Reverência
Prof.
Sikberto R. Marks
Introdução
“Santo
e tremendo é o Seu nome” (Salmo 111:9).
Entender
melhor a majestade de DEUS, Sua santidade, Sua natureza, Seus atributos santos,
Seu infinito poder, o “EU SOU O QUE SOU”, é algo necessário para nossos dias,
importante para darmos o testemunho correto do que cremos e em Quem cremos,
porque cremos, e porque somos assim como nos vêem. O comentário de sábado à
tarde foi escrito com uma precisão impressionante. Em poucas palavras os
autores Jemes Londis e Geffrey Garne nos descreveram, com propriedade, as
condições de nosso tempo. Teríamos que dar aos nossos dias um título que
resumisse II Tim. 3:1-5 – que vide no estudo de 22/05, na lição desse
trimestre. E o título sugerido pelos autores é bem adequado: “Idade da
Irreverência”.
Ganha-se
muito dinheiro sendo irreverentes, na TV principalmente, e em toda a mídia,
está na moda debochar do que é sagrado, correto, saudável, bom, nobre, etc. Há
programas de TV - e não assisto a nenhum deles, exceto por alguns minutos em
alguns lugares onde preciso estar e a TV está ligada nesses lixos - que se
especializaram em deboche, em ridicularizar, em rebaixar os costumes e bons
princípios. Os costumes, assim, se tornam em uma média moral cada vez mais
baixa. A juventude está sendo jogada num estilo de vida onde não deve haver
nenhum respeito com tudo o que merece ser respeitado. Muitos dos próprios
líderes, professores – que deveriam ser ‘educadores’, que estão incumbidos a
dar exemplo de coerência com uma sociedade civilizada, fazem o contrário. Os
reflexos se vêem em todo lugar. Nada mais é respeitado, nem o patrimônio, nem a
vida, nem a família, nem as igrejas, nem o que é sagrado, e agora o mais
atingido é o próprio DEUS, O Criador. De fato, os autores do comentários tem
razão, tudo o que é nobre tornou-se motivo de deboche, e o mundo tornou-se numa
sociedade da irreverência, com raras exceções.
Um
exemplo. Dias atrás, iniciava uma nova turma na Universidade. Como de costume,
na primeira aula exponho os bons princípios de saúde, pelos quais os estudantes
do cursos de Administração poderão ser melhores profissionais. Em geral a
aceitabilidade pelo assunto é boa, e em todas as turmas há aqueles que
experimentam o teste dos dez dias, para ver a diferença em ter o estilo
saudável de vida e o que vinham levando. Mas, também em quase todas as turmas
há os coitados que, de tão degenerados que estão, não conseguem entender, e
também não conseguem disfarçar seu menosprezo por tudo o que é de origem
elevada e que coopera para o bem. Um dos alunos, no meio da aula pediu
permissão para ir ao restaurante tomar uma cerveja. Fez isso justamente quando
comentava sobre os malefícios do álcool.
Isso não
é o pior. Mais triste ainda é ter que suportar professores que se apresentam
com alta titulação, mas cuja conversa parece originar-se em meio ao depósito de
lixo municipal (minha universidade não é confessional, mas isso não muda muita
coisa).
É tempo
de em nossa vida criarmos um impacto por sermos diferentes, e por sermos
adeptos de uma ética sagrada, digna de cidadãos de outro reino. Devemos nos
portar como aqueles que pertencem ao reino de DEUS, e dar exemplo, mesmo que
poucos o entendam, do que é um ser que se guia por princípios superiores, e os
respeita. Nunca na história da
humanidade o nome de DEUS foi pronunciado junto com assuntos tão banais, em
momentos de total desrespeito a tudo o que é elevado. Esse nome merece toda
a nossa admiração e reverência, a ponto de, ao o escrevermos, ao o
pronunciarmos, o façamos com distinção. Nós somos súditos do Reino de DEUS, e
não podemos permitir sobre nós influências que vem de baixo, que se originam
das trevas, do reino onde as leis que existem nada valem, em que parece mesmo
não haver lei. Essa é mais uma importante característica dos tempos do fim, os
tempos em que se está do desafiado tudo o que vem de cima.
A reação
de Isaías
“Então,
disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito em meio a um povo de impuros
lábios, e os meus olhos
viram o Rei dos Exércitos!” (Isa. 6:5).
