sábado, 31 de março de 2012

A marca de Cristo no Hino Nacional. Estado laico não é Estado sem raízes.


A marca de Cristo no Hino Nacional. Estado laico não é Estado sem raízes.



Brasil, de amor eterno seja símbolo o lábaro que ostentas estrelado!  Mas o que é "lábaro"?


Aqui no GBC, já reverberamos algumas postagens sobre a questão dos crucifixos em repartições públicas, inclusive a recente notícia de uma decisão do Tribunal de Justiça do RS no sentido da sua retirada dos espaços pertencentes ao Judiciário. Que tal tirar sinais de Cristo também do Hino Nacional?


No programa Escola da Fé de ontem, o prof. Felipe Aquino comentou que nosso Hino faz referência a "lábaro". Lábaro ganhou o sentido de bandeira, flâmula, mas seu sentido primeiro tem referência a Cristo. Também o Brasil tem raízes na Vera Cruz, na Santa Cruz, e dessas raízes ainda nos alimentamos. Mas se retirarmos todos os vestígios desse alimento plurissecular, o que restará de bom em  nossa cultura?


Veja o que diz a Wikipedia  sobre o sentido genuíno da palavra "lábaro":



lábaro (labarum, em latim) de Constantino é um cristograma de Jesus Cristo, do qual existem diversas formas. É formado a partir das letras gregas Chi (χ) e Ró(ρ), iniciais de Χριστός (“Cristo”, em grego).
Cristograma de Constantino.
O Imperador Romano Constantino I (no poder 306-337) criou um novo padrão militar para ser exibido juntamente com o seu exército, este símbolo apresenta as primeiras duas letras gregas da palavra Cristo - Chi (χ) e Ró (ρ), que veio a ser conhecido como o lábaro.
A etimologia da palavra antes de ser usada por Constantino não é clara. De acordo com Lactâncio, Constantino sonhou com este emblema e uma voz dizendo “Neste sinal conquistarás” (In hoc signo vinces). Ao acordar ordenou aos seus soldados que pusessem o emblema nos seus escudos; nesse mesmo dia lutaram contra as tropas de Magêncio e ganharam a Batalha da Ponte Mílvia (312), fora de Roma.
A mitologia discorda caracteristicamente nos detalhes, mas em todos os casos os detalhes são importantes, nunca ao acaso. Escrevendo em grego, Eusébio de Cesareia (falece 339), o bispo que escreveu a primeira história geral sobrevivente das primeiras igrejas cristãs, deu duas versões adicionais da famosa visão de Constantino:
-De acordo com a Historia ecclesiae (“História da Igreja”), o Imperador viu a visão na Gália a caminho de Roma, muito antes da batalha com Magêncio: a expressão como é dada foi “εν τούτω νίκα” – literalmente, “Nisto, vence!”.
-Numa posterior memória hagiográfica do Imperador que Eusébio escreveu depois da morte de Constantino (“Na Vida de Constantino” 337-339), a visão miraculosa viera quando os exércitos rivais se encontraram na Ponte Mílvia. Nesta versão posterior, o Imperador ponderara a questão lógica de infortúnios que caem sobre exércitos que invocam a ajuda de diversos deuses diferentes, e decidiu procurar ajuda divina na batalha que se avizinhava no Único Deus. Ao meio-dia Constantino viu uma cruz de luz sobre o Sol. Junto a ela vinha o dito In hoc signo vinces. Não só Constantino, mas todo o exército vira o milagre. O moderno biógrafo de Constantino, o historiador Ramsey MacCullen, comenta: “Se o escrito no céu foi visto por 40.000 homens, o verdadeiro milagre cai no inquebrável silêncio desses mesmos sobre tal acontecimento” (Constantino, 1969). Nessa noite Cristo aparecera ao Imperador num sonho e dissera-lhe que fizesse uma réplica do sinal que tivera visto no céu, que seria uma defesa concreta na batalha. Assim, o elemento do milagre público reinforça o elemento do sonho privado.
