quinta-feira, 24 de junho de 2010

"A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE É DEMONÍACA"

"A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE É DEMONÍACA"

Achei por bem repassar este poste, já publicado em alguns blogs, sobre a entrevista com o pastor Ronaldo Didini publicada pela Revista Cristianismo Hoje (Marcos Couto, dezembro 2008/janeiro 2009, edição 8, ano 2, páginas 56-58). Depois de reaparecer na televisão, agora ligado à Igreja Mundial do Poder de Deus, Ronaldo Didini repudia parte do que acreditou no passado.

Posto, aqui, somente uma parte da entrevista, e logo abaixo deixo o link para quem quiser ler a matéria completa.

Deixo uma pergunta no ar:


"Por que a teologia da prosperidade não funciona para os crentes pobres dos países africanos?"
PARTE DA ENTREVISTA:

(...)

Por que o senhor critica tanto a teologia da prosperidade? 
Porque ela é demoníaca. Penso que os líderes evangélicos deveriam se unir e dar um basta nesses ensinos. A teologia da prosperidade bateu no fundo do poço e já deveria haver uma conscientização de muitos líderes acerca disso. Todos que optam por esse caminho ficam satisfeitos apenas em ir bem financeiramente, não ter sofrimento de nenhum tipo. Querem ficar independentes, achando que não precisam de mais nada. Os pregadores da prosperidade não têm contato com o povo e não enxergam isso, porque são pobres, cegos, miseráveis e estão nus. O homem não tem que ditar regras a Deus e dizer a ele como e a que horas fazer o milagre. Minha crítica a essa teologia é que ela proclama aquilo que é terreno e não o que é sagrado, sobrenatural. Com o tempo, tal mensagem se desgasta e o resultado está aí. Eu fui missionário em nações muito pobres da África. Por que a teologia da prosperidade não funciona lá? Para responder essa questão, o teólogo da prosperidade não está preparado. Se não funciona lá, ela é antibíblica. Jesus falou que é mais fácil um camelo passar pelo fundo da agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus. Ora, se a teologia da prosperidade fosse bíblica, todos seriam ricos e quase ninguém acabaria salvo. Pregar e acreditar na teologia da prosperidade é como construir um castelo na areia ou fazer um gigante com pés de barro – mais cedo ou mais tarde, tudo cairá

Mas durante muito tempo o senhor militou em igrejas propagadoras da teologia da prosperidade... Quem mudou, suas ex-igrejas ou o senhor? 
Não mudei o meu pensamento. Foi a obra do Espírito Santo que me amadureceu. Sou muito grato por tudo que recebi na Igreja Universal e na Igreja da Graça. Não tenho nada contra essas instituições e nem contra seus líderes. Minha diferença é doutrinária. Uma coisa é enxergar, e outra é mudar, se for preciso, sair do sistema, quando ele se torna mais poderoso do que a Bíblia. O catolicismo está cheio de exemplos assim. Todos os padres sabem que não é uma bula papal que pode dizer que o líder é infalível ou que Maria subiu ao céu com seu corpo. Mas o sistema Católico Apostólico Romano requer que essa doutrina seja aceita, e muitos a defendem em nome desse sistema

O senhor não teme ser considerado ingrato por seus ex-líderes?
Como eu disse, nada tenho contra Macedo ou Soares. Tanto, que quando eu saí da Universal, foi como que se perdesse meu chão. A Iurd para mim era mais importante que qualquer outra coisa na vida; eu amava aquele ministério, dava minha vida por ele. Depois, conheci a Igreja da Graça. O missionário Soares me ajudou muito naquela época, pastoreando minha vida por dois anos. Foi um verdadeiro pai, preocupando-se com minha alma, porque eu não estava bem espiritualmente. A teologia da prosperidade me fez um mal tremendo. Continuei caindo e bati no fundo do poço quando abri a igreja lá em Portugal [a Igreja do Caminho, inaugurada por Didini em Lisboa em 2003]. Estava sozinho com minha mulher e duas malas de roupas começando uma igreja na periferia. Então, aprendi que ou dependia de Deus ou o meu ministério ia acabar. Deus me ensinou muito naqueles cinco anos, até me colocar ao lado do apóstolo Valdemiro. 

O bispo Renato Suhett, que saiu atirando da Universal e até abriu uma igreja onde criticava abertamente o que chamava de “sistema religioso” montado por Edir Macedo, acaba de voltar à Iurd. O senhor já foi chamado para retornar á Universal? 
Nunca fui chamado para retornar à Igreja Universal, até porque já disse publicamente que não tenho interesse em regressar. Aqui, na Mundial, é como que se eu tivesse voltado para a Iurd em que comecei nos anos 80, uma igreja viva. Creio que, se o Suhett voltou, sabe o que está fazendo. Mas eu estou em casa agora.


Para ler a matéria completa acesse o link:

NOTÍCIAS CRISTÃS: 'A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE É DEMONÍACA'

Obs: Leia, no final, os comentários dos leitores sobre o caso.

PARA LER MAIS SOBRE O DILEMA DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, ACESSE:

Quando a Prosperidade Gospel Falha (Cristianismo Hoje)

Manaus, 28/04/2009

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