Analisemos
inicialmente o verso de Isaias. Compõe se de quatro partes, e por elas passaremos.
a) “ai de mim! estou perdido!” – Isaías quando viu o Senhor, embora
fosse parcialmente, teve percepção clara do contraste do que ele era e do que
DEUS é. Temeu por sua vida, pois lhe ficou bem identificada a distância entre
um pecador e o Ser santo, o Criador do Universo. Ele reconheceu sua situação. Embora temesse, foi exatamente esse
reconhecimento que o colocou em posição para não morrer, mas viver. A
percepção humilde de que somos pecadores é imprescindível para que sejamos
aceitos pelo Rei do Universo.
b) “sou homem de lábios impuros” - Isaías percebeu que a sua capacidade
de influenciar a outros é negativa, pois o que fala, a comunicação que dele
procede, não é construtiva. Ao contrário da fala de DEUS, que é para a
salvação, Isaías se
identificou como alguém incapacitado para influenciar moralmente num sentido
positivo. Isso identifica que pensamentos dominavam a sua mente, pelo que
nada de bom nele havia, ou seja, o pouco que Isaías era de bom, nesse momento
lhe desapareceu totalmente. A sua pouca justiça, embora insignificante, pois
certamente algo de bom nele havia, não foi suficiente para permanecer
dignamente em pé diante do Ser absolutamente santo.
c) “habito em meio a um povo de lábios
impuros” – Isaías percebeu
mais ainda, que ele, além de influenciar para o mal, por viver em meio ao mal,
é por ele negativamente influenciado. Que esperança há para alguém numa
situação dessas? Pode-se tirar algo bom de um depósito de lixo? O lixo que está
ali, não contamina o restante, e não é pelo restante contaminado? Pois, vez por
outra vê-se um hábil artesão e que tira do lixo material para fazer seu
trabalho, que depois adquire valor, e é apreciado por muitos, e é posto em
lugar de destaque nas casas. Mas foi tirado do lixo. Isaías via-se como lixo
dentro de um depósito de lixo, mas DEUS o via do ponto de vista do artesão,
aquele que é capaz de transformar o impuro para algo que pode ser posto em
lugar de destaque nos lugares altos do Universo.
d) “e os meus olhos viram o Rei dos
Exércitos” - Nisso residia o
temor de Isaías. Ao ver o Rei, nesse momento sentiu sua indignidade, sentiu a diferença do que é o do
que deveria ser. Ele então teve a percepção da majestade do Rei, da pureza
e da santidade com que é revestido, do que é o Seu reino, de como são os demais
seres santos, de como é perfeita a administração do reino dos santos. Ora,
haveria espaço, num reino assim, para um pecador? Lógico que não. Isaías
entendeu que, assim como estava, seu destino não seria outro senão a morte
eterna. Julgou-se, nessa situação,
perdido para sempre. Pois foi nesse reconhecimento sincero que se abriu a porta
para a sua salvação e para a vida eterna.
Pelo que
está escrito em Isaías 64:6, somos imundos, nossa justiça não passa de trapos
de imundícia, ou seja, somos parciais, tendenciosos, desinformados de todos os
motivos das ações de alguém, e muitas vezes, a quem condenamos, fomos nós
mesmos que o levamos a mau caminho. Nossa justiça engana primeiramente a nós
mesmos, e a todos os demais, por mais que sejamos bem intencionados, ainda
assim, o que dizemos ser justiça, diante de DEUS não passa de procedimentos
ridículos, que precisa ser tudo refeito.
Nossa
condição, a de todos nós, é a de colecionadores de iniqüidades. São as iniqüidades, os pecados, a
condição de impureza que determinam o pensamentos que temos. Somos como o
Sumo Sacerdote Josué, que estava em pé, com as vestes de imundícia, diante do
anjo. Nessa situação, ali também estava satanás, evidentemente para o acusar.
As acusações de satanás baseavam-se na sujeira das vestes de Josué. No entanto,
foram dadas vestes limpas a Josué. Como assim? Josué, como Isaías, estava
arrependido das suas faltas, e estava envergonhado pelas faltas daqueles pelos
quais intercedia. Ele não
queria e não aprovava a situação em que se encontrava, nem a dele, nem a de seu
povo. Isso bastou, a cruz
permitiu que as acusações de satanás caíssem no vazio, e ali, em vez de
condenação, houve redenção. Satanás ficou falando só, e suas acusações
não valeram perante o tribunal divino.