O controverso geólogo sueco Jens Ormo sugere que o segundo acontecimento tem as suas origens no facto de Constantino ter testemunhado a nuvem em forma de cogumelo provocada pelo impacto do meteorito que acredita ter resultado na cratera de Sirente situada no Parque Regional de Sirente-Velino, Abruzzo, Itália. Esta teoria, que não é apoiada pelos principais historiadores, vai contra os mesmos problemas da teoria “milagrosa” – o facto de uma gigantesca Nuvem de cogumelo teria sido notada e comentada por muitas pessoas. Além disso, é difícil perceber como poderia ter sido confundida com um símbolo Lábaro. A teoria de Ormo anda lado-a-lado com uma longa linha de tentativas pseudo-científicas para encontrar explicações racionais de visões e milagres, tal como as escrituras de Velikovsky.
Na arte medieval, o tema do lábaro é incerto pela sua ausência, aparecendo de repente na Renascença e nos períodos clássicos, onde a expressão é frequentemente mostrada escrita no céu.
Eusébio poderá ter achado que o sonho mitema por si só precisaria de um reinforço. Sobre o milagre, escreveu em Vita que o próprio Constantino lhe teria contado esta história “e confirmou-o com juramentos,” mais tarde “quando fui considerado merecedor do seu reconhecimento e de sua companhia”. “Exactamente,” diz Eusébio, “tivesse outro que não ele contado esta história, não teria sido fácil de aceitá-la.”
Entre os muitos soldados referidos no Arco de Constantino, que foi erigido apenas três anos depois da batalha, o lábaro não aparece, nem há qualquer pista da afirmação miraculosa de protecção divina que tivera sido testemunhada, nem com Eusébio, entre outros tantos. Uma grande oportunidade para o tipo de propaganda política onde o Arco teria sido expressamente construído se na história de Eusébio se pudesse confiar. A sua inscrição diz, na realidade, que o Imperador salvara a res publica INSTINCTU DIVINITATIS MENTIS MAGNITUDINE (“por instinto divino e por grandiosidade de mente”). Que divindade não é identificada, apesar de Deus Sol Invicto (também identificado por Apolo ou Mitra) estar inscrito na cunhagem de Constantino por esta altura.
Na sua Historia Ecclesiae Eusébio continua, dizendo que, depois da sua entrada vitoriosa em Roma, Constantino erigiu uma estátua de si, “segurando o sinal do Salvador (a cruz) na sua mão direita.”. Não há quaisquer outros relatos a confirmar tal monumento.
Desde então tem sido interpretado por cristãos por todo o mundo como um símbolo de cristandade. Porque é composto pela combinação chi e ró é por vezes referido como o “monograma de Cristo”. Cristãos Protestantes, especialmente os Restauracionistas, rejeitam o seu uso por acreditarem ser de origens pagãs – especificamente, um símbolo do deus sol – e pela falta de uso dos primeiros cristãos, apesar de estar já em grande uso por cristãos do século III, maioritariamente em sarcófagos.
A interpretação do seu uso como um símbolo especificamente cristão é, no entanto, reforçado pelo facto de Juliano, O Apóstata, o ter removido da sua insígnia e tê-lo restaurado para uso dos seus sucessores cristãos.

FONTE:

Saiba por que as cinzas dos mortos não devem ser pulverizadas após a cremação


Saiba por que as cinzas dos mortos não devem ser pulverizadas após a cremação


A Livraria Editora Vaticano apresentou recentemente a segunda edição do Rito de exéquias, em que se sublinha que os católicos não devem pulverizar as cinzas de um defunto logo depois de ser cremado, já que essa prática, que está na moda atualmente, é contrária à fé cristã. As cinzas devem ser enterradas.

Neste documento em italiano, que foi apresentado na sede da Rádio Vaticano, foram revisados todos os textos bíblicos e de oração, e se incluiu um apêndice dedicado inteiramente às exéquias no caso da cremação.

Dom Angelo Lameri, do Escritório Litúrgico Nacional da Conferência Episcopal Italiana (CEI), explicou que se colocou a cremação em um apêndice à parte para sublinhar o fato de que a Igreja, "embora não se oponha à cremação dos corpos quando não é  feita ‘in odium fidei’ (por ódio à fé), segue considerando que a sepultura do corpo dos defuntos é a forma mais adequada para expressar a fé na ressurreição da carne, assim como para favorecer a lembrança e a oração de sufrágio por parte de familiares e amigos".

