sexta-feira, 29 de junho de 2012

História da Beata Imelda Lambertini



História da Beata Imelda Lambertini
Por Rodrigo de Luna

Apesar dos santos viverem em profunda humildade, escondendo-se de si mesmo e do mundo por amor a Nosso Senhor - assim como fez a Santíssima Virgem - suas vidas se tornam públicas tempos depois. Ouvimos e estudamos histórias extraordinárias que nos inspiram a viver assim como eles uma vida santa. Acontecimentos que marcaram suas vidas, tristezas, alegrias. Tudo, tudo aquilo que os ajudaram a criar uma vida de humildade e desprezo do mundo, e, consecutivamente a santidade reconhecida primeiramente por Deus, depois pela Santa Igreja e finalmente por nós.
Uma das vidas mais desconhecidas por muitos, mas que graças a Deus conheci, é de uma beata que eu faço questão de usar de minhas próprias palavras para contar a vida dela e, quem sabe divulgar a devoção a ela.
Conheci a história por acaso. Hoje a tenho como uma das minhas grandes devoções. Tenho-a como um modelo de dedicação à vida religiosa e extrema devoção à Santíssima Eucaristia.


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O nome da Bem-Aventurada é Imelda Lambertini. Ela nasceu em Bolonha (Itália) no ano de 1322. Desde pequena sempre cultivou um imenso amor pela oração, pois crescera em um ambiente católico, onde seus pais davam a ela uma educação cristão de grande valor. O seu amor pela oração e pelas coisas de Deus era exatamente o seu diferencial e motivo de atenção dos seus pais. Ela sempre se escondia em locais "obscuros" de sua casa para rezar.
O seu amor pela oração lhe criou na alma um desejo enorme de ser freira dominicana, isso com apenas 9 anos de idade! Claro que, assim como ocorreria nos dias de hoje, ela não foi aceita por causa da pouca idade. Mas Imelda L. era muito insistente, o que resultou numa conversa entre seus pais e a Madre Superiora do convento das irmãs dominicanas. Perguntaram a ela o que a atraía no convento das irmãs, a Imelda respondeu: "Nosso Senhor".
A Madre Superiora pediu a devida permissão aos pais da Imelda L. para que ela pudesse se mudar para o convento. Imelda não deveria realizar no convento as tarefas árduas e pesadas, mas pequenas tarefas por causa de sua pouca idade, o que a pequena não obedecia, pois queria seguir em tudo o que as outras irmãs faziam. A Madre pedia para que ela não acordasse tão cedo para rezar as matinas, o que a pequena fazia o contrário: acordava cedo e rezava em silêncio pelos corredores do convento das dominicanas.
Apesar de todo seu amor pela congregação e por Nosso Senhor na Hóstia Consagrada, Imelda tinha apenas 9 anos, e na época, apenas as crianças de 12 anos podiam comungar. Imelda passava horas e mais horas rezando diante do Santíssimo Sacramento, rezava tanto que sua face se transfigurava de alegria. O que Imelda mais pedia, era que pudesse receber Nosso Senhor na Santa Comunhão, mesmo tendo a pouca idade, mas antigamente as regras da Santa Igreja não permitiam a comunhão de crianças com esta pouca idade.
Em 1333, Imelda fez seus 11 anos de idade. Era costume: Após a Missa, após todas as freiras saírem da capela e Imelda ficava um pouco mais de tempo diante do Santíssimo Sacramento em profunda oração, na companhia de Nosso Senhor. Passou-se muito tempo sem que se tivesse "notícias" da pequena Imelda, então umas das irmãs voltou para a capela e lá encontrou Imelda em posição de oração com a Hóstia flutuando e emitindo uma luz que ia direto para ela. A freira logo chamou todas as outras irmãs e o padre que tinha celebrado a Missa para ver o extraordinário de Deus acontecendo diante de todos.
O padre sabia que aquele era o momento em que Imelda deveria fazer a sua Primeira Comunhão. O padre aproximou-se com uma patena de ouro e a Hóstia deitou-se sobre ela e então entregou a Eucaristia à pequena Imelda L..Como de costume, todos passam algum tempo em oração quando comungam... mas a pequena Imelda passou horas e mais horas em oração. Uma das freiras então se aproximou da Imelda e ela caiu no chão morta.



