).

Conversão é a escolha radical, é a opção determinada pela causa do Reino de Deus.Essa transformação acontece quando o arrependimento leva a pessoa a renunciar ao pecado para buscar uma vida nova.

Jesus quer salvar e nos conduzir ao Pai. Aceitar Jesus implica uma mudança de valores, de atitudes e de vida.

A experiência com Deus é a causa principal para que aconteça a confirmação da mudança de vida. A conversão de Santo Agostinho é um exemplo marcante na história do mundo, mesmo tarde, não deixou de amar a Deus, renunciou ao pecado para buscar definitivamente o caminho da santidade.

A conversão de Saulo também é outro sinal da misericórdia de Deus. Depois de tanto perseguir os cristãos, durante uma viagem a Damasco, Jesus o faz reconhecer seu erro, com a pergunta: "Saulo, Saulo, por que me persegues?".
(Cf At 9,1-9). Saulo coloca-se diante do Senhor sem resistir ao seu chamado e cumpre fielmente a sua missão de servir à Igreja.

Não basta viver a conversão por tempo determinado. Quando conhecemos a verdade devemos ser fiéis no compromisso com Deus. Nossa resposta deve ser uma só: "Dizei somente sim se é sim; não se é não" (Mt 5,37). Perseveremos diante das dificuldades na caminhada. Renunciemos ao pecado e deixemos o Senhor nos modelar para sermos transformados em criaturas novas...

Autora: Ir. Fabiana Souza Duca de Aguiar, cmesFonte: www.asj.org.br

Sede Santos, porque eu sou Santo



Sede Santos, porque eu sou Santo
 
O nosso Catecismo diz que:

´O aspecto mais sublime da dignidade humana está na vocação do homem à comunhão com Deus´(nº 27).

É o sentido da vida humana: a comunhão com Deus.

Se esta comunhão não for atingida, a vida humana estará frustrada na sua própria ´razão de ser´.

Essa comunhão com Deus, em última instância, é um chamado à santidade, sem a qual o homem não pode viver a vida divina. A carta aos hebreus diz:

´Procurai ... a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor´(Hb 12,14).

Quando Deus chamou Abrão para formar o Seu povo, a partir dele, a primeira exigência que fez foi:´Anda na minha presença e sê íntegro´(Gen 17,1). Esse ´sê íntegro´ mostra que para viver na presença de Deus e serví´Lo, é preciso ser santo. Deus é Aquele que é três vezes Santo. Santíssimo!

No Sermão da Montanha, ao proclamar o ´código da vida cristã´, Jesus exigiu de todos: ´sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito´ (Mt 5,48). Para Jesus o padrão da perfeição é o próprio Deus, e devemos nos assemelhar a Ele.

Desde o Antigo Testamento é forte o chamado à santidade. Deus diz ao povo, através de Moisés:

´Sede santos porque Eu sou santo´ (Lev 11,44),

S. Pedro repete essas palavras aos fiéis:

´A exemplo da santidade daquele que vos chamou sede também vós santos em todas as vossas ações´ (1 Pe 1,15).

Essas palavras indicam que somos ´chamados à santidade´ para atingirmos o destino que nos está proposto pelo Criador: a vida de plena comunhão com Deus.

No início de três epístolas: aos efésios, aos romanos e aos coríntios, São Paulo reafirma esta nossa vocação. Aos romanos, logo na saudação ele diz: ´ a todos os que estão em Roma, chamados a serem santos´ (Rom 1,7). Aos coríntios ele repete: ´ aos fiéis santificados em Cristo Jesus, chamados à santidade´ (1 Cor 1,2); e, aos efésios: ´Bendito seja Deus ... que nos escolheu em Cristo antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos´ (Ef 1,4).

É uma repetição sistemática sobre o chamado de Deus a que sejamos santos. Isto leva São Paulo a dizer:

´Vivei uma vida digna da vocação para a qual fostes chamados´(Ef 4,1). ´Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que delas nem sequer se fale entre vós, como convém a santos´ (Ef 5,3).

Para o Apóstolo, santos são todos os homens consagrados a Deus pelo batismo. Ninguém está dispensado de buscar a santidade para a qual foi chamado por Deus.