Como
resolver essa situação, que é a de todos nós? É o que recomenda Apocalipse 3:18
– que adquiramos, de graça, ouro refinado no fogo, vestes bancas e colírio. O
ouro é o metal mais nobre no Universo, símbolo da verdadeira riqueza. É o que
caracteriza o reino de DEUS: riqueza com pureza. As vestes brancas são símbolo
da pureza, ou seja, de vida limpa, de coerência com os princípios universais da
justiça. O colírio é o remédio para limpar nossa visão e curar os defeitos de
nossas vistas espirituais. Com a aplicação desse colírio, poderemos ver o que
hoje nos está oculto. Veremos, como Isaías, a sujeira que somos por vermos a
santidade de DEUS. É ao nos
darmos conta do contraste do que somos com o que DEUS, nosso Criador é, que
nasce a real possibilidade de sermos transformados.
Reverência
e a cruz
“Vemos,
todavia, Aquele que, por um
pouco, tendo sido feito menor que os anjos, JESUS, por causa do sofrimento da morte,
foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de DEUS, provasse a
morte por todo homem” (Heb. 2:9).
JESUS
veio ao mundo como Adão e Eva, ou seja, um pouco menor que os anjos. Quase que se pode dizer, por JESUS
a criação no mundo teve um recomeço, ou, uma nova oportunidade. Houve falha com Adão e Eva, e agora com JESUS, teria que haver a prova
que não falharia de novo, mas que, pelo contrário, a Lei do Universo é sustentável, e
que o amor é eterno, pois é insuperável.
JESUS, no
entanto, não veio no nível da honra dada ao primeiro casal. Veio humilde, e conquistou a Sua
honra e glória na cruz. Nisso
há uma grande diferença:JESUS restabeleceu a honra original do ser humano,
que estava perdida. A nossa honra é sermos filhos e filhas do Rei do
Universo. Isso foi restabelecido, e nisso reside a honra de JESUS, ou seja, Ele
Se tornou O Salvador da humanidade.
DEUS,
como a lição bem explica, merece reverência por muitos motivos. Pelo Seu poder,
pela Sua capacidade de criar e por ter-nos criado, pelo Seu amor, etc. Mas, para nós terrestres, há ao
menos mais um conjunto de motivos para O reverenciarmos, motivos centralizados na cruz.
Não fosse a cruz, nada dos demais motivos seriam para nós suficientes, embora
para os seres não caídos sim. Ou seja, para nós, afetados pelo pecado, o
amor, a justiça, o poder, a santidade, enfim, de DEUS, são Suas características
admiráveis e merecedoras de reverência. No entanto, exatamente para nós, são
insuficientes. Devido a nossa miserável condição, precisamos mais de DEUS, e
esse algo mais não faltou. Nós precisamos do que seres não caídos não precisam,
precisamos de perdão e de restauração. Então, tudo
o que necessitávamos para viver eternamente nos foi oferecido. Isso é para
nós motivo especial de reverência a DEUS, ou seja, temos razões a mais para
admira-Lo e respeita-Lo. A cruz, para nós terrestres é um adicional que deve
fazer parte de nosso culto a DEUS e nossa adoração ao Criador: nós fomos salvos
pela morte de JESUS na cruz, se o aceitarmos. Com a cruz, aquele outros
atributos pelos quais os seres santos adoram e reverenciam a DEUS, para nós
tornam-se também motivo de reverência.
Mas o
raciocínio não termina nisso. Os seres perfeitos nada tem a ver com isso? Tem
sim. Eles são nossos irmãos, e não queriam ver-nos mortos para sempre. Isso
lhes aumenta a admiração e reverência ao DEUS do Universo. É para o restante do Universo uma
garantia de que o amor de DEUS jamais falha. Outro aspecto é que, o que
aconteceu conosco, poderia ter acontecido em outro lugar do Universo. Ou seja, somos nós os atores que tem a
oportunidade de experimentar o amor de DEUS no extremo do teste de fidelidade,
tanto da parte de DEUS como da parte das criaturas. Poderiam ser outros
seres. Assim, há para o
Universo inteiro um grande aumento de reverência para com DEUS devido a morte
de JESUS na cruz.
Nossa
reverência para com DEUS, na prática demonstra-se em duas frentes: em amarmos
ao nosso próximo, como DEUS nos ama, e em amarmos a DEUS acima de todas as
coisas, adorando-O como Ele bem merece. O reverenciamos porque nos criou e
porque nos salvou, temos duplo motivo. Isso precisa ser demonstrado na prática
diária de nossa vida.
