Na recente eleição de 2010 houve uma grande polêmica, que atravessou toda a discussão político-programática, que foi a posição dos candidatos à presidência, em particular, sobre o tema do aborto. Inclusive, a Regional Sul 1 da CNBB elaborou material assinado como objetivo de orientar os católicos sobre a importância de se levar em conta a defesa da vida como critério último na escolha dos candidatos. Porém, ao longo do período eleitoral, candidatos que trafegam em nossas Igrejas e têm no eleitorado católico sua base, além de não considerarem a questão do aborto como relevante, apoiaram descaradamente candidatos que defendiam a legalização e prática do aborto livremente. E, pior, tiveram êxito eleitoral.
Notícias desta semana dão conta que no Senado da República a senadora Marta Suplicy solicitou e conseguiu o desarquivamento do PLC 122, que criminaliza aqueles que se expressam contra o homossexualismo. Muitos, agora, se apressam em saber o nome dos 27 senadores que assinaram a demanda da senadora. Mas, o que quero chamar a atenção é que Marta Suplicy teve apoio irrestrito e declarado de Gabriel Chalita, eleito deputado federal e membro da Canção Nova, que na minha opinião deve ser cobrado pelos atos desta senadora. Todos nós sabemos há anos das posições de Marta Suplicy, que estão em desacordo com o ensinamento e a moral católica, contudo, isso não foi suficiente para o deputado Chalita não apoiá-la. É claro que devemos fazer pressão forte no Senado contra o PLC 122, mas, também, temos obrigação de enfrentar esta situação e exigir uma postura coerente da Canção Nova. Não há como silenciar! Lamentavelmente, pesa sobre os ombros de muitas pessoas de boa fé da Canção Nova, membros e contribuintes, os erros diretos e indiretos do apadrinhamento eleitoral ao Chalita.
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Postado por Carlos Dias no Carlos Dias em 2/09/2011 08:34:00 PM
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