O que é o dízimo
A palavra dízimo significa a décima parte. De cada 100 coisas, eu separo dez. De cada 100 sacos de feijão, ou de cada 100 cabeças de gado, ou de cada 100 Reais, eu separo dez. A décima parte. E o chamado dízimo.
A Bíblia pede estes dez por cento. Deus exige com firmeza esta doação para a comunidade. A Igreja Católica, no Brasil, vendo as necessidades do povo, pede que cada um dê de acordo com seu coração, de acordo com sua consciência. Quem pode dar os dez por cento, deve dar. Quem vai sentir falta, que dê menos. Por princípio, deve-se dar os 10 por cento.
“A organização sistemática do Dízimo é verdadeiramente o meio positivo que soluciona o problema financeiro paroquial. Supre todas as necessidades e despesas normais, O que acontece de melhor, porém, é que as pessoas se sentem colaboradoras. E os não colaboradores se sentem seriamente questionados na hora de procurarem seus direitos sem cumprirem seus deveres. Percebe-se aos poucos quem e participante assíduo e quem está à margem da vida da comunidade”.
(Frei Paulina Costella e Frei Iloni Fachesatto - Arenápolis-MT)
A Bíblia é o melhor manual de educação. O melhor livro de formação das pessoas. Deus tem muitos jeitos de nos educar. Muitas maneiras de educar e formar o seu povo, O dízimo é um modo bonito de nos fazer compreensivos com os outros. E uma maneira de nos ajudar a ser delicados com Deus e agradecidos a ele. Dízimo é um ato comunitário. Por isto o dízimo está muitas vezes escrito. Muito exigido por Deus e bem vivido pelo povo.
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Como organizar
Qualquer pessoa pode ser da equipe do Dízimo.
1. Dízimo é uma pastoral.
2. Conhecimento do Dízimo.
3. O testemunho da equipe.
Existem coordenadores do Dízimo pelo Brasil afora com dez ou mais anos de trabalho e que nunca contribuíram com o Dízimo. E não entendem porque o povo não é dizimista. Aplicar aos outros algo em que não acreditamos não funciona. A equipe deve acreditar no que faz. Por isso mesmo faz a própria opção de dizimista. Entender que devemos dar o Dízimo também do próprio tempo e, por isso, fazer parte da equipe que vai ajudar os outros irmãos a fazerem também a opção de dizimistas conscientes.
4. Disponibilidade para o dízimo
Quem faz parte de outra equipe de Pastoral não pode ser sobrecarregada. Se isso acontecer, alguém está se omitindo. Às vezes é a própria pessoa que achaque só ela sabe resolver todos os problemas da comunidade e assume tudo. Dificilmente tudo sai bem.
5. Organização
Esta equipe é responsável pela organização, conscientização, animação e recebimento do Dízimo. Deve ser formada por pessoas capazes de trabalhar em equipe. O Dízimo é um trabalho que exige muita união. Trata-se de administrar os bens que o povo traz para Deus. O sucesso da implantação do dizimo depende exclusivamente desta equipe.
Para finalizar: Ser da equipe do Dízimo é fazer uma opção missionária. Não se trata de uma equipe de cobradores, mas de missionários que estão a serviço da comunidade, levando cada mês uma lembrança do compromisso assumido pelos irmãos dando, cada mês, uma mensagem de fé, de esperança. Esta equipe tem a tarefa de conscientizar os fiéis para a partilha.
Prestar contas à comunidade
Para manter o dizimista é indispensável que a equipe mensalmente preste contas. Elaborar um balancete no final de cada mês e divulgar na comunidade. Não é suficiente colar uma cópia do balancete na porta da Igreja. Poucos lêem. O que funciona é imprimir o balancete numa folha. De um lado da folha o relatório do mês. Todas as entradas e saídas. E bom manter a mesma ordem do Plano Financeiro. Mostrar para o povo o que entrou de Dízimo, Oferta, etc. No verso da folha, imprimir a mensagem do mês. E aqui que acontece a formação permanente: por meio desta mensagem.
Todos os meses a equipe vai ao encontro do dizimista num processo de conscientização, de uma catequese permanente sobre o Dízimo. O povo, recebendo a prestação de contas e uma mensagem todos os meses, vai se sentir mais motivado a contribuir, pois está vendo como é aplicado o dinheiro oferecido a Deus através da comunidade.