O nome do
Senhor
“Não
tomarás o nome do Senhor teu DEUS em
vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em
vão.” (Êxodo 20:7)
Quando
invocamos (chamar, suplicar, conjurar, recorrer a, apelar para) o nome de DEUS,
estamos nos referindo ao maior
Ser de todo o Universo, aquEle que criou todas as coisas, que tem poder
para mantê-las. Ele é capaz inclusive de reunir os fragmentos do caráter de
pessoas que morreram há milhares de anos, e torna-las à vida, tal como elas
foram, ou de traze-las à vida tal como elas queriam ser – depende de cada caso. Esse nome identifica um ser santo,
absolutamente puro, totalmente amor, infinitamente capaz, que não pode ser
comparado com ninguém mais. O nome de DEUS, refere-se a trindade, o Pai, o
Filho e o Espírito Santo. É nesse nome que somos aceitos como pertencentes à
igreja que aqui na Terra é a embaixada do governo de DEUS. Portanto, nesse nome
somos também aceitos como súditos do Reino do Universo (veja em Mateus 28: 19).
Sempre que nos referimos ao nome de DEUS, invariavelmente nos referimos ao Pai,
ao Filho e ao Espírito Santo, os três seres eternos, pré-existentes a tudo, que
formam o governo do Universo, e o fazem absolutamente unidos pelo amor que
existe neles, sendo eles mesmos puro amor. Quando a Bíblia diz: “DEUS é amor”
(João 4:8), está dizendo, a Trindade é amor.
A
Trindade está, por esses dias, sendo motivo de polêmica. Essa lição não tem por
objetivo debater esse aspecto. Mas, como trata do nome de DEUS, cabe ao menos
um importante comentário. A Trindade é uma doutrina central do catolicismo. E
ela tornou-se forte fator de engano para o cristianismo. Como assim? É simples
de entender, trata-se de uma doutrina correta, a Bíblia é clara quanto aos três
seres santos que agem em plena e absoluta unidade. Por ser a Trindade uma
doutrina poderosa, essencial, e por estar correta, por trás dela escondem-se
erros e mais erros, tais como, a oração pelos mortos, a adoração de santos
mortos, a troca do dia de sábado pelo domingo, etc. O problema não reside na
doutrina da Trindade, mas no que colocaram junto a ela. Aquelas pessoas que
atacam a doutrina da Trindade, intencionalmente ou não, atacam o nome de DEUS,
um dos pontos corretos que aqueles que são povo de DEUS tem para se manterem
vínculos a algo de verdade que ainda persiste na babilônia. Assim podem
estabelecer pontes para atrair os de babilônia, e traze-los para a verdade
completa. De certa forma, negar a Trindade é dizer: fiquem em babilônia, não
saiam de lá... Ou, o que é pior, trata de descaracterizar o governo do Universo
formado pelos três seres santos que no Céu dão testemunho, isto é, que garantem
pelos seus atos a veracidade do que dizem. Esses três são: o Pai, a Palavra,
que é o Filho (ver João 1:1 a 4) e o Espírito Santo, e esses três são um (I
João 5:7 e 8).
Por que a
Trindade ainda persiste em babilônia? Não é difícil entender. Satanás não se
identifica como demônio, ele usa a doutrina da Trindade para fazer crer que a
adoração é de fato ao DEUS verdadeiro. O erro sempre se utilizou de algo de
verdade para esconder-se atrás.
Concentremo-nos
no nome de DEUS. O que é um
nome? É a expressão que identifica alguém. Se queremos honrar uma pessoa,
dizemos muitas coisas positivas em relação a ela, e necessariamente devemos mencionar
o seu nome. Se não mencionarmos o nome, estaremos honrando a ninguém.
Se queremos denegrir a imagem de uma pessoa (o que não se deve fazer) quem faz
isso, cita coisas negativas, e não deixa de identificar o prejudicado dizendo
seu nome.
Quando se
faz um cadastro para empréstimo bancário, ou para crédito numa loja, ou para
outro objetivo, entre outros dados, ali vai o nome. É a parte principal do
cadastro, sem o qual não tem valor. Ele identifica a pessoa. Junto do nome vai
o seu endereço, a profissão, e um conjunto de informações que permitem ver qual
é o caráter associado àquele nome, isto é, se merece ou não crédito. Os dados
adicionais são relacionados ao caráter que está associado àquele nome.
