Cidade do Vaticano, 29 dez 2012 (Ecclesia) – Bento XVI recebeu hoje no
Vaticano os milhares de jovens participantes no encontro europeu
promovido pela comunidade ecuménica de Taizé e disse-lhes que Deus “não
os deixa sozinhos”.
Num momento de oração que decorreu na Praça de São Pedro, o Papa
recordou também a figura do fundador da comunidade, o irmão Roger, como
“testemunha infatigável do Evangelho de paz e de reconciliação, animado
pelo fogo de um ecumenismo de santidade”.
Bento XVI encorajou os jovens a serem “portadores da comunhão” e
chamou-lhes “pequenas luzes” para a sociedade que merece “uma
distribuição mais equitativa dos bens da terra” e “uma nova
solidariedade humana”.
Até 2 de janeiro, estão programados para Roma encontros de oração,
reflexão e vida comum nas paróquias e nas famílias que acolhem estes
jovens vindos de diversos países, incluindo Portugal.
O irmão Alois, atual prior de Taizé, realçou em entrevista à Rádio
Vaticano que “muitos jovens vivem um momento difícil economicamente, por
isso é ainda mais importante ir à fonte da fé" para encontrar "um
encorajamento para o futuro”.
Os jovens “católicos, mas também ortodoxos e protestantes”, querem
“viver no sinal de Cristo” e celebrar juntos estes dias, acrescentou.
Em relação ao novo ano que se avizinha, o prior de Taizé espera que se
encontrem “novos caminhos de solidariedade” e que seja um “ano de paz em
muitos lugares do mundo, como a Síria e onde há guerra e violência”.
O irmão David, português que integra a organização do evento, descreve
em texto publicado pelo Semanário Agência ECCLESIA a 35ª etapa da
‘Peregrinação de Confiança através da Terra’ iniciada pelo irmão Roger.
“Inserido no programa do Ano da Fé, este encontro vai reunir 40 mil
jovens de todo o continente europeu para seis dias de reflexão, oração e
partilha com paróquias, famílias e comunidades religiosas da capital
italiana”, assinala o monge de Taizé, pequena localidade francesa que
acolhe a casa-mãe da comunidade cristã, cerca de 390 km a sudeste de
Paris.
O monge português admite que o facto de decorrer em Roma vai dar ao
encontro “uma fisionomia um pouco diferente” daquela que teve nos
últimos anos, depois de Bruxelas, Poznan, Roterdão e Berlim.
Um programa que,
de acordo com o irmão David, “deseja ajudar os jovens peregrinos a
situar a sua própria procura de sentido numa dimensão mais vasta, a da
humanidade em busca da sua unidade e da de todos os discípulos de Jesus
Cristo”.
“Para dar uma esperança renovada a uma Europa ameaçada pela asfixia e
para ser fermento de solidariedade entre todos os povos, a Igreja tem um
papel único a desempenhar”, conclui.
Lisboa acolheu um Encontro Europeu de Taizé, entre 28 de dezembro de 2004 e 1 de janeiro de 2005.
LFS/OC
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