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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Adentrando a terra prometida - Pe.Jonas


Adentrando a terra prometida 

Eu agradeço muito ao Senhor porque já na oração da manhã Ele nos deu esta Palavra: Deuteronômio 31,6: “Coragem! E sede fortes. Nada vos atemorize, e não os temais, porque é o Senhor vosso Deus que marcha à vossa frente: ele não vos deixará nem vos abandonará”.

Esta Palavra foi dita por Moisés quando chegaram ao limiar da terra prometida.

Eu creio, Senhor, eu assumo, Senhor. Que eu não tema nada, porque o Senhor que é o nosso Deus é quem marcha à nossa frente. O Senhor não abandonará a vossa Igreja, a Renovação Carismática que recebem agora este mandato: “Adentrem! Eu estou convosco! Não vos deixarei.”

Esta palavra foi dita para o povo, mas no livro de Josué, o Senhor diz também. (Josué 1,1-2) "Após a morte de Moisés, servo do Senhor, o Senhor disse a Josué, filho de Nun, assistente de Moisés: Meu servo Moisés morreu. Vamos, agora! Passa o Jordão, tu e todo o povo, e entra na terra que dou aos filhos de Israel".

"Eu sou um deles. O Senhor está falando comigo. Eu sou esse Josué. Eu não sou só. Tenho um povo que está comigo, que eu estou levando e que precisa entrar na terra prometida. Que a Palavra se realize em mim, Senhor".

Era preciso passar pelo Jordão. Com esse congresso, passamos o Jordão. Já estamos prestes a adentrar na terra da promessa. O povo não imaginava que a terra que o Senhor lhes dava precisava ser conquistada palmo a palmo. Porque aquela terra era possuída. Havia reis, príncipes e chefes que possuíam aquela terra.

A terra onde vamos estar é possuída, porque onde não entra o Senhor Jesus crucificado e ressuscitado, o inimigo vai usurpando. Precisamos adentrar num território usurpado pelo inimigo.

Dá uma olhada para os ambientes onde você já vive, ao derredor. Existem muitas pessoas que já foram conquistadas e hoje são discípulos e missionários, mas se você olha a grande maioria – eles não estão longe de você: na sua casa, na sua família... Talvez seu marido seja um território usurpado pelo inimigo.

Olha as nossas instituições, olha a educação, os meios de comunicação, as várias áreas profissionais, da jurisprudência, da saúde, o comércio, a indústria, a agropecuária. O que é que está imperando? São as leis do Senhor? Não, infelizmente.

Nós já fizemos parte desse povo. Portanto, este território precisa ser conquistado, por isso que justamente precisamos ser unidos.

Imagine um corpo, cujos órgãos estão desagregados e cada um se achando importante e por essa razão querendo caminhar sozinhos? E muitas vezes criticam, falam, impedem, se posicionam contra.



Todas as instituições da Igreja precisam ser um. Os movimentos que o Espírito Santo suscitou na Igreja precisam ser unidos.

Diga comigo: “Eu preciso crer que esses movimentos foram constituídos pelo Espírito Santo e eu não posso me opor a algo que o Espírito Santo enviou. Eu preciso fazer um”.

Veja isso dentro da Renovação. Graças a Deus, nesses 40 anos, e no Brasil, nós podemos dizer 37 anos no Brasil. Porque tomamos como ponto de partida o ano de 1970, mesmo havendo alguns focos antes.

E, graças a Deus, porque temos 37 anos de caminhada e boa caminhada, porque nós permitimos que o Espírito Santo agisse, levantaram-se pela ação do Espírito Santo várias expressões da RCC.

Numa família é assim. Existem o pai e a mãe e existem os filhos. São bons filhos, mas eles formaram também famílias – e famílias lindas. E que trouxeram o patrimônio do pai na educação, no jeito de viver.

Meus irmãos, é assim que as coisas se multiplicam e crescem. Graças a Deus surgiram distintas expressões de RCC no Brasil e no mundo. Tudo isso é obra do Espírito Santo. Foi Ele quem fez. Eu não posso opor-me a uma obra do Espírito.

