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terça-feira, 22 de junho de 2010

O Apóstolo PEDRO ESTEVE EM ROMA?

O Apóstolo PEDRO ESTEVE EM ROMA?

Por Guido Rojas

Fonte: http://www.defiendetufe.org/

Tradução: Carlos Martins Nabeto

Publicado em 18/07/2007

INTRODUÇÃO

Para muitos protestantes em Seu Querer negar afa de uma Autoridade de Pedro e de SEUS sucessores chegam inclusive a AFIRMAR Que Nunca Esteve Pedro em Roma.
Façamos UM estudo mais detalhado n responder a isto e, assim, amar Mais AO papa Como sucessor de Pedro.
A MISSÃO Apostólica
Dizia o historiador protestante Robert Que MacLauner "As origens do Cristianismo parágrafo Apontam Roma". Da mesma forma, apontava Santo Ambrósio, no século IV, que "Onde está Pedro, Aí está uma Igreja Católica". Segundo a Tradição Antiga, o Apóstolo Foi bispo de Antioquia Por sete anos, logo libertado Após Ser do Cárcere de Jerusalém no ano de 42, daí dirigiu-se Para a capital do Império Romano e se pos a Frente daquela comunidade Cristã Que Havia Sido eleita Por Deus:
"Vos Sauda uma Igreja Que ESTÁ em Babilônia, eleita Como vos ..." (1Pedro 5,13).

Eusébio e São Jerônimo Que sugerem Pedro Foi bispo de Roma Vinte e Cinco Por anos, Mas ISTO De maneira não-continua, Pedro PIs Novamente esteve na Cidade Santa Por Volta do ano 49 OU 50. Roma era, portanto, SUA principal se, ainda Que OS fossem Apóstolos Como considerados pertencentes Toda uma Igreja Católica. 
Relata Uma lenda piedosa Que, Por Volta do ano 60, Pedro se retirava de Roma QUANDO LHE Apareceu Jesus dizendo-LHE Que ia para la n Ser Novamente Crucificado.O próprio Senhor Havia Anunciado Que Pedro morreria Por sua fé, glorificando um Deus com morte SUA (João 21,19).
O Martirio DE PEDRO
QUANDO O primeiro Vigário de Cristo Chegou em Roma, OS cristäos um identificavam com A Outra "Babilônia, a Grande". A Cidade, construida colinas Sobre sete (Apocalipse 17,9), era a capital dos idólatras Novos opressores, imensa metrópole, luxuosa e pecadora (14,8, 17,5, 18,1 ss), que desfrutava de grande Poder Político, militar e econômico. Não era corrupto Menos o Imperador Nero César (54-68), indicado por São João, no livro do Apocalipse como, um o Besta, 666, é que "NÚMERO UM de Homem" (13,18).
Pois bem. No ano de 64, o monarca mandou incendiar-maníaca A Cidade e jogou um nsa cristäos culpa, considerados ERAM Que Como Uma seita judaica, hostis à Sociedade Paga e acusados de render culto um Jesus AO inves de Imperador AO SEUS EAo e ídolos. O historiador romano Tácito narra ERAM Como colocadas peles de animais Sobre os cristäos parágrafo Que fossem devorados Por Leões e feras do circo; OU untandos parágrafo com graxa, seguida em, serem atados uma postes e iluminarem A Noite, Como Tochas Humanas, nsa jardins imperiais e nd Via Apia. Cumpria-se assim uma célebre frase de Tertuliano: "O Sangue dos mártires É semente parágrafo Novos cristäos" (cfr. Apocalipse 18,24).
Nessa mesma perseguição, o Apóstolo Pedro Foi Feito Prisioneiro Mamertina não Cárcere e DEPOIS Pouco Crucificado de cabeça par Baixo - um Pedido Seu, Como ato de humildade - Próximo do circo romano, Na colina vaticana. Aqui Foi enterrado Por SEUS UM CEMITÉRIO em Olha você contíguo; Dizia-se que Uma Parede vermelha apontava o local.
 