Se houver na comunidade um boletim informativo, melhor ainda. Seja qual for o instrumento de comunicação não deve ser divulgado só entre os dizimistas, mas entre o povo todo. Quem é dizimista está recebendo a prestação de contas. Quem não é dizimistas estará recebendo um questionamento forte pela sua omissão.
7. Devemos insisti
Não creio que se deva insistir, O que devemos fazer é mostrar para a pessoa as vantagens, e deixá-la livre. Devemos ser rigorosos conosco mesmos no sentido de conscientizar as pessoas sobre o Dízimo. Oferecer a todos o máximo de informações e testemunhos. Depois disso, deixar que Deus opere na pessoa. Devemos fazer a nossa parte, a conscientização. Forçar a barra seria interferir na liberdade dos outros.
8. Quando o dizimista desiste, deve ser cobrado?
Muitas vezes a pessoa faz a opção do Dízimo levada pela emoção do momento. Passada a emoção não se sente mais motivada para continuar. Por isso é importante uma conscientização que atinja o coração e a razão.
Uma pessoa conscientizada dificilmente interrompe sua contribuição ao contrário, a aumentará.
Mas se isto acontecer, é bom ajudar a pessoa a refletir sobre o compromisso que assumiu. Alertá-la muito delicadamente.
Podia não ter se comprometido. Era livre. Mas uma vez que se comprometeu, deve fazer de tudo para cumprir. O exemplo está em Jacó. Fez uma promessa, foi fiel, cumpriu à risca e prosperou. Gen.28,20-22.
Para ajudar os indecisos podemos refletir com eles o Sal. 49,14. ‘Oferece, antes, a Deus um sacrifício de louvor e cumpro teus votos para o Altíssimo’. Ou ainda, Jó22,27: ‘‘Tu lhe rogarás, e ele te ouvirá, e cumprirás os teus votos “
A conscientização deve levar o dizimista a uma decisão pessoal, espontânea, brotada do coração, a partir de uma experiência com Deus em sua vida.
9. E quando o dizimista atrasa?
A equipe deve preparar uma mensagem especial para os dizimistas em atraso, lembrando-lhes o compromisso que assumiram na comunidade. Deve ser uma mensagem de lembrança e orientação e nunca de cobrança. O melhor mesmo é fazer uma visita para saber o que aconteceu. E possível que se trate de simples esquecimento, mas pode tratar-se de problema mais sério. A presença da equipe do Dízimo pode ajudar aquela pessoa, pode orientá-la, e deve, em qualquer circunstância, avisar o dizimista, para que continue sua opção, pois isto mostra sua fidelidade para com Deus e atrai as bênçãos de que necessita.
10. Deve ser feita cobrança nas casas?
Faça uma visita procurando orientar para que o dizimista entregue seu dízimo na comunidade. Se o dizimista participa da comunidade, não há razão de alguém ir até sua casa para receber o dízimo.
11. Desafios da equipe
Na implantação do Dízimo, certamente a equipe vai se defrontar com quatro tipos bem distintos de dizimistas:
OS FIÉIS - São aqueles que dão e sempre têm mais para dar. São os que levam à frente os trabalhos da comunidade. Sua contribuição é regular, significativa, consciente e voluntária. São também eles os mais sensíveis em casos de emergência. Ajudam os pobres, assumem os trabalhos da pastoral. São os que devem ser imitados.
OS INFIÉIS - São os que fazem a opção do Dízimo e depois de certo tempo negligenciam, param de contribuir. São também infiéis os que dão parte do Dízimo, ou seja, se inscrevem para contar na comunidade como dizimistas, mas dão uma insignificância e são conscientes de que poderiam dar mais, porém não o fazem.
São os Ananias e Safiras de hoje. Atos 5,1-11. Esses precisam ser orientados a cumprirem o voto que fizeram a Deus.
OS NÃO-DIZIMISTAS LIBERAIS - São os que não com batem o sistema do Dízimo. Não são dizimistas, mas estão sempre dispostos a contribuir conforme as necessidades. Normalmente colocam na Oferta o que dariam como Dízimo. Não são dizimistas por não terem compreendido seu valor histórico, bíblico, cristão, social e missionário. Um pouquinho de esforço da equipe os transforma em dizimistas exemplares.
OS ANTI -DIZIMISTAS - São os mesquinhos, os derrotados por natureza. Talvez tenhamos neste grupo um número de pessoas que nos surpreende. Eles sabem de tudo. São os “iluminados”. Nunca estão presentes para ajudar quando é preciso fazer algo na comunidade, mas são os primeiros a criticar depois de feito.