O texto também assinala que excepcionalmente, os ritos previstos na capela do cemitério ou diante da tumba podem ser celebrados também no mesmo lugar da cremação.

Recomenda-se ademais o acompanhamento do féretro a este lugar. É de especial importância a afirmação que "a cremação se considera concluída quando se deposita a urna no cemitério".

Tudo isto se deve porque embora algumas legislações permitam pulverizar as cinzas na natureza ou conservá-las em lugares diferentes do cemitério, "estas práticas produzem não poucas perplexidades sobre sua plena coerência com a fé cristã, sobretudo quando estas remetem a concepções panteístas ou naturalistas".

Outra das novidades do rito das exéquias se refere ao momento da visita da família, que não se contemplava na edição anterior. Dom Lameri afirma a respeito que "para um sacerdote, um momento para compartilhar a dor, escutar os familiares afetados pelo luto, e conhecer alguns aspectos da vida da pessoa defunta com o fim de oferecer uma lembrança correta e personalizada durante a celebração das exéquias".

Outra novidade é a sequência ritual, revisada e enriquecida, do momento de fechar o ataúde. Propõe-se textos adequados a diversas situações: para uma pessoa anciã, para uma pessoa jovem, para quem morreu inesperadamente.

Uma nova adaptação permite agora pronunciar palavras de lembrança cristã do defunto no momento da despedida. Do mesmo modo, acrescentou-se uma ampla proposta de formulários para a oração dos fiéis.

O novo Rito das exéquias quer ser também um instrumento para aprofundar na busca do sentido da morte.

O Bispo Alceste Catella, Presidente da Comissão Episcopal para a liturgia da CEI, assinalou para concluir que "este livro testemunha a fé dos fiéis e o valor do respeito e da 'pietas' para com os defuntos, o respeito pelo corpo humano inclusive quando já não tem vida".

"Testemunha a forte exigência de cultivar a memória, de ter um lugar certo no qual depor o cadáver ou as cinzas, na certeza profunda de que isto é autêntica fé e é autêntico humanismo", concluiu.

fonte:http://www.acidigital.com/noticia.php?id=23400

sexta-feira, 30 de março de 2012

PEDRO, A ROCHA II.1 (TESTEMUNHOS PATRISTICOS)


PEDRO, A ROCHA II.1 (TESTEMUNHOS PATRISTICOS)

Está é a continuação da Matéria sobre Pedro com mais de uma centena de testemunhos patrísticos confirmando que a interpretação de Mateus 16, 18 em todos os séculos da Igreja foi sempre a mesma, até os dias de hoje, citaremos também as definições dos concílios de Nicéia I, Éfeso, Calcedônia para matar de vez qualquer objeção tanto contra interpretação da passagem quanto da Primazia Jurisdicional Romana em virtude da Função de Pedro, pelos dos pais da Igreja! Vamos dividir essa segunda parte em 3 partes menores para a leitura não ficar maçante e o leitor poder aproveitar o máximo dos escritos dos Santos Padres.
Uma história alternativa e por que não mitológica tem se propagado dentro do protestantismo, e é a afirmação que os Padres da Igreja não reconheciam o primado de Pedro e, portanto, não tinham o Bispo de Roma como seu sucessor. Para sustentar esta versão da história os protestantes recortam e truncam uma série de citações patrísticas com a intenção de provar que a exegese da Igreja católica de Mateus 16,18 (Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja) é oposta ao consenso unanime dos Pais da Igreja. Ainda proferem a asneira de que os padres não reconheciam o primado de Pedro, e que ele era nada mais do que qualquer um dentre os apóstolos.
Um exemplo disto é um artigo que se encontra em um site protestante que se chamado “Conhecereis a verdade” (será?) que é a tradução de um artigo de um médico argentino chamado Fernando Saraví, onde se utiliza a seguinte linha de raciocínio:
“1. Segundo as declarações oficiais do Magistério da Igreja, o consenso dos Pais é um critério fundamental da correta interpretação das escrituras.
2. Este mesmo Consenso se opõe a interpretação católica de Mateus 16, 18, e eles afirmam que Jesus não se referiu a Pedro como a Pedra, e sim profissão de Fé de Pedro ou ao próprio Jesus.
3. A Igreja Católica Romana  não se ajusta no que ela mesma define, a saber, evitando interpretar as Escrituras fora o consentimento unânime dos Padres da Igreja, pois vários padres dizem que a rocha era a confissão de pedro...”