Portanto,
um nome é importante. Devemos respeitar o nome das pessoas, e devemos zelar
pelo nosso próprio nome. É uma questão de dignidade, respeito, educação,
cuidado pelos princípios nobres.
Se é
assim com os nomes de simples mortais, como não será com o nome de DEUS? Mas
como esse nome é maltratado! Como as pessoas, descuidadamente exclamam: “Meu
DEUS!”, ou simplesmente, por banalidade, dizem: “DEUS o livre”, ou outras
expressões quaisquer. Quantas piadas, muitas delas sujas e pesadas, envolvem o
nome de DEUS. Quantas vezes esse nome é escrito de forma feia, irregular,
irreverente. Quantas vezes o lugar sagrado, a igreja, ou qualquer lugar em que
alguém esteja em atitude de adoração, ou esteja lendo a Bíblia, outros por perto
riem descuidadamente, falam besteiras, portam-se como se estivessem num galpão
imundo. E quando um jovem, pela primeira vez vai se apresentar em público, por
que outros se põem a rir dele? Isso também é irreverência diante do nome de
DEUS, e descuido grave de educação para com o jovem. Jovens principalmente
merecem muito respeito, para que aprendam melhor a respeitar. Quantos se põem a
falar assuntos comerciais, ou outros assuntos indevidos, dentro ou nos
arredores dos lugares sagrados dos templos do Senhor. E quantas vezes a
televisão está ligada em programas onde o nome de DEUS é desrespeitado, e os
que se dizem seguidores desse DEUS nem se importam com isso, e deixam esse
canal ligado. E quando assistem programas de baixo nível, ou lêem textos assim,
acham que o santo nome de DEUS não está sendo profanado? Aliás, um detalhe,
esse nome é tão maravilhoso que até o nosso testemunho negativo é uma
blasfêmia. Vale dizer,se carregamos o sobre-nome cristão, devemos nos portar
como filhos do Rei. Junto do nosso nome, está o Seu nome, e outras pessoas vêem
o DEUS que nós representamos... Será que podemos alcançar a profundidade
dessa reflexão?
Afinal, o
que é tomar o Seu nome em vão? Há uma infinidade de maneiras para fazê-lo.
Todas elas envolvem num mesmo problema: desrespeito com o que é santo, isto é
irreverência. Vivemos numa sociedade de deboche. Essa é uma sociedade comandada
pelo inimigo de DEUS. Não devemos nem deixar que isso nos influencie, muito
menos participar dela, pois estaremos adquirindo e reforçando em relação a
ética do amor, uma contra-cultura, a cultura do ‘besteiol’.
O poder,
a santidade, a honra, o amor, não está exatamente no nome de DEUS, isto é, nas
letras que o compõem. Isso seria idolatria, ou misticismo, algo como mágico.
DEUS tem o poder, Ele que é santo. E o Seu nome identifica que Ele tem esses
atributos. Foi importante a lição trazer esse aspecto à luz. Significa que, ao nos referirmos ao
nome de DEUS, destacamos os atributos que o dono desse nome possui. Portanto, respeitar esse nome é, ao
pronunciá-lo, exaltar os nobres atributos que ele representa, nunca o lixo
que o mundo quer associar ao nome de DEUS. Nós
somos os Seus embaixadores, e devemos dar o devido testemunho de quais são os
atributos daquele a quem seguimos, e dizemos honrar.
Temer a
DEUS
“Temam
a DEUS e glorifiquem-nO, pois chegou a hora do Seu juízo. Adorem Aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes
das águas” (Apoc. 14:7, NVI).
Esse
verso refere-se a adoração, e está intimamente ligado ao quarto mandamento.
Para facilitar, iremos aborda-lo em quatro partes, que se inter-relacionam
entre si em torno da reverência e adoração.
a) “Temam
a DEUS” – não significa ter medo de DEUS, pelo contrário, está mais
identificado com confiar em DEUS, em ser íntimo amigo d’Ele e amá-Lo, com
reverência. A palavra temor aqui significa reverência diante do Ser mais
poderoso do Universo, um Ser que é a origem de todas as coisas pelo Seu poder e
pelo Seu amor, e que mantém todas as coisas. Ela é tão capaz que pode manter as
coisas existindo eternamente. Tudo o que existe, exceto DEUS, por si próprio,
degenera e ao longo do tempo, desaparece, transformando-se, primeiro no caos,
depois, em pura energia. Mas pelo poder de DEUS, nada degenera, mas existe
sempre, e em perfeitas condições. Ele merece ser adorado porque a nossa
existência origina-se em Sua vontade, e assim também a nossa salvação. São os
seus atributos puros e perfeitos, em dimensão infinita, a nós incompreensível,
que nos leva à necessidade de teme-Lo como uma atitude de respeito inquestionável.