São Domingos Sávio, o jovem discípulo de D. Bosco, que morreu santo aos 15 anos de idade, foi capaz disso porque fez da santidade ´a razão de ser da sua vida´. Era seu lema: ´antes morrer do que pecar´; e dizia ainda, com toda convicção: ´Se eu não conseguir a santidade, nada terei feito neste mundo´.

Que exemplo de uma criatura tão jovem!

´Está é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santificação e honestidade, sem se deixar levar pelas paixões desregradas como os pagãos...´ (1 Tes 4,3).

Na conquista da santidade o Apóstolo diz que precisamos ´resistir até ao sangue na luta contra o pecado´ (Hb 12,4), e nos adverte de que Deus nos corrige a cada momento com esta finalidade. Citando os Provérbios diz:

´Filho meu, não desprezes a correção do Senhor; nem desanimes, quando por Ele és repreendido; pois o Senhor corrige os que ama e açoita todo aquele que reconhece por seu Filho´(Prov. 3,11´12).

Todas as provações e sofrimentos da vida, que Deus permite que nos atinjam, são para a nossa santificação; é o ensinamento dos santos e da Igreja.

Sem a cruz não há santificação, eles afirmam, porque somente ela consegue arrancar as ervas daninhas e curar as más inclinações de nossa alma.

O Apóstolo faz questão de afirmar que Deus Pai permite tudo isto ´para nosso bem, para nos comunicar sua santidade´ (Hb 12,10).

E por isso, não podemos desanimar neste combate, já que, como diz a Palavra: ´estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos´ (Hb 12,7).

O Senhor Jesus nos propõe a cruz ´de cada dia´ como o melhor caminho de santificação:

´Se alguém quer vir após mim, renegue´se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga´me ...´(Lc 9,23).

Sem aceitarmos com paciência e fé a ´cruz de cada dia´; isto é, tudo o que não gostamos, jamais poderemos galgar os degraus da santificação e fazer a vontade de Deus.

É um paradoxo para os que não têm fé, como disse o Apóstolo: ´a linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que se salvam, isto é, para nós, é uma força divina´ (1 Cor 1,18).

Certa vez o Papa João Paulo II disse, citando Bernanos:

´A Igreja não precisa de reformadores, mas de santos´.

Os santos foram e são os únicos autênticos reformadores da Igreja. Os que mais fizeram pelo reino de Deus . Os homens e as mulheres que ´abalaram o mundo´, como disse Renè Fullop Muller: Santo Antão, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Santa Teresa de Ávila, São Francisco de Assis, Santo Inácio de Loyola, São João da Cruz, São Vicente de Paulo, etc.

Portanto, a primeira e maior preocupação de cada um que quer sevir a Deus e à Igreja, deve ser a de ´buscar a própria santidade´. O resto virá por acréscimo. O Papa João Paulo II disse, quando da beatificação de Madre Paulina:

´A santidade é a prova mais clara, mais convincente da vitalidade da Igreja, em todos os tempos e em todos os lugares´( L´Osservatore Romano, n°44,3/1/91).

Em outra ocasião, aos catequistas, ele reafirmou:

´Numa palavra, sede santos. A santidade é a forma mais poderosa para levar Cristo aos corações dos homens´ (idem, n°24, 14/06/92, pg 22).

´Aqueles que seguem fielmente a chamada à santidade, escrevem a história da Igreja na sua dimensão mais essencial; isto é aquela da sua intimidade com Deus´ (LR, n°8, 24/08/96).

´É possível restaurar as instituições com a santidade, e não, restaurar a santidade com as instituições´(S.Vicente).
 

Fonte: www.cleofas.com.br

Santificados na vontade de Deus




Santificados na vontade de Deus 
Aqueles que já chegaram à perfeição da santidade nos ensinam que o caminho é ´fazer a vontade de Deus´. Isto nos santifica porque nos conforma com Jesus, o modelo da santidade. É impressionante observar o zelo que Ele tinha em cumprir a vontade do Pai. A própria Encarnação foi a maneira que Jesus encontrou para, como Homem, fazer perfeitamente a vontade de Deus, que Adão não quis fazer. A Carta aos hebreus nos diz que Ele pediu ao Pai ´um corpo´ :

´Ao entrar no mundo, Cristo diz: Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade´ (Hb 10,5´9).

E o escritor sagrado completa de maneira perfeita dizendo:

´Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Cristo´ (Hb 10,10).

Da mesma forma, cada um de nós, quanto mais e melhor cumprir a vontade de Deus, mais se santificará.