Qual é realmente a exegese católica de Mateus 16, 18?
O catecismo da Igreja explica:
Movidos pela graça do Espírito Santo e atraídos pelo Pai, cremos e confessamos acerca de Jesus: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Foi sobre a rocha desta fé, confessada por São Pedro, que Cristo construiu sua Igreja. (cf. Mt 16, 18; São Leão Magno, serm. 4, 3; 51, 1; 62, 2; 83, 3).” (Parágrafo 424)
No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na ocasião: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Cristo, "Pedra viva"; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja.Terá por missão defender esta fé de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos.” (Parágrafo 552 - Parágrafos relacionados: 880,153,442,424)
Somente Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu em pedra de sua Igreja. Entregou-lhe as chaves da mesma, instituiu-o pastor de todo o rebanho. Porém, o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, consta que também foi dado ao colégio dos apóstolos, unido a seu chefe." Este oficio pastoral de Pedro e dos outros Apóstolos faz parte dos fundamentos da Igreja e é continuado pelos Bispos sob o primado do Papa.” (Parágrafo 881)
Assim, já desde o começo a objeção protestante começa com o pé esquerdo. Como poderia a Igreja Católica não está de acordo ao que ela mesma define, ou seja, como ela pode estar indo contra o consenso unanime dos pais, se o catecismo oficial da Igreja reconhece também como válida a interpretação que sobre a profissão de fé de Pedro, Cristo edifica a Igreja?
Não é de se surpreender que igualmente ao catecismo, os país da Igreja fazem uso de ambas interpretações. Certamente a Igreja se edifica sobre a fé em Cristo, “o filho do Deus vivo”, mas também é certo que Pedro foi eleito para encabeçar o colégio apostólico, em virtude desta fé, ambas estão certas e não se excluem mutuamente.
E como já foi provado pelo grego na matéria anterior está ROCHA OU PEDRA na passagem se refere diretamente a Pedro, mas não excluí também que a Profissão de fé de Pedro seja a Rocha da fé da Igreja.
Como veremos nas inúmeras linhas de citações dos pais da Igreja, quando um pai faz uso de uma interpretação de Mateus 16, 18, ele não exclui a outra. Também veremos como nenhum, destes padres citados pelo senhor Saraví nega o primado de Pedro, muito pelo contrario eles crêem e sustentam.

E OS CONCÍLIOS ECUMENICOS?