Veja quantas coisas lindas a RCC suscitou. Desde o começo, e eu não conheço um momento da minha vida, onde eu não me disse RCC. Nos nossos estatutos, dizem ainda que a Canção Nova é Renovação Carismática Católica, mas como acontecem com as famílias, nós somos uma família diferente, distinta.

Você andou aqui sobre uma obra do Espírito. Você viu as pessoas, você não conheceu a todas, mas o Eto é o realizador e Luzia é a mãe. Deus nos constituiu assim. Essa família tem muitíssimas características próprias. As pessoas que vieram para a Canção Nova se consagraram a Deus. E – modéstia às favas – eu pude formá-los assim: discípulos, apóstolos.

Por que nós temos toda essa potência? Porque somos uma família constituída pelo Espírito Santo. Eu sou RCC e nunca neguei o batismo no Espírito e os dons que fazem parte da especificidade da RCC. O dom específico que Deus deu a RCC é a o batismo no Espírito e os dons espirituais.

Veja, até mesmo na sua cidade, Deus pode ter levantado e provavelmente levantou outras expressões de RCC. São irmãos seus que Deus conduziu a formar novas famílias. Porque esse movimento é fecundo, ele vai gerando famílias.

Não podemos estar divididos, porque o território onde vamos entrar já está possuído, usurpado. E somos nós, como corpo, órgão a órgão, membro a membro que devemos entrar e conquistar aquilo que o inimigo conquistou.

A educação do Brasil não é do inimigo. A política não é do inimigo, ele usurpou. Os meios de diversão, que hoje são cada vez mais usados, a Internet não são do inimigo, ele usurpou. E nós precisamos entrar nesse território.

Estamos nos últimos passos para adentrar a terra prometida que precisa ser conquistada. Diga comigo: “Eu sou o conquistador que preciso entrar, passo a passo, unido aos meus irmãos para conquistar palmo a palmo esse território para o Senhor”. Josué era muito jovem em comparação com Moisés, e era frágil também pela sua juventude. Mas com as características próprias dele, ele foi se tornando um novo Moisés.

Com o tempo que você tem de RCC, nós fomos aprendendo a ser discípulos, mas adentrando os territórios usurpados pelo inimigo, mais do que nunca você precisa ser discípulo para agir como Jesus, ter os sentimentos, o modo de ser de Jesus.

É preciso que cada um de nós venha dizer primeiro: “Estou crucificado na cruz com Cristo” (Gl 2,20) e também: “Eu vivo, mas já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim”.

Meus irmãos, é um despojamento total, uma entrega total. Isso não se faz num passe de mágica, mas passo a passo, na oficina da vida. Você vai se tornando cada vez mais discípulo. Você vai aprendendo com Jesus a ser um outro Jesus. Eu somo como que eu não existindo, não vivendo.

Ser discípulo é isto: uma caminhada, uma conquista. Onde é que você vai aprender a ser discípulo? Justamente aí nesse campo minado que foi usurpado pelo inimigo, para que o Senhor seja o Senhor de todos os que estão nesse território.

Se você não for discípulo, me desculpe, você não vai conseguir. Não quer dizer que já somos perfeitos. Eu tenho muito por conquistar, mas, graças a Deus, eu não sou o que era. Me desculpe dizer, mas olhando ano para ano, eu não sou mais o mesmo.

Digo meu nome, mas é o jeito que o Senhor quer que você seja: um Jonas-Jesus, falando como Jesus, tendo a mentalidade, os sentimentos de Jesus, permitindo que Ele se manifeste em mim, até mesmo no meu olhar. Eu encaro as pessoas. Eu preciso deixar que Jesus se manifeste no meu sorriso e ele se torna cada vez mais lindo à medida que deixo Jesus sorrir em mim. E ser discípulo é isso: que Jesus se manifeste nos meus gestos concretos, na minha paciência, amabilidade, bondade. É uma conquista.

Muda agora o nome. Seu nome-Jesus. Mas ao mesmo tempo, um Jesus-Jonas. O povo precisa, e esses nossos irmãos nesses territórios usurpados só vão ser conquistados por Jesus. Ninguém mais vai conseguir tirá-los de lá, só Jesus crucificado, encarnado em você.