São João da Cruz, doutor da Igreja, disse: ´Mesmo que realizes muitas coisas, não progredirás na perfeição, se não aprenderes a negar a tua vontade e sujeitar´te, deixando a preocupação de ti próprio e das tuas coisas´.

A primeira coisa que temos de compreender, e aceitar na fé, é que a vontade de Deus nem sempre, ou quase sempre, não coincide com a nossa. E aí está o primeiro passo de santificação: a nossa humilhação própria diante de Deus, abdicando do que nós queremos, para fazer o que Deus quer. É o que São Paulo chamava de ´a obediência da fé´ (Rom 1,5), sem o que é ´impossível agradar a Deus´ (Hb 11,6), já que o ´justo vive pela fé´ (Hab 2,4; Rom 1,17).

Nada agrada mais a Deus do que trocarmos, consciente e livremente, a nossa vontade pela d\\\'Ele. Quando damos esse passo, na fé, Ele substitui a nossa miséria pelo seu poder infinito. Portanto, é preciso a cada dia, a cada passo, em cada acontecimento da vida, ir fazendo esse exercício contínuo de aceitar a vontade do Senhor, que sabe o que faz. São Bernardo disse: ´Se os homens fizessem guerra à vontade própria, ninguém se condenaria´. Este é o segredo para se abandonar aos desígnios de Deus: ele é Pai, ele nos ama, ele quer só o nosso bem, por mais adversas e incompreensíveis que sejam a situação que vivemos. Ele está no leme do barco da nossa vida. É preciso confiar!

Certa vez um garotinho ia viajando em um trem que estava vazio. Ao chegar à estação, o chefe desta achou estranho aquele menino viajando sozinho no trem, e o interpelou: ´Menino, o que você está fazendo aí sozinho neste trem ? Para onde você vai, neste trem? ´ Ao que o menino respondeu: ´Eu gosto muito de andar de trem, e estou viajando neste trem.´ Então o chefe da estação lhe ordenou que deixasse de imediato aquele trem e voltasse para a sua casa. Tranqüilo, e sem manifestar qualquer preocupação, o garoto lhe respondeu: ´Moço, o senhor pode ficar tranqüilo, o maquinista deste trem é o meu pai.´

Deus é o maquinista do trem da nossa vida, por isso não precisamos nos preocupar com a nossa sorte. A sua santa vontade é a melhor para a nossa vida, podemos ter certeza disso. Nunca duvidar desta verdade é sinal de muita fé e coerência cristã.

O profeta Isaías disse: ´Meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor, mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos´ (Is 55, 8´9).

A lógica de Deus é diferente da nossa porque Ele vê todas as coisas, perfeitamente, enquanto a nossa visão é míope e limitada. É como se olhássemos a vida como um belo tapete persa, só que pelo lado do avesso. Não podemos duvidar de que a vontade de Deus para nós ´é a melhor possível ´, mesmo que nos seja incompreensível no momento.

Santo Agostinho dizia que Deus ´permite o mal para evitar um mal ainda maior´. E Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, resumia tudo dizendo: ´Fazer o que Deus quer, e querer o que Deus faz´.

Ninguém chegará à santidade se não amar a vontade de Deus e se não glorificá´la. É o que levava São Paulo a ensinar:

´Em todas as circunstâncias dai graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus´ (1 Tes 5,18). O Apóstolo insistia muito nisso; dar graças a Deus em tudo é o que alegra ao Senhor sobremaneira, pois é o melhor testemunho de fé que lhe damos. Esta atitude consciente elimina a tristeza da nossa vida, arranca do nosso coração o mau humor, a impaciência, a grosseria com os outros, etc. É nessa perspectiva que S. Paulo dizia: ´Ficai sempre alegres, orai sem cessar. Por tudo dar graças..(1 Tess 5,16).

Não seremos felizes de verdade e não teremos paz duradoura, sustentada, enquanto não nos rendermos à santa e perfeita vontade de Deus. Ela nos traz a paz de Cristo, como o Apóstolo explica tão bem aos filipenses:

´Alegrai´vos sempre no Senhor! Repito: alegrai´vos!... O Senhor está próximo! Não vos inqueteis com nada; mas apresentai a Deus todas as vossas necessidades pela oração e pela súplica, em ação de graças. Então a paz de Deus, que excede toda a compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos em Cristo Jesus´ (Fil. 4, 4´7).

