Eleitor deve acompanhar mandato de candidato
eleito, diz CNBB
Extraído de: Gazeta do Povo - 24 de Junho de 2010
Dom Geraldo agradeceu apoio de católicos ao projeto ficha limpa. CNBB
diz que vai acompanhar aplicação da lei pela Justiça eleitoral
O presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom
Geraldo Lyrio Rocha, pediu nesta quinta-feira (24) aos eleitores
brasileiros que, além de avaliar a ficha dos candidatos, acompanhem a
atuação dos políticos eleitos durante os mandatos.
Para CNBB, além de observar Ficha Limpa, eleitor dev...
Eleitor deve acompanhar mandato de candidato eleito...
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Ao ser questionado durante entrevista coletiva em Brasília sobre se
manifestará apoio a candidato à Presidência da República, dom Geraldo
disse que não é competência da CNBB interferir no processo eleitoral.
"Manifestamos apenas a esperança de uma corrida eleitoral justa e
democrática, com respeito ao diferente e à diversidade de nosso país.
Ao eleitor, pedimos que avalie bem os candidatos e lembramos que o
processo eleitoral não termina ao confirmar o voto, mas continua ao
longo dos mandatos", afirmou o presidente da CNBB.
Dom Geraldo também agradeceu a mobilização dos católicos de todo o
país que ajudaram a reunir 1,6 milhão de assinaturas para que o
projeto ficha limpa fosse aceito no Congresso por iniciativa popular.
"A ação da Igreja Católica foi indispensável para a aprovação da Lei
Ficha Limpa, pois contribuímos desde as comunidades até as paróquias e
dioceses, o que em números significa 90% da contribuição, dados que
nos orgulham muito", disse.
A Comissão Brasileira de Paz e Justiça da CNBB vai acompanhar o
trabalho da Justiça eleitoral nas decisões sobre quem poderá ou não
concorrer neste pleito para garantir a aplicação da lei da ficha
limpa.
A lei determina que políticos condenados pela Justiça em decisão
colegiada em processos ainda não concluídos não poderão ser candidatos
no pleito de outubro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu que
a norma vale para as eleições deste ano e para candidatos condenados
antes da vigência da lei.
O projeto, de iniciativa popular, foi aprovado pelo Congresso e
sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei foi
publicada no Diário Oficial da União no último dia 7 de junho.
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