Eu e você precisamos ser um Jesus-Jonas, Jesus-seu nome. O seu jeito, o meu jeito são necessários. Até mesmo o Senhor nos fez diferentes para conquistarmos pessoas diferentes. Ele precisa se manifestar: um Jesus-você.

Versículo 8 do capitulo 1º de Josué: “Traze sempre na boca (as palavras) deste livro da lei; medita-o dia e noite, cuidando de fazer tudo o que nele está escrito; assim prosperarás em teus caminhos e serás bem-sucedido”.

Meus irmãos, o Senhor concedeu uma graça a mim e à Canção Nova. Quando eu fiz o desafio aos jovens para viverem em comunidade, foi também neste encontro que ensinei os jovens a lerem a Bíblia dentro daquele método “A Bíblia foi escrita para você”.

Tudo aquilo que sou e o Senhor faz através de mim é resultado da Palavra de Deus. Aqui está o segredo. É a Palavra de Deus que nos faz discípulos, mas o Senhor está frisando no que os Santos Padres dizem: “O mesmo Jesus que está na Eucaristia, está na Palavra”. Você precisa comungar a Palavra todos os dias. De modo que a Palavra seja você, e você seja a Palavra.

A maneira mais próxima de sermos um com Jesus é justamente pela Palavra.



No versículo 7, vemos: “Não te afastes dela nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas feliz em todas as tuas empresas”. Para sermos realmente bem sucedidos nessa conquista para o Senhor, precisamos ser da Palavra.

Sem santidade não vai acontecer. O Senhor precisa dessa minha santidade de vida e dessa santidade de corpo. Se você tem o palavreado do mundo, os costumes do mundo, como é que você vai conquistar para Jesus os seus irmãos que lá estão?

Não tenha medo de ser radical na vivência do Evangelho. E você sabe que radical é diferente de radicalismo. É ter suas raízes no Evangelho. O Evangelho precisa brilhar em você.

O mundo reclama a sua santidade. A santidade pessoal de cada um e a santidade de corpo. O mundo precisa. Nós somos luz para este mundo que está se decompondo. E o Senhor nos escolheu para ser sal, para impedir a decomposição.

É a realização da profecia de Ezequiel dos ossos ressequidos, sobre a podridão que o mundo está. E para que esta profecia se realize é preciso que haja profetas da santidade. Você é um fermento para este mundo.

A massa precisa do fermento. A ordem é esta: como Josué, na escola da Palavra, da santidade, avançar.

Pega comigo o último versículo que é o 9: “Isto é uma ordem: sê firme e corajoso. Não te atemorizes, não tenhas medo, porque o Senhor está contigo em qualquer parte para onde fores”.

“O Senhor está no meio de nós”. Também na luta na sua carne, quando o mundo oprime você. Ele está comigo e eu estou com Ele. Porque esse mundo precisa – e precisa urgentemente – de discípulos e missionários.

No nosso modo de ser missionário não há nada de novo e há tudo de novo. É o mesmo jeito de Paulo: levarmos o batismo no Espírito Santo a cada pessoa que encontrarmos. Levar-lhes a graça do batismo no Espírito Santo.

Não se perca em mil coisas. O essencial, a especificidade é levar a graça do batismo no Espírito Santo oportuna e inoportunamente. Nós precisamos ter um boom de batismo no Espírito em toda a nossa América. Uma explosão de batismo no Espírito e dos dons. Este é o nosso modo de ser missionários.

“Senhor, eu quero ser discípulo, constantemente discípulo, toda a minha vida, até o final da minha vida. Hoje, eu aceito, assumo ser missionário dessa maneira específica, para que o Senhor seja reconhecido como Senhor e Salvador.

Sou o seu discípulo, sou o seu missionário, sou seu Josué, vou conquistar a terra prometida para que Tu sejas exaltado, glorificado”.


Transcrição: Maurício Rebouças
Fotos: Lucilene Silva
Áudio e edição: Willieny Isaias

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