O santo vive na paz e na perene alegria, embora caminhando sobre brasas muitas vezes. São João Bosco dizia que ´um santo triste é um triste santo´, e o seu discípulo, S. Domingos Sávio, dizia que a santidade consiste em ´cumprir bem o próprio dever e ser alegre´. Essa alegria, muitas vezes inexplicável para nós, é sustentada no abandono nas mãos de Deus, como a fé do salmista que exclamava:

´O Senhor é o meu pastor, nada me faltará´ (Sl 22,1).

´Se meu pai e minha mãe me abandonarem, Deus me acolherá´ (Sl 26,10).

São Paulo, que sabia dizer muitas coisas com poucas palavras, perguntava: ´Se Deus é por nós, quem será contra nós?´ (Rom 8,31). E o Apóstolo explicava a razão dessa esperança: ´Aquele que não poupou o seu próprio Filho (...) como não nos dará com Ele todas as coisas ´? (8,32).

´Tudo possa naquele que me fortalece´ (Fl 4,13).

É nessa mesma fé e esperança que o santo vive; a cada instante repetindo para si mesmo aquela palavra do Senhor:

´Não vos preocupeis por vossa vida ... Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? ... São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso´ (Mt 6,25´32).

Em seguida Jesus ensina o que é essencial:

´Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua Justiça´ (6,33), isto é, fazer a vontade de Deus. Nisto se resumia a vida de Jesus. Muitas vezes ele falou sobre isso aos discípulos: ´Desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade dAquele que me enviou´ (Jo 6,38).

Ainda criança, aos 12 anos apenas, Ele já demonstrava o seu zelo em servir o Pai. Quando a Virgem Maria lhe perguntou, no Templo: ´Meu filho que nos fizestes?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura cheios de aflição´(Lc 2,48), Ele respondeu´lhes:

´Porque me procuráveis? Não sabeis que devo ocupar´me das coisas do meu Pai?´ Era o que importava para Jesus, ´as coisas do meu Pai´. Chegou ao ponto de perder´se dos pais terrenos por causa do Reino do Pai.

Quando na Samaria, na hora do almoço, na ocasião do encontro com a samaritana no poço de Jacó, os discípulos lhe disseram: ´Mestre, come´, Ele respondeu´lhes: ´Tenho um alimento para comer que vós não conheceis (...) Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra´ (Jo 4,31´34). Este há de ser também ´o alimento´ daquele que aspira a santidade, fazer a vontade do Pai.

Em outra ocasião Jesus disse aos discípulos: ´... Não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou´ (Jo 5,30). E mais: ´O mundo deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai me ordenou´ (Jo 14,31). E constantemente relembrava aos seus discípulos isso: ´Pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos´ (Mc 10,45).

A total disponibilidade de si mesmo para cumprir perfeitamente o desejo do Pai, fazia´o esquecer´se completamente de Si. Àquele homem que quis segui´lo, Ele disse: ´As raposas têm as tocas, e as aves do céu, ninho; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça´ (Mt 8,20); isto é, não tem tempo para si mesmo, mas apenas para o Pai.

Quando lhe disseram que a sua mãe, os seus irmãos e irmãs o procuravam, Ele respondeu:

´Quem é minha mãe e meus irmãos? (...) Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe´ (Mc 3,35). Vê´se, com clareza, que tudo para Jesus se resumia em cumprir a vontade do Pai. Não foram poucos os exemplos que nos deixou sobre isso.

No Sermão da Montanha, Ele foi claro: ´Nem todo aquele que me diz ´Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus´ (Mt 7,21). E Jesus diz que a esses, mesmos que tenham profetizado em seu nome, expulsado demônios e feitos muitos milagres, mesmo assim Ele lhes diria: ´Apartai´vos de mim, operários maus´ (7,22´23); isto é, fazendo todas estas coisas santas, não levastes uma vida irrepreensível, não fizestes a vontade de Deus.

Sobretudo é na hora da sua sagrada Paixão que Jesus cumpre perfeitamente a vontade do Pai: ´Pai, se é de teu agrado, afasta de mim esse cálice ´! Não se faça todavia, a minha vontade, mas sim a tua! (Lc 22,42).

´Não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres´(Mt 26,39).