Antes de começarmos com os citações dos pais, é bom deixar aqui claro algo que os protestantes não sabem ou pelo menos preferem ignorar: em pleno o concílio de Éfeso (431) ocorreu uma solene proclamação da primazia petrina, chamando Pedro de Príncipe e cabeça dos apóstolos, e a coluna e fundamento da Igreja Católica, e ao mesmo tempo reconhece o bispo de Roma como seu sucessor, vejamos:
Não há Duvida,e de fato, por todos os séculos é conhecido que o Santo e muito bem aventurado Pedro príncipe e Cabeça dos apóstolos, coluna da fé e fundamento da Igreja Católica, recebeu as chaves do reino das mãos do nosso senhor Jesus Cristo, salvador e Redentor do gênero humano, e a ele foi dado o poder de perdoar os pecados; e ele, em seus sucessores, vive e julga até o presente e para sempre ” (Concilio de Éfeso, 431. Discurso de Felipe, Legado del Romano Pontífice, Sessão III)[1]
O mesmo ocorreu no concílio de Calcedônia, de onde havia aproximadamente 150 bispos, todos orientais e só 2 ocidentais (enviados pelo Papa)
 Está é a fé dos Padres! Está é a fé dos apóstolos! Devemos crê-la! Seja anátema quem não crê! Pedro nos fala por meio de Leão... está é a verdadeira fé!” (Concilio de Calcedônia, Atas do Concilio, Sessão 2.)[2]
Por que o Santíssimo e bem aventurado Leão, Arcebispo da grande e Antiga Roma, através de nós, e através deste presente Sacrossanto Sínodo, junto com o três vezes bem aventurado e glorioso Pedro, o Apóstolo que é a Rocha e fundação da Igreja Católica, e a fundação da fé ortodoxa...(Concilio de Calcedônia, Atas do Concilio, Sessão 3.)[3]
Como é possível os pais da Igreja negarem que Pedro é a Rocha de Mateus 16, 18, se as atas dos primeiros concílios ecumênicos, repletos de bispos de todas as partes, dizem que ele é a Rocha? E que é o primeiro dos apóstolos? Está prova acima dá um fim a qualquer Questionamento!
E os Santos padres?
Agora começaremos um a um os Padres e escritores eclesiásticos citados pelo doutor Savarí e propagado em português pelo site “Conhecereis a verdade”, os textos do sr. Saraví estarão em azul nossa argumentação em preto.(omitimos aqui alguns testemunho para não alongar muito, mas eles quase sempre ocorrem da mesma mandeira que o resto dos casos citados):
TERTULIANO
Se, por o Senhor ter dito a Pedro, «Sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja», «a ti eu te dei as chaves do reino celestial», ou «qualquer coisa que ligares ou desligares na terra, será ligada ou desligada nos céus», tu portanto supores que o poder de ligar e desligar derivou para ti, ou seja, para toda a Igreja semelhante a Pedro, que tipo de homem és, subvertendo e mudando totalmente a intenção manifesta do Senhor, conferindo (como foi a sua intenção) isto pessoalmente a Pedro? «Sobre ti», diz, «eu edificarei a minha Igreja»; e «Eu te darei as chaves a ti», não à Igreja; e «o que desligares ou ligares», não o que «eles desligarem ou ligarem». Pois assim adicionalmente ensina o resultado. No próprio (Pedro) a Igreja foi criada; isto é, através do próprio (Pedro); ele próprio testou a chave; tu vês qual: «Homens de Israel, deixai que o que digo penetre nos vossos ouvidos: Jesus Nazareno, homem destinado por Deus para vós», e assim. O próprio (Pedro), portanto, foi o primeiro a abrir, no batismo de Cristo, a entrada para o reino celestial, no qual são desligados os pecados que estavam antes ligados; e aqueles que não foram desligados são ligados, segundo a verdadeira salvação... [4]
Outra vez, Ele muda o nome de Simão para Pedro ... Mas, porquê Pedro? Se fosse pelo vigor da sua fé, havia muitos materiais sólidos que poderiam emprestar o seu nome por causa da sua força. Foi porque Cristo era uma rocha e uma pedra? Pois lemos que foi posto «como pedra de tropeço e rocha de escândalo»”. [5]
Antes de analisar os textos de Tertuliano, é necessário deixar claro que este escritor eclesiástico no início de sua jornada foi amplamente lido e considerado na Igreja, porém por fim  acabou abraçando a heresia montanista.
É por isso que poderíamos classificar seus escritos em duas etapas: pré-Montanista (obras que ele escreveu em seu período como um católico fiél) e pós-Montanista (quando ele abraçou o; montanismo e finalmente deixaram essa heresia para começar sua própria seita, o tertulianitas).
Nos textos pré-Montanistas sobre a primazia, há uma aceitação implícita por parte Tertuliano da preeminência da Igreja de Roma. Em De praescriptione haereticorum(Prescrição contra os hereges) afirma que na Igreja de Roma é a primeira autoridade e menciona o martírio de São Pedro e São Paulo lá.
....você está perto da Itália, você tem de Roma, de onde vem para nossas próprias mãos a própria autoridade (dos apóstolos). Quão feliz é a sua igreja, em que os apóstolos derramoram toda a sua doutrina, juntamente com o seu sangue! Onde Pedro suportou uma paixão como o seu Senhor! Onde Paulo ganhou sua coroa em uma morte como a de João [batista]. Onde o apóstolo João foi pela primeira vez caiu, ileso, em óleo fervente, e daí foi remetido para sua ilha do exílio!" [6]