Provas HISTÓRICAS
DEPOIS Trinta anos do martírio do Apóstolo, o papa Santo Anacleto oratório UM construiu nenhum sistema operacional local Onde Fiéis se reuniam. Também se Acha o Testemunho do papa São Clemente Romano, Que Escreveu Uma Carta contemporânea do Evangelho de São João (90 dC), em que cita uma morte gloriosa do pescador da Galiléia.
No século II, Santo Inácio de Antioquia, Papias de Hierápolis, São Clemente de Alexandria, Tertuliano de Cartago, o bispo Dionísio de Corinto EO Denominado Canon Muratoriano confirmam o martírio dos Príncipes da Igreja, Pedro e Paulo, em Roma.
Dos relatos não-cristäos se sobressai uma crônica de Celso AO Imperador Adriano (117-138), que assegura Que o Nome de Pedro gozava de grande Popularidade Na capital do Império. Em Princípios do Século III, Santo Ireneu, bispo de Lião, escreve um dos Bispos Lista da Cidade Eterna, qua nd Diz que "Depois dos Santos Apóstolos (Pedro e Paulo), fundado Terem uma Igreja, Lino Passou um OCUPAR o episcopado romano (mencionado Por São Paulo em 2Timóteo 4,21), sendo sucedido Por Anacleto e, Deste Depois, Clemente (Romano), que conheceu Pedro pessoalmente ".
 
No ano 251, São Cipriano chama uma Igreja romana de "uma sé de Pedro e Igreja principal. Igual Opinião Possui o historiador eclesiástico Eusébio de Cesaréia, no século IV, Baseando-se em Documentos do II século.
O CAMPO DA ARQUEOLOGIA
Quanto Provas arqueológicas como fazer sepulcro de Pedro em Roma, TEM-SE Notícias Anteriores Que se construiu uma basílica Que Leva o Seu Nome Pelo Imperador Constantino No século IV Exatamente Sobre o TÚMULO do Santo Apóstolo, Primeiros Onde cristäos OS celebravam uma Eucaristia e enterravam OS Paredes mártires NAS solo e das galerias, inclusive dos papas Vários Séculos I a IV.
 
Em Princípios do Século XIX, como catacumbas do Vaticano Foram identificadas em SUA totalidade e, em finais do Século mesmo, se descobriu uma cripta dos papas epitáfios COM OS do Século III de Ponciano, Fabiano, Cornélio, entre outros. Nenhum Vaticano Encontram se, Além destes, OS restos mortais de papas Recentes Para muitos, Como OS corpos incorruptos de São Pio X e do beato João XXIII, Que Estão os Expostos à veneração Pública. Em escavações efetuadas em 1915 nd gruta da Basílica de São Sebastião se encontrou hum muro coberto de invocações EAo apóstolos Pedro e Paulo, Para onde SUAS Foram transportadas Relíquias UM Por Certo período, devido Às perseguições promovidas Pelo Imperador Valeriano (253-260).
A partir de 1941 Novas Foram realizadas Investigações catacumbas do Vaticano NAS Por Ordem do papa Pio XII. A Equipe era formada Quatro Por Especialistas do Instituto Pontifício de Arqueologia Cristã. Pinturas Encontraram, mosaicos das Símbolos com origens da Igreja (como o peixe, o pavão, a Âncora EO Cordeiro), figuras de Cristo e Cenas bíblicas, Imagens Religiosas, Moedas e túmulos de cristäos e pagãos.
 
No ano de 1958, Sob o pontificado de João XXIII, deu-se uma notícia de arqueólogos Que SO UM Descoberto Tinham grosso muro vermelho; Ao lado, encontraram Várias Caixas de chumbo cheias de restos de Diferentes Pessoas e animais Domésticos. Em Uma das Caixas se constatou, Mediante exames laboratoriais, a Existência de Ossos de hum Homem robusto de cerca de 60 a 70 anos de idade, do Século I da Era Nossa. Tais Ossos Foram identificados Read more Leia Por Paulo VI, em 1968, como "Relíquias de São Pedro", Que mencionadas ERAM Já Pelo clérigo romano Caio Como Troféu "o do Vaticano". Os Ossos do Foram Apóstolo depositados em Uma capela situada Sob o altar principal da Basílica de São Pedro e permanecem visíveis Através de Uma urna de cristal.
Em outra basílica romana, "San Pietro in Vincoli, São conservadas - segundo se crê - como Correntes prenderam Que o Santo Apóstolo em Jerusalém. Foram encontradas Por Eudóxia, esposa do Imperador Teodósio II, Durante Uma Peregrinação. Uma parte das ditas Correntes Ficaram em Constantinopla, ALGUNS Sendo que elos Foram enviados parágrafo Roma. Posteriormente, o Papa São Leão Magno úniu Estes Outros com elos Que se conservavam da mencionada Corrente.
É POR ISSO e Muito Mais Que Estamos Seguros Que o Apóstolo Pedro viveu e Morreu em Roma, principal Sede do Primado romano.