Então com aquele acontecimento a freira se lembrou do que a Imelda Lambertini sempre dizia quando estava na presença das irmãs: "Como é que as pessoas não morrem de alegria quando recebem Nosso Senhor na Eucaristia?".

Imelda Lambertini foi proclamada beata em 1826 sob o pontificado do Papa Leão XII. Foi proclamada Patrona das Primeiras Comunhões em 1910 pelo Papa São Pio X (cuja lenda dizia que ele também queria desde cedo comungar, mas não podia por causa da pouca idade, então, quando já Papa e no mesmo ano em que a proclamou Patrona, permitiu com que as crianças com menos de 12 anos pudesse comungar)

O corpo da Beata Imelda Lambertini continua intacto após mais de 675 anos em sua cidade Bolonha, na Itália.




Orações à Beata Imelda Lambertini:

Senhor Jesus, que havendo abrasado com o fogo do vosso amor e recriada milagrosamente com o alimento da Imaculada Hóstia à Bem Aventurada Imelda, a recebestes no céu, concedendo-nos por sua intercessão aproximar-nos da Sagrada Mesa com o mesmo amor de caridade que ela, de tal maneira que ansiamos separarmos do corpo para unirmos a Vós, que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
____Menina querida do Menino Jesus, vós morrestes de amor na mesma hora em que recebestes a sua Primeira Comunhão, seja vós minha intercessora para com o divino Menino. Apresenta a Ele o meu coração, que fornece o que me falta para agradá-lo; alcança-me a graça de comungar com as devidas disposições; traga-o ao meu lado na hora de minha morte para que minha alma expire abrasada a Ele e que em companhia de ambos, viva e reine nos céus por todos os séculos dos séculos. Amém.



Reflexão:

A meditação da história da pequena Imelda, traduz o pleno conhecimento, o cristalino panorama que uma menina de apenas 11 anos tinha sobre as verdades divinas. Visão tão clara que Imelda não entendia como as pessoas não morriam ao receber Jesus na Eucaristia.

São Tomás de Aquino, a respeito desse amor eucarístico, certa vez declarou:


"O Martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor".

Amolece, Senhor, o nosso coração petrificado. Aclara, Senhor, nossa visão, obscurecida pelas ilusões mundanas. Abre nossa mente, Senhor, para que possamos compreender a sublimidade da Eucaristia. Tende piedade de nós, Senhor, pela nossa indiferença na fila da Comunhão.
Aproxima-nos, Senhor, do sacramento da Penitência, para que possamos Te receber com a casa limpa, livre das imundícies que todos os dias deixamos agregar à alma. Não permitais, jamais, Senhor, que Te recebamos indignamente. Piedade, Senhor, piedade de nós e da humanidade inteira. Te adoramos na Eucaristia e imploramos, por intercessão de Maria, que o Pão do Céu seja para nós SEMPRE: alimento espiritual, remédio para a alma, força na luta contra o mal, consolo nas tribulações e proteção constante na caminhada terrena. Amém!




* as orações foram traduzidas por mim do espanhol, pois nunca vi traduzida em qualquer outro lugar. Caso contenha algum erro, contate-me!** divulguem a devoção à pequena beata Imelda Lambertini! Eu, particularmente, agradeceria e muito!*** informações à respeito da beatificação e proclamação como patrona retirei do site "paginaoriente.com".
FONTE;http://catolicostradicionais.blogspot.com.br/2011/04/historia-da-beata-imelda-lambertini.html



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