´Se não é possível que este cálice passe sem que eu o beba, faça´se a tua vontade!´ (Mt 26´42). E Jesus bebeu aquele cálice até a última gota, para cumprir perfeitamente a vontade do Pai e salvar cada um de nós. Do alto da cruz Ele pôde dizer ao Pai, antes de entregar´lhe o espírito: ´Consumatum est!´ (Jo 19,30). Tudo está consumado ! Cumpri Pai, perfeitamente a tua santa vontade. Só então, ´inclinou a cabeça e rendeu o espírito´.

Tudo pela Vontade do Pai!

Quando ensinou os discípulos a rezarem, entre os sete pedidos do Pai´Nosso colocou este: ´Seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu´ (Mt 6,10). A vontade do Pai deve ser perfeitamente realizada na terra como é no céu. Quando isto acontecer, então o Reino dos céus estará na terra plenamente.

Com a sua vida e o seu exemplo o Senhor deixou claro o eixo principal da santificação: cumprir a vontade de Deus.

Os santos aprenderam essa lição muito bem, e a viveram. Santo Afonso de Ligório dizia que: ´Se estivermos unidos à vontade divina em todas as tribulações, é certo, vamos nos tornar santos e seremos os mais felizes do mundo´. E aconselhava: ´Não se preocupe em fazer muitas coisas, mas procura realizar perfeitamente aquilo que ache ser a vontade de Deus´.

E quando definia o que era a santidade, afirmava: ´A santidade consiste: primeiro, numa verdadeira renúncia de si mesmo; segundo, numa total mortificação das próprias paixões; terceiro, numa perfeita conformidade com a vontade de Deus!´. E não se cansava de ensinar aos seus filhos:

´As almas fortes e desejosas de pertencer só a Deus não lhe pedem senão luz para discernir a sua vontade e força para a cumprir perfeitamente´. Para o Santo doutor era certo que: ´Agrada mais a Deus a imolação que fazemos de nossa vontade, sujeitando´a à obediência, do que todos os outros sacrifícios que possamos lhe oferecer´.

Para cumprir bem a vontade de Deus é preciso duas coisas: primeiro, viver os seus mandamentos; segundo, aceitar os acontecimentos da vida, com fé e sadia resignação.

Na última Ceia Jesus disse a seus apóstolos: ´Se me amais, guardareis os meus mandamentos´ (Jo 14,15). Quem não luta para guardar os mandamentos de Deus, não ama a Deus e não pode chegar à santidade. Os mandamentos são exatamente o caminho da conduta moral que nos leva à perfeição querida por Deus. Infelizmente, em nossos dias, os homens querem fazer a própria moral e não mais viver a moral que Deus nos deu. Que loucura! Fazer a vontade de Deus é obedecer e fazer o que manda a Igreja, que Jesus deixou como nossa Mãe e Mestra nesta vida. Ele deixou claro para os seus Apóstolos: ´Quem vos ouve, a Mim ouve. Quem vos rejeita a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita aquele que Me enviou´ (Lc 10,16). Desobedecer a Igreja e os seus ensinamentos, é o mesmo que desobedecer a Jesus, e não cumprir a vontade de Deus.

São Francisco de Sales resume tudo quando diz: ´Não penseis já ter chegado à perfeição que deveis possuir enquanto vossa vontade não estiver completamente, mesmo nas coisas mais difíceis, submissa alegremente à vontade de Deus´. E ele ensina que o caminho mais seguro para se cumprir a vontade de Deus é a humilde obediência.

O que nos faz sofrer nesta vida é o apego à nossa vontade. Sofremos quando não conseguimos realizá´la. São Bernardo disse que: ´Quando se vê uma pessoa perturbada, a causa da preocupação não é outra coisa senão a incapacidade de realizar a própria vontade´.

Quem repousa na vontade de Deus é como aquele que repousa sobre as nuvens, está livre das tempestades e turbulências.

Certa vez o abade de um mosteiro quis saber de um monge de vida muito simples, sem grandes penitências, como ele operava tantos milagres, que deixava a todos surpresos. O santo monge respondeu: ´Sou o mais imperfeito dos meus irmãos e só procuro fazer uma coisa: conformar´me em tudo com a vontade de Deus´.

O segredo da santidade do monge estava em aceitar, com heroísmo, em tudo, a santa vontade de Deus.

 

Fonte: www.cleofas.com.br