A Teologia da Libertação foi condenada pelo Vaticano depois da polêmica sobre as obras do agora ex frei Leonardo Boff. Este havia escrito uma série de livros que foram criticados pela Congregação da Doutrina da Fé. Um dos livros que causou maior oposição no Vaticano foi o intitulado "Igreja, Carisma e Poder" (Vozes, Petrópolis, 1981), embora muitos outros livros de Boff tivessem já causado grande escândalo.
Boff contou que desde 1972 esteve sob vigilância e exame do Vaticano. Em 1984, o livro "Igreja Carisma e Poder" desencadeou um processo no Vaticano, contra ele. As discussões entre o Vaticano e Leonardo Boff prosseguiram com alternativas variadas, por alguns anos.
Em março de 1984 saiu na revista "30 Giorni" o texto do Cardeal Ratzinger condenando as teses de Frei Boff (esse texto foi publicado também pela Folha de São Paulo em 24-de março de 1984).
Boff foi convocado oficialmente para ir à Congregação para a Doutrina da Fé, a fim de explicar-se. Os cardeais Arns e Aloisio Lorscheider acompanharam o frade rebelde ao Vaticano para defendê-lo, o que foi um ato inédito de apoio a um suspeito de defender doutrinas heréticas. Boff contou em uma entrevista à revista Caros Amigos (junho de 1997) que Dom Arns teria enfrentado o cardeal Ratzinger, dizendo que não acatava a condenação de Boff.
Inicialmente, o Vaticano condenou o frade a um "silêncio obsequioso", proibindo que ele desse entrevistas, fizesse conferênicas, publicasse livros,etc. Depois, este silêncio foi suspenso. Mas, afinal, Frei Boff teve seus erros condenados pelo Vaticano.
Em março de 1991, por imposição do Vaticano, Boff teve que deixar a direção da revista Vozes. Em setembro desse mesmo ano de 1991, Boff deu entrevista anunciando que "desistia"...
Frei Boff pediu ao Papa dispensa de seus votos, abandonou a batina de frade e a vida religiosa. Deixou de ser Frei Leonardo Boff. Tornou-se apenas Genésio.
Foi depois disso que Boff anunciou que, havia muitos anos, mantinha "um caso" com uma mulher casada, mãe de seis filhos, que fora sua secretária durante anos... Mas ela mesma esclareceu que o marido dela sabia disso desde o princípio. Em outra entrevista Boff declarou que mantinha com ela uma união "pós moderna", cada um vivendo em um local, e que ela o visitava algumas vezes, toda semana.
Atualmente, o ex frade aderiu a um pensamento "ecológico" fortemente tisnado de Gnose. Perdeu grande parte de sua influência e importância.
Para maiores esclarecimentos, recomendo-lhe que leia a entrevista de Genésio Boff à revista "Caros Amigos" em junho de 1997.. É uma entrevista para lá de escandalosa.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.
Orlando Fedeli.
fonte:http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=polemicas&artigo=20040819171109&lang=bra
(tradução nossa)
Vaticano condena heresia de líder da Teologia da Libertação
Rorate-Cæli.blogspot
Arcebispo: Sobrino punido pela CDF (Congregação para Doutrina da Fé)
Fernando Sáenz Lacalle, arcebispo de São Salvador (El Salvador), onde reside o teólogo da libertação espanhol Jon Sobrino, SJ, confirmou hoje que o Vaticano o sancionou. A Congregação para Doutrina da Fé notificou Sobrino da proibição de ensinar em qualquer centro Católico “enquanto ele não revisar suas conclusões; a divindade de Jesus Cristo é uma parte fundamental de nossa fé, que [Ele] é verdadeiramente o Filho de Deus feito Homem”.
Saénz, tambéu um Espanhol, confirmou a informação em uma conferência de imprensa organizada depois da missa de domingo na Catedral Metropolitana, adicionando que “seus escritos foram estudados por um longo tempo [no Vaticano] e que advertências foram emitidas anos atrás”.
“O que a Santa Sé expressa”, disse Sáenz, “é que as conclusões dos estudos teológicos sobre Cristo que Padre Sobrino publicou não estão de acordo com a doutrina da Igreja e que ele não será capaz de ensinar teologia em qualquer centro Católico [de estudos] enquanto ele não revisar [aquelas] conclusões”.
“Eu rezo ao Senhor para que o Padre Sobrino seja dócil aos ensinamentos da Igreja e revise suas conclusões”, disse o Arcebispo, que acrescentou, a pedido de um jornalista, que as conclusões heterodoxas de Sobrino são precisamente aquelas em que Jesus Cristo era “consciente de Sua humanidade, mas não de Sua divindade, uma opinião que “não é Católica”.(tradução nossa)
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