S. Pedro esteve em Roma, foi o primeiro Bispo de Roma e foi martirizado em Roma
A estadia de S. Pedro em Roma é incontestável historicamente. Sobre ela atestam Orígenes (ano 254), Clemente de Alexandria (215), Tertuliano (222), S. Irineu (202), Dionísio (171). Do século primeiro, convém destacar S. Inácio (107) e Clemente Romano (101). Esses historiadores e testemunhas são reconhecidos, pela crítica moderna, como autoridades dignas de fé.
 Existe uma série ininterrupta de testemunhos do Século III até aos apóstolos e isso sem uma voz discorde.
 Em Cartago e em Corinto, em Alexandria e Roma, na Gália como na África, no Oriente como no Ocidente, a viagem de S. Pedro a Roma é afirmada unanimemente, como fato sobre o qual não pairou nunca a mínima dúvida.
 Orígenes (+ 254) diz: "S. Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve fosse crucificado de cabeça para baixo" (Com. in Genes., t. 3).
 Clemente de Alexandria ( + 215) diz: "Marcos escreveu o seu Evangelho a pedido dos Romanos que oviram a pregação de Pedro" (Hist. Ecl. VI, 14).
 Tertuliano (+ c. 222), por sua vez, diz: "Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz" (Scorp. c. 15).
 No século II abundam igualmente provas.
 Santo Irineu (+ 202) escreve na sua  grande obra "contra as heresias": "Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja" (L. 3, c. 1, n. 1, v. 4).
 Dionísio (+ 171) escreve ao papa Sotero: "S. Pedro e S. Paulo foram à Itália, onde doutrinaram e sofreram o martírio no mesmo tempo" (Evas. Hist. Eccl. II 25).
 Do século I convém destacar:
 Santo Inácio (+ 107), Bispo de Antioquia, que conviveu longos anos com os apóstolos. Condenado por Trajano, fez viagem para Roma, onde foi supliciado, tendo escrito antes uma carta aos Romanos onde diz: "Tudo isso eu não vos ordeno como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, e eu sou um condenado" (ad Rom., c IV).
 Clemente Romano (+101), 3o sucessor de S. Pedro, conheceu-o pessoalmente em Roma. É, por isso, autoridade de valor excepcional. Eis o que escreve: "Ponhamos diante dos olhos os bons apóstolos Pedro e Paulo. Pedro que, pelo ódio iníquo, sofreu; e depois do martírio, foi-se para a mansão da glória. A estes santos varões, que ensinavam a santidade, associou-se grande multidão de eleitos, que, supliciados pelo ódio, foram entre nós de ótimo exemplo".
 Note que só estão citados autores do início do cristianismo, para que não fique dúvida acerca da idoneidade dos testemunhos, que poderiam ser objeto de dúvida dos protestantes... É bom revelar que nenhum protestante imparcial teve a ousadia de contestar esses historiadores.
 É, portanto, um fato certo que S. Pedro esteve em Roma e foi ali martirizado sob o reinado de Nero. Nenhum historiador, até os protestantes, isto é, durante 1500 anos, o contesta; ao contrário: para todos eles é um fato notório e público.
 Vamos agora provar que S. Pedro foi o primeiro Bispo de Roma:
 Poderíamos citar muitas longas passagens de S. Irineu, Caio, S. Cipriano, S. Agostinho, S. Optato, S. Jerônimo, Sulpício Severo, que atestam "unânimes" o episcopado romano do príncipe dos apóstolos. Limitemo-nos a umas curtas citações:
 Caio: falando de S. Vitor, Papa, diz: "Desde Pedro ele foi o décimo terceiro Bispo de Roma"(ad Euseb. 128)
 S. Jerônimo: "Simão Pedro foi a Roma e aí ocupou a cátedra sacerdotal durante 25 anos" (De Viris Ill. 1, 1).
 S. Agostinho: "S. Lino sucedeu a S. Pedro" (Epist. 53)
 Sulpício Severo, falando do tempo de Nero, diz: "Neste tempo, Pedro exercia em Roma a função de Bispo" (His. Sacr., n. 28)
 S. Ireneu: "Os apóstolos Pedro e Paulo fundaram a Igreja, e o primeiro remeteu o episcopado a Lino, a quem sucedeu Anacleto e depois Clemente".
 Convém notar ainda que todos os catálogos dos Bispos de Roma, organizados segundo os documentos primitivos, pelos antigos escritores, colocam invariavelmente o nome de Pedro à frente de todos.