Que jamais se interprete temor por medo, mas sempre por um respeito que brota
de uma irresistível admiração pelos laços de amor recíprocos com Ele.
b) “e
glorifiquem-nO” – Ou seja, honrem-nO como DEUS que Ele é. Dar glória a DEUS
envolve tanto adoração, como no último item abaixo, quanto o louvor, a
admiração, o respeito, a deferência especial, a profunda amizade, a fidelidade
e até mesmo o senso de dependência d’Ele. Em resumo, dar glória a DEUS pode
também significar nos referirmos positivamente a Seu respeito diante de outras
pessoas, quer crentes n’Ele, quer não. Trata-se de um testemunho positivo
quanto a sermos Seus seguidores.
c) “pois
chegou a hora do Seu juízo” – Aqui está uma das razões dos apelos acima e
abaixo. Desde 1844 o mundo está sendo julgado, ou seja, os mortos, todos que em
sua vida chegaram a aceitar o plano de salvação, e que portanto tiveram seus
nomes escritos no livro da vida, e que já morreram, os casos deles são agora
verificados no céu se de tudo se arrependeram e de tudo foram perdoados. Em
caso positivo, seus nomes permanecerão no livro da vida, e seus pecados serão
apagados do livro de registros. Em caso contrário, serão os nomes apagados do
livro da vida, e os pecados permanecerão para serem analisados pelos salvos
durante a fase de julgamento no milênio. Portanto, o mundo está num tempo
extremamente solene, é tempo de juízo. Isso significa que o nosso Salvador está
numa tarefa especial, Ele está atuando, com relação aos mortos, como Juiz,
muito embora, com relação aos vivos, ainda como advogado. É a solenidade dos
dias em que vivemos, e agora, muito próximos de o tribunal do Céu passar a
julgar os vivos (isso só vai acontecer bem próximo do fechamento da porta da
graça, depois do decreto dominical) que requer de nós, testemunhas do Salvador
da humanidade, uma atitude de dignidade e reverência, algo mais solene que em
qualquer tempo anterior. Dessa atitude poderá depender a vida de muitos...
Em tempo,
se os mortos agora estão sendo julgados, eles ao morrerem, não podem ter uma
alma separada que vai para o céu, pois em caso de serem reprovados, teriam que
voltar à terra. Os poucos que já foram levados ao Céu, esses aja foram julgados
em seu tempo e aceitos, como Moisés, Elias e Enoque.
d) “Adorem
aqu’Ele que fez...” – Essa expressão referenda o quarto mandamento, ou
seja, ratifica o dia de sábado, o sétimo dia da criação, como o dia especial
para demonstração a quem adoramos. A santificação do sábado é para, numa
solenidade máxima, ou seja, de todo nosso entendimento, todas nossas forças,
toda nossa capacidade, deixarmos de lado as atividades servis (ver em Lev. 23),
isto é, produtivas. O
centro da adoração é a intimidade de amor. Só pode haver amor se houver
intimidade. E só pode
haver intimidade se deixarmos nossas atividades para a luta pela sobrevivência,
que prendem nossa atenção, para então nos dedicarmos completamente ao nosso
DEUS. Ou seja, pelo
sétimo dia estaremos adorando aquele que fez todas as coisas nos seis dias
anteriores.