São os que ouvem o que o padre ou a equipe do Dízimo diz, e ficam cochichando na igreja, e fora dela, para levarem as pessoas a pensar o contrário do que foi pregado. Há até os que chegam a mostrar o relógio, embora a missa não demore 6 ou 10 minutos além do normal. São os de “missa de 7º dia mas que se chamam de cristãos exemplares”.
São os que se põem contra uma campanha do Dízimo, alegando que se deveria fazer uma campanha para os pobres. Quando você fala de pobre ou de opção da Igreja por eles, logo combatem. São os de argumentos fáceis. Mas as ações? São os do contra.
Pontos que ajudam a organizar o dizimo.
Escolher pessoas interessadas e convencidas do valor do dízimo.
Preparar-se bem, vendo outras experiências onde funciona o dízimo.
Sem nunca impor, mas ajudar a sensibilizar os fiéis por esta Pastoral.
Esclarecer a comunidade por meio de palestras, faixas, folhetos e o bom uso dos Meios de Comunicação Social (feito tudo por leigos).
Aproveitar o que existe: Novenas, Grupos de Reflexão, Capelinhas...
Fazer celebrações litúrgicas sobre o dízimo. Pessoas dêem testemunho.
Preparar fichas e cadastro da família dizimista. Não complicar nada.
Antes e depois das celebrações, alguém da Equipe atende às pessoas sobre o dízimo, pois muitos aproveitam a ida à igreja para acertar seu dízimo. Pode ser também na casa paroquial.
Lembrar sempre que o dízimo requer muita paciência, muita motivação e tempo. Não forçar, mas trabalhar a consciência dos católicos dando boa fundamentação bíblica.
Não afastar ninguém da comunidade por causa do dízimo.
I. Quem inventou o dízimo?
O coração dos filhos de Deus. Foi a gratidão dos irmãos para com Deus Pai que inventou o dízimo. Já faz 3 mil anos e Deus sempre aprecia e ama a quem dá seu dízimo com alegria.
II. Mas Deus precisa do dízimo?
Não. Deus não, mas os irmãos, a comunidade, sim. Irmãos que se amam se ajudam. O dízimo cria família. Cria confiança. Cria crescimento, tanto da família que o dá, como da comunidade que o recebe.
III. Eu tenho o compromisso de dar o dízimo?
IV. Não basta dar o que sobra?
V. Por que as pessoas inventaram o dízimo e o colocaram na Bíblia?
Senhor e para se ajudarem entre si. Deus inspirou esta idéia. Tanto no Antigo como no Novo Testamento o dízimo é parte da Bíblia. É gesto de gratidão do povo a seu Deus.
VI. O dízimo salva a gente?
amor de Deus. Nem os santos nos salvam. Nem Nossa Senhora: só Deus salva. E quer salvar a todos. Mas.., o dízimo me leva mais perto de Deus, porque me leva para a comunidade. Dízimo é um meio. E não devemos abandonar os meios que nos fazem mais irmãos e nos conduzem mais a Deus.
VII. Faz diferença pagar ou dar o dízimo?
VIII. O que eu ganho dando o dízimo?
O próprio dízimo pertence a Deus. Deus é dono de tudo, cem por cento é de Deus e dele tudo nos vem. Eu apenas lhe agradeço, devolvendo-lhe algo por cento. — É como se minha mãe me desse um grande bolo, cada dia, e eu retiro uma parte do bolo para ela dar a meus irmãos.
IX. É melhor dar muito dízimo sem boa vontade, ou é melhor dar pouco com boa vontade?
X. Quem está dispensado de dar o dízimo?
XI. E se a pessoa é bem pobre?
XII. E não dá para dar o dízimo em forma de serviços ou ofertas?
A Bíblia é bem clara: quem pode dar dez por cento, deve dá-lo. Quem pode dar 10% não deve dar Oito por cento. Quem pode dar 5 por cento não deve dar 2 ou 3 por cento. A Igreja no Brasil pede pelo menos um por cento (centésimo). Mas, quem pode dar mais, deve dá-lo.
XIII. O que dificulta, o que derruba o dízimo na comunidade?
XIV. O que favorece o povo a dar com alegria o dízimo?
Retirado dos Livros:
Dízimo- Expressão Forte de Comunidade
10ª Edição Editora –O Recado-
por- A.TATTO
Pastoral Paroquial do Dízimo.
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