domingo, 3 de novembro de 2013

Solenidade de Todos os Santos

Solenidade de Todos os Santos



Hoje a Igreja celebra a solenidade de todos os santos. Esses santos são todos que nas suas jornadas terrenas seguiram Jesus e viveram coerentemente a Palavra de Deus. Muitas vezes tiveram que dar razão a fé em Cristo que eles tinham com sacrifício, sofrimento e até a morte. Pelo Batismo somos chamados por Deus a santidade, que é seguir mais de perto a vontade de Deus. Esta vontade é estar em comunhão com Ele e com todos os irmãos na obediência aos mandamentos e vivendo no amor e no bem. O céu é um lugar bonito onde há o amor pleno que vem de Deus. (Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha)
Todos são salvos em Cristo e Ele nos leva ao Pai pelas suas mãos que cuida e zela por nós. Celebrar a santidade é reconhecer que este dom vem de Deus a todos nós. A nossa vida é transformada pelo sangue derramado de Cristo na cruz e isto nos purifica e nos habilita para estar a frente Dele, louvando e bendizendo a Deus para sempre. Nós vamos caminhando na esperança e no amor de Deus. Há uma eternidade que nos espera e lá é o lugar onde o sol do amor nos alimentará para sempre, pois Deus nos envia sempre Cristo porque nos ama muito e quer a nossa salvação. Vale a pena ser de Deus. (Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

Santa Missa celebrada pelo Papa Francisco no Cemitério Verano de Roma


Boletim da Santa Sé

Neste momento, antes do pôr do sol, neste Cemitério, nos reunimos e pensamos no nosso futuro, pensamos em todos aqueles que já partiram, todos aqueles que nos precederam na vida e estão com o Senhor. É tão bonita esta visão do céu que nós ouvimos na primeira leitura (cf. Ap 7,2-4.9-14).  Senhor Deus a beleza, a bondade, a verdade, a ternura, o amor total, aquilo que nos espera e aqueles que nos precederam, que morreram no Senhor e estão lá. Proclamam que foram santos, não pelas suas obras, fizeram obras boas, mas foram salvos pelos Senhor, a salvação pertence ao nosso Deus, é Ele que nos salva, é Ele que nos leva, como um Pai, pela mão, no final da nossa vida. Precisamente naquele Céu onde estão nossos antepassados.

Um dos anciãos faz uma pergunta: quem são esses vestidos de branco, esses justos, esses santos, que estão no céu? São aqueles que vêm de uma grande tribulação e lavaram suas vestes, tornando-as cândidas no sangue do Cordeiro. Somente entraram no céu, graças ao sangue do Cordeiro, graças ao sangue de Cristo. É o sangue de Cristo que nos justificou, que abriu as portas do Céu, e se hoje recordamos esses nossos irmãos que nos precederam na vida, que estão no Céu, é porque eles foram lavados pelo sangue de Cristo. Essa é nossa esperança. A esperança do sangue de Cristo. Essa esperança não dá desilusão. Esperamos na vida, como o Senhor. Ele não cria nenhuma desilusão, não nos dá desilusão, jamais.

João dizia aos seus apóstolos e seus discípulos: veja que grande amor Ele deu, o Pai, para sermos chamados filhos de Deus (cf. 1 Jo 3, 1-3). Por isso, o mundo não nos conhece, somos filhos de Deus, mas o que seremos ainda não nos foi revelado, é muito mais. Quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos como Ele é. Ver Deus, ser semelhante a Deus, essa é a nossa esperança. E hoje, no dia de todos os santos, antes do dia dos mortos, é necessário pensar um pouco na esperança. Essa esperança que nos acompanha na vida.

Os primeiros cristãos falam da esperança e a pintavam como uma âncora, como se a vida fosse a âncora naquela margem, onde todos nós, andando, indo, segurando a corda. É uma belíssima imagem, essa esperança. O coração ancorado lá, onde estão os nossos antepassados, os santos, onde se encontra Jesus, onde está Deus. Esta é a esperança, esta é a esperança que não cria desilusão.

Hoje e amanhã são dias de esperança. A esperança é como o fermento que faz ampliar a alma, mas também existem momentos difíceis na vida, mas com a esperança a alma vai avante, avante. Olha, olha aquilo que te espera! Hoje é um dia de esperança, os nossos irmãos e irmãs estão na presença de Deus, também nós, estaremos ali por graça do Senhor, se nós caminharmos na estrada de Jesus.

E conclui o apóstolo: cada um que tem essa esperança n’Ele purifica a sim mesmo. Também a esperança nos purifica, nos faz ir mais depressa. Nesse pré pôr do sol, cada um de nós pode pensar no pôr do sol de cada um, no meu, no seu, no nosso. Todos nós termos esse pôr do sol, mas eu olho para ele com esperança? Olho com aquela alegria de ser recebido pelo Senhor? Esse é o olhar cristão, isso nos dá paz. Hoje é dia de alegria, mas de uma alegria serena, tranquila, alegria da paz.

Vamos pensar no pôr do sol de tantos irmãos que nos precederam, o nosso pôr do sol que virá, vamos pensar no nosso coração, e vamos nos perguntar: onde está ancorado o meu coração? Se ele não está ancorado bem, vamos ancorá-lo lá, lá em cima sabendo que a esperança não nos dá desilusão, porque o Senhor Jesus jamais irá nos desiludir.

As palavras do nosso Papa Francisco, que são fundamentadas na Palavra de Deus, elas são nortes orientadores para as nossas vidas de cristãos. A morte já não nos dá medo porque Jesus nos libertou com o seu sangue purificador. Podemos olhar para o céu onde vai ser a morada eterna de cada um de nós. Nós temos esperança do céu na medida em que vamos vivendo os valores do Reino de Deus que são o amor, a fé e a esperança. O amor nos ajuda a sermos solidários aos que mais precisam sem nenhuma discriminação, a fé que nos alimenta para prosseguir a nossa jornada na terra rumo ao céu e a esperança nos fortalece porque Jesus é sempre fiel a nós. O amor de Jesus nos abarca por completo e somos felizes porque temos ele em nossa vida de comunidade, de família e de sociedade. Somos novas criaturas em Cristo sempre. Amém (Bacharel em Teologia Jose Benedito Schumann Cunha)

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