A questão
da reverência é muito mais abrangente do que vulgarmente pensamos. Muitos
pensam que devemos ser reverentes dentro de uma igreja, quando está havendo
algum programa ali. Estão enganados. Outros, já um pouco mais entendidos, pensam
que devemos ser reverentes nos lugares de culto, haja ali ou não alguma
programação. Esses são bem poucos, mas também estão enganados. A pergunta é: onde a terra é santa,
que devemos seguir a recomendação que DEUS deu a Moisés, de portarmo-nos com
reverência? Não é difícil
responder, em todo lugar onde DEUS Se faz presente. Mas onde DEUS se faz presente? Em todo lugar onde estiver um filho
Seu. Esse é o ponto central. Enoque andou 300 anos com DEUS, ou seja,
na presença de DEUS. Portanto,
onde estivesse Enoque, ali era um lugar sagrado, pois DEUS estava com ele. Assim, se você é um crente em
DEUS, em primeiro lugar, deve portar-se como estando diante de DEUS, pois Ele
quer estar com você em qualquer lugar. E se nos encontramos com outro
crente, devemos nos portar do mesmo modo, com todo respeito pela presença de
DEUS, pois já estamos entre dois. E
onde estiverem dois ou três crentes reunidos em nome de DEUS, nesse ato, algo
de especial acontece, ali está havendo um culto de adoração, e isso torna o
lugar muito santo, DEUS está ali com eles, embora não possa ser visto. É o senso da presença de DEUS que
nos diz que ali devemos nos portar com a dignidade de cidadãos de Seu Reino. Portanto, onde nós mesmos
estivermos, a todo o momento, devemos cuidar da reverência, pois somos filhos
do rei, e Ele está conosco, e a Sua companhia torna o lugar sagrado.
Mas o que dizer então daqueles que não respeitam nem o lugar de culto no
momento do culto?
Reverência
e obediência
“Sigam
somente o Senhor, o seu DEUS, e temam a Ele somente. Cumpram os Seus mandamentos e
obedeçam-Lhe; sirvam-No e
apeguem-se a Ele” (Deut. 13:4, NVI).
Esse
verso trata de um conjunto de três relações vitais: seguir a DEUS, obedece-Lo e
apegar-se a Ele. O que vem a ser isto? Seguir a DEUS inicia-se por
adora-Lo, ou seja, como o verso diz, ‘temer’ a DEUS. Essa primeira parte
desse verso refere-se a todo verso anterior de Apoc. 14:7. Portanto, trata do
modo como nos referimos àqu’Ele que tudo criou, inclusive a nós.
Mas isso
não é tudo, uma perfeita relação com o Criador requere mais duas coisas. A segunda é a obediência. Evidentemente todo aquele que adora
a DEUS de verdade, O obedece. Essa é a parte prática do dia-a-dia, em
nossos afazeres. Por esse ponto é que funciona todo o Universo, menos a
civilização dos terrestres. A
perfeição e a liberdade dependem da livre obediência ao que é bom, e o que é
bom vem de DEUS, pois Ele é amor. Portanto, adoração é uma admiração solene
e sagrada, reverente, que leva a atitudes de exclusivo amor ao Criador, leva
invariavelmente a fazer o que Ele de bom deseja que façamos. Para isso Ele tem
os Dez Mandamentos, que orientam quanto ao que é bom e correto, e o que deve
ser evitado.
Na
terceira parte encontramos o foco do relacionamento com DEUS: nos apegarmos a
Ele, isto é, nos ligarmos com Ele por causa dos laços do amor. E se nos
apegarmos a Ele por intermédio do amor, nos apegaremos uns aos outros, em amor,
e seremos felizes, na expectativa da breve perfeição que Ele prometeu.
Há um elo
de ligação entre o ‘seguir’ ao Senhor, mais ‘obedecer’ ao Senhor, com
‘apegar-se’ ao Senhor. O elo de ligação é a expressão ‘sirvam-nO’, que aqui
quer dizer, trabalhem para Ele, como fruto da obediência. Isso se refere a
uma experiência com nosso DEUS, de tal maneira que resulte em uma vida de
diária transformação. Os seres humanos não são transformados por conhecimento
teórico apenas, mas quando esse conhecimento é posto em prática. E é na prática
que nos tornaremos cada vez mais semelhantes com quem trabalhamos juntos, o
nosso DEUS. Assim, seremos cada dia mais semelhantes a JESUS.
Aplicação
do estudo
A
reverência é um princípio ético cristão que satanás vem atacando furiosamente.
Vemos por todos os lados uma sociedade cada vez mais voltada ao deboche, ao
comportamento irrefletido, sem preocupação com o que vale o próximo, e muito
menos o Criador e o que a Ele se relaciona. O que é sagrado e nobre, nesses
últimos dias passa a ser motivo de baixaria.
Satanás
sabe que pelo comportamento irreverente consegue afastar-nos de DEUS, dos seus
anjos e dos lugares de adoração. Eles ausentes dos cultos, estes tornam-se mera
formalidade sem o calor do amor a DEUS e ao próximo. Serão meros debates
acadêmicos sobre temas bíblicos, sem a eficácia de sua prática com humildade e
contrição de coração. Cai-se no estado de rico sou, de nada tenho falta. Essa é
uma situação bem presente hoje no cristianismo e procura invadir as igrejas
onde haja alguma dedicação sincera pelo cumprimento do mandato de pregar esse
evangelho a todos. Os líderes, em especial o ministério, é o alvo principal.