A Sucessão Apostólica
 Agora veremos como o Papa é sucessor direto de S. Pedro, primeiro Bispo de Roma:
 Primeiramente, os protestantes deveriam provar que o Papa não é sucessor de S. Pedro, todavia, como eles não tem nenhum texto histórico ou religioso que prove, eles pedem uma prova dos católicos. Eles só negam, nada podem afirmar.
 Vamos analisar as Sagradas Escrituras. Lá existe não só a investidura de S. Pedro como chefe visível da Igreja, mas a investidura perpétua dos apóstolos, para serem os "enviados" de Cristo (Mt. 28, 18 - 20): "É me dado todo o poder no céu e na terra; ide pois e ensinai a todos os povos e eis que estou convosco todos os dias até a consumação do mundo".
 Que quer dizer isso?
 1 - Cristo tem todo poder, é a primeira parte
 2 - Cristo transmite este poder, é a segunda parte (Lembremo-nos, no mesmo sentido, da frase: "tudo que ligares na terra será ligado no céu e tudo o que desligares na terra será desligado no céu")
 3 - A quem Ele transmite? Aos apóstolos.
 4 - Até quando? Até a consumação do mundo
 Ora, Cristo transmitiu este poder unicamente aos apóstolos presentes? Não pode ser, pois os apóstolos deviam morrer um dia, como todos os homens morrem. Ele diz: "estarei convosco até à consumação do mundo".
 Se Ele promete estar com os apóstolos até o fim do mundo, é claro que ele não está se dirigindo aos apóstolos como pessoas físicas, mas como um "corpo moral", que deve perpetuar-se nos seus sucessores, e hão de durar atá o fim dos tempos.
 Eis uma prova evidente que o bispo de Roma, que é o Papa, é o sucessor de S. Pedro e de sua "jurisdição".
 A sucessão também é observada nos primeiros cristãos, que nomeavam diáconos e bispos, transmitindo-lhes as obrigações de seus antecessores.
 Jesus Cristo, fundando uma sociedade religiosa visível, que devia durar até ao fim do mundo, devia necessariamente nomear um chefe, com sucessão, para perpetuar a mesma autoridade: "Quem vos escuta, escuta a mim" (Mt 28, 18). Se assim não fosse, Nosso Senhor não teria podido dizer: "Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo"; devia ter dito que estaria apenas com S. Pedro até o fim de sua vida. Dessa forma, cumpre-se o que manda a Bíblia: "Um só senhor, uma só fé, um só batismo" (Ef. 4, 5)
(Vide o Sacramento da Ordem, onde Deus escolhe os seus sacerdotes)
A lista dos primeiros Papas da Igreja
S. Pedro, 42 - 67
S. Lino, 67 - 78
S. Cleto, 78 - 91
S. Clemente, 91 - 100
Santo Evaristo, 100 - 109
Santo Alexandre I, 109 - 119
S. Sixto I, 119- 128
S. Telésforo, 128 - 139
Santo Higino, 139 - 142
S. Pio I, 142 - 150
Santo Aniceto, 150 - 162
S. soter, 162 - 170
Santo Eleutério, 170 - 186
S. Vitor, 186 - 197
S. Zefirino, 197 - 217
S. Calisto I, 217 - 222
Santo Urbano I, 222 - 230
S. Ponciano, 230 - 235
Santo Antero, 235 - 236
S. Fabiano, 236 - 251
S. Cornélio, 251 - 252
S. Lúcio I, 252 - 254
Santo Estêvão I, 254 - 257
S. Sixto II, 257 - 259
S. Dionísio, 259 - 269
S. Félix, 269 - 275
Santo Eutiquiano, 275 - 283
S. Caio, 283 - 295
S. Marcelino, 295 - 304
S. Marcelo, 304 - 310
Santo Eusébio, 310 - 311
S. Melcíades, 311 - 313
S. Silvestre I, 313 - 336
S. Silvestre batizou o imperador Constantino Magno.
O Governo da Igreja (Bispos e Fiéis)
 "Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho, sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a Igreja de Deus a qual santificou pelo seu próprio sangue" (At 20, 28)
 "Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos despreza, a mim despreza; e quem me despreza, despreza aquele que me enviou". (LC 10, 16)
 A Bíblia diz claramente que Jesus Cristo fundou uma Igreja sobre Pedro (Mt 16, 18), diz que estaria com ele até o fim do mundo (Mt 28, 13-20), que lhe dava as chaves do reino do céu (Mt 16, 19), que esta Igreja seria coluna e firmamento da verdade (1 Tim 3, 15), que é preciso escutar esta Igreja sob pena de ser tratado como um pagão (Mt 18, 17).