Hoje é quase uma regra, onde há suficientes recursos financeiros, a
irreverência tem espaço favorecido. A necessidade de oração aparentemente
desaparece, exceto para agradecer, dificilmente para pedir a DEUS, reconhecendo
a insuficiência humana. A facilidade de recursos financeiros e a irreverência
se atraem, uma vez que a dependência de DEUS fica difícil de ser identificada.
Quando o ministério, não importa de qual religião, se torna rico e sem
necessidade de conter gastos, a irreverência, por sua vez, se abate sobre
aquela religião, e de diferentes maneiras. Há casos em que ela é mascarada pela
gritaria deliberada, que em vez de ser vista como irreverência, pelo contrário,
passa a fazer parte do culto. Noutras igrejas, mais tradicionais, a
irreverência aparece mais com barulho irregular em seus locais de culto, e se
torna praticamente impossível conter. Noutras igrejas ainda, a irreverência se
manifesta pela ausência dos fiéis, que nem aparecem mais para as reuniões, mas
onde quer que estejam, envolvem-se em atitudes de baixaria e de sujeira.Observamos
que irreverência não é apenas barulho inadequado em local e momento de culto, mas um modo de vida, que impede que as pessoas tenham a
devida postura diante de DEUS. Portanto, é praticamente uma raridade
encontrar alguma comunidade religiosa que se possa classificar como reverente a
DEUS. O povo está perecendo por falta de conhecimento (Os. 4:6).
O que
fazer? Os líderes devem conscientizar-se da necessidade de reverência nos
locais de culto e no estilo de vida cristã. O trabalho para se cultivar a reverência
será enorme, e nem todos irão atender. Aqui vão alguma sugestões:
a) Os
próprios líderes, por um tempo, devem cultivar a reverência, em todos os
momentos, até formarem o hábito.
b) Então,
dar exemplo aos demais, procurando pessoalmente influenciar a favor da
reverência.
c) A
seguir, poderá partir para a educação na igreja nesse sentido, quando tiver
‘moral’ para isso, ou seja, quando já for visto como um exemplo a ser seguido.
d) Isso
poderá fazer com um intensivo programa de visitas nas casas, de conversas ao pé
do ouvido, não para apontar erros, mas para cativar mais adeptos da reverência.
e) Um
programa de reforma da saúde é vital para obter reverência, pessoas com se
alimentam de muita carne tendem a ser irreverentes por natureza dos seres carnívoros,
menos cuidadosos com as suas atitudes.
f) Nas
igrejas, antes dos cultos, para conter a irreverência, uns 15 minutos antes do
início dos programas pode-se ter momentos de cânticos.
g)
Durante os cultos, pode-se convidar a todos a uns 5 minutos de reflexão sobre
uma passagem bíblica, com um suave fundo musicar não cantado. Isso educa para a
capacidade de ficar calado em locais em que se deve ficar calado. Nesse caso,
orientar bem para que um momento assim não se torne oportunidade para mais um
pouco de bate-papo. Há pessoas que sempre tem muito a falar...
h) As
crianças, cada vez mais liberadas, precisam da atenção dos pais. Se eles não
assumirem seus pequenos, dificilmente alguém as conterá.
i) Os
jovens precisam de um líder jovem, um deles mesmo, para cultivar a reverência,
e formar uma cultura de ética cristã, que nada tenha a ver com o mundanismo.
j) Os
adultos, que são sempre vistos como exemplos pelos jovens, adolescentes e
crianças, devem ser o máximo do que se espera como verdadeiros cristãos, uma
vez que deles deve vir a força da experiência. Eles tornam-se espelho para os
demais.
k) Daí
por diante, a criatividade, com oração, desenvolverá novas estratégias para se
cultivar a reverência nesses tempos finais. O que parece não funcionar é
simplesmente fazer um sermão pedindo reverência.
DEUS
espera que nesses dias finais Seu povo seja exemplo de adoração. Sem
reverência, nem se quer existe adoração, mas apenas um culto de faz de conta,
embora, por enquanto, a esperança de converter-se em adoração ainda não se
tenha esgotada.
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