 Mesmo em relação à autoridade dos Fariseus e Escribas, apesar de viciados em seus erros, por serem a autoridade legítima, disse Nosso Senhor:  "Sobre a cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus; observai, pois, e fazei tudo o que eles vos disserem; mas não imiteis as suas ações" (Mt 23, 2).
 Nosso Senhor escolheu, entre seus inúmeros discípulos, apenas doze Apóstolos, (Mt. 10, 2-4). Instruiu-os duma maneira particular, desvendou-lhes o sentido das parábolas que as turbas não compreendiam (Mt. 13, 2) e associou-os à sua obra mandando-lhes que pregassem o reino de Deus aos filhos de Israel (Mt. 10, 5, 42).
 Poucos dias antes da Ascenção, Cristo confiou aos doze Apóstolos o poder que antes lhes tinha prometido: "Todo o poder me foi dado no céu e na terra; ide, pois, e ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a observar todas as coisas que eu vos tenho ordenado, e estai certos de que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos" (Mt. 28, 19-20). Portanto, conclui Boulenger, Jesus Cristo comunicou aos Apóstolos o poder - 1) de ensinar: "ide e ensinai todos os povos", 2) de santificar, pelos ritos instituídos para este fim e, em particular, pelo batismo, 3) de governar, uma vez que os Apóstolos hão de ensinar o mundo a "observar" tudo o que Ele mandou.
 A Hierarquia reconhecida na história:
 1) Testemunho de Santo Irineu, argumentando contra os hereges, apresenta o caráter hierárquico da Igreja, como um 'fato notório' que ninguém pode negar, como uma fundação de Cristo e dos Apóstolos. Ora, como podia reivindicar para a Igreja cristão a origem apostólica, se os seus adversários pudessem apresentar provas da fundação recente da hierarquia?
 2) Testemunho de S. Policarpo, em meados do sec. II, designa os pastores como "chefes da hierarquia e guardas da fé"
 3) No mesmo século ainda podemos citar os testemunhos: a) o de Hegesipo que mostra as Igreja governadas pelos Bispos, sucessores dos apóstolos; b) o de Dionísio de Corinto, que escreve na sua carta à Igreja romana que a Igreja de Corinto guarda fielmente as admoestações recebidas outrora do Papa Clemente.
 4) No ano 110, Santo Inácio de Antioquia, em sua Epístola aos Romanos, da Igreja de Roma como do centro da cristandade: "Tu (Igreja de Roma) ensinastes as outras. E eu quero que permaneçam firmes as coisas que tu prescreves pelo teu ensino" (Rom, IV, 1).
 5) Cerca do ano de 96, S. Clemente Romano, discípulo imediato de S. Pedro e de S. Paulo, escreveu uma carta aos Coríntios, na qual nos dá da Igreja noção equivalente à de S. Ireneu, apresentando a hierarquia como a "guarda da tradição" e a Igreja de Roma com a primazia universal sobre todas as Igrejas locais.
 6) Deste modo, chegamos, de geração em geração, aos tempos apostólicos.  Desde o primeiro alvorecer do cristianismo, os Apóstolos desempenharam a dupla função de dirigentes e pregadores. Escolheram Matias para ocupar o lugar de Judas (At 1, 12, 26). Instituíram diáconos nos quais delegaram parte dos seus poderes (At. 6, 1, 6).
 Na prática da Igreja também fica claro o poder de governo sobre todos os cristãos. Os Apóstolos exerceram este tríplice poder: a) Poder legislativo: No Concílio de Jerusalém, impõem aos recém-convertidos "que se abstenham das carnes oferecidas aos ídolos, das viandas sufocadas e da impureza" (At 15, 29); b) poder judiciário: S. Paulo entrega a Satanás "Himeneu e Alexandre, para aprenderem a não blasfemar" (I Tim 1, 20); c) poder penal: S. Paulo escreve aos coríntios: "Portanto, eu vos escrevo estas coisas, estando ainda longe de vós, de modo que, quando eu chegar aí, não tenha de castigar, segundo o poder a mim confiado por Deus para edificar, não para destruir" (II Cor 13, 10).

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