No mesmo tratado onde tenta provar aos hereges que nada  o Senhor escondeu do conhecimento dos apóstolos, cita por exemplo, a Pedro e a João, mas  sobre Pedro diz que é a rocha sobre a qual a Igreja seria construída, que obteve as chaves o reino dos céus e o poder de ligar e desligar. De João  faz referencia como o discípulo amado.
"Que homem, em sã consciência pode supor que possivelmente eles eram ignorantes em qualquer coisa, os quais o Senhor ordenou a serem mestres (ou professores), mantê-los, como ele fez, inseparáveis (de si mesmo) em sua presença, em seu discipulado, em sua sociedade, a quem, “quando estavam sozinhos, Ele costumava expor” todas as coisas que eram obscuras, dizendo-lhes que “a eles foi dado saber os mistérios”, o que não era permitido que as pessoas compreendessem? Nada foi retido do conhecimento de Pedro, que é chamado de “A Rocha em que a Igreja deveria ser construída”  que também obtiteve “as chaves do reino dos céus” , com o poder de "ligar e desligar no céu e sobre a terra’”? [7]
Até aqui, se os protestantes procuram apresentar a Tertuliano como um adversário da interpretação que reconhece Pedro como a pedra de Mateus 16,18, eles estão com problemas sérios, uma vez que não só não rejeitava essa interpretação como fazia uso dela .
Agora, quando abraçou montanismo, Tertuliano rejeitou o poder conferido a Pedro em virtude de seus sucessores recebê-las também e nega também que os bispos, em comunhão com ele, poderiam usar, contradizendo o que ele mesmo havia estabelecido em Depaenitentia (Sobre a penitência).  E disse de forma taxativa em De pudicitia (sobre a modéstia):
“Se, por o Senhor ter dito a Pedro, «Sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja», «a ti eu te dei as chaves do reino celestial», ou «qualquer coisa que ligares ou desligares na terra, será ligada ou desligada nos céus», tu portanto supores que o poder de ligar e desligar derivou para ti, ou seja, para toda a Igreja semelhante a Pedro, que tipo de homem és, subvertendo e mudando totalmente a intenção manifesta do Senhor, conferindo (como foi a sua intenção) isto pessoalmente a Pedro? «Sobre ti», diz, «eu edificarei a minha Igreja»; e «Eu te darei as chaves a ti», não à Igreja; e «o que desligares ou ligares», não o que «eles desligarem ou ligarem»[...]. Por conseguinte, o poder de ligar e desligar, concedido a Pedro, não tem nada haver com a remissão dos pecados mortais cometidos pelos fiéis [...] Este poder, em efeito, de acordo com a pessoa de Pedro, deveria pertencer aos homens espirituais, seja apostolo ou profeta.” [8]
Em poucas palavras, neste textoTertuliano não rejeitou a idéia de que Pedro foi a pedra, muito pelo contrário, chegou ao extremo de dizer que o cargo de Pedro era exclusivo e intransferível, por isso inclusive, mesmo quando se tornou um, Tertuliano não apresentou qualquer suporte para o argumento protestante.
O melhor de tudo é que o texto em questão, sendo escrito por um Tertuliano hostil, é muito revelador, porque no texto é evidente que ele enfrentou um bispo que utilizava Mateus 16,18-19 para dizer que as igrejas em comunhão com Pedro tinha autoridade para perdoar os pecados, mesmo os graves! Em pela época de Tertuliano. Essa interpretação era tão conhecida e sustentada nesta época quetertuliano a utilizou não só quando Católico, mas também quando herege enfrentando um bispo.
Orígenes
E se nós também dissermos como Pedro, «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo», não como se carne e sangue no-lo tivesse revelado, mas pela luz do Pai nos céus tendo resplandecido no nosso coração, nos tornamos um Pedro, e a nós nos poderia dizer o Verbo, «Tu és Pedro», etc. Pois é uma pedra cada discípulo de Cristo de quem beberam aqueles que beberam da pedra espiritual que os seguia, e sobre cada pedra assim é edificada cada palavra da Igreja, e o governo de acordo com ela; pois em cada um dos perfeitos, que têm a combinação de palavras e atos e pensamentos que preenchem a bem-aventurança, é a Igreja edificada por Deus.” [9]
A promessa dada a Pedro não é restrita a ele, mas aplicável a todos os discípulos como ele. Mas se supões que sobre este Pedro somente toda a Igreja é edificada por Deus, que dirias sobre João o filho do trovão ou de cada um dos Apóstolos? Atrever-nos-emos, de outro modo, a dizer que contra Pedro em particular não prevalecerão as portas do Hades, mas que prevalecerão contra os outros Apóstolos e os perfeitos? Acaso o dito anterior, «as portas do Hades não prevalecerão contra ela», não se sustém em relação a todos e no caso de cada um deles? E também o dito, «Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja?» São as chaves do reino dos céus dadas pelo Senhor só a Pedro, e nenhum outro dos bem-aventurados as receberá? Mas se esta promessa, «Eu te darei as chaves do reino dos céus» é comum aos outros, como não o serão também todas as coisas de que anteriormente se falou, e as coisas que estão subordinadas como tendo sido dirigidas a Pedro, ser comuns a eles? Pois neste lugar estas palavras parecem ter sido dirigidas somente a Pedro ... Mas no Evangelho de João, o salvador tendo dado aos discípulos o Espírito Santo soprando sobre eles, disse, «Recebei o Espírito Santo»...

«Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo». E se alguém diz isto a Ele ... obterá as coisas que foram faladas conforme a letra do Evangelho àquele Pedro, porém, como o espírito do Evangelho ensina, a todo o que se torna tal como era Pedro. Pois carregam o sobrenome de «pedra» todos os que são imitadores de Cristo, isto é, da pedra espiritual que seguiu os que estavam sendo salvos, para que possam beber dela na seca espiritual. Mas estes carregam o sobrenome da pedra tal como o faz Cristo. Mas também como membros de Cristo que derivam o seu sobrenome d`Ele eles são chamados cristãos, e da pedra, Pedros.

E também em relação aos Seus outros nomes, os aplicarás a modo de sobrenome aos santos; e a todos os tais se lhes pode dizer a declaração de Jesus: «Tu és Pedro», etc., até às palavras [não] «prevalecerão contra ela». Mas o que é «ela»? É a pedra sobre a qual Cristo edifica a Igreja, ou é a própria Igreja? Pois a frase é ambígua. Ou é como se a pedra e a Igreja fossem uma mesma coisa? Eu penso que isto é o correcto; pois nem contra a pedra sobre a qual Cristo edifica a Igreja, nem contra a Igreja, prevalecerão as portas do Hades... [10]
A primeira coisa que nos salta a vista aqui é que Orígenes não exclui a interpretação que reconhece Pedro como a rocha, tal como sustenta argumento protestante, muito pelo contrário, Orígenes faz uma metáfora onde compara a Igreja como uma casa espiritual, um edifício onde as pedras são "crentes" (pessoas) sobre a qual Cristo edifica a Igreja. Para Orígenes Pedro é a primeira pedra, e também somos pedras que compõem o edifício espiritual que é a Igreja.
Em poucas palavras, embora a posição protestante não sustenta que Pedro foi chamado pedra, Origenes  vai para o outro extremo e diz que todos os cristãos também podem ser "pedras" com as quais está construída a Igreja.
Ora, é uma rejeição do primado de Pedro a interpretação de Orígenes dizendo que quem confessa Cristo como filho de Deus torna-se um Pedrp? O que vemos aqui é uma linguagem alegórica. Agora eu poderia dizer que "todo cristão é outro Cristo",  e nem por isso nós acreditamos que podemos ter poder e autoridade igual a Cristo.
É verdade que todos os apóstolos são os apóstolos como Pedro, mas isso não significa que se recuse a sua primazia entre eles. O problema é que estes textos os protestante vêem erroneamente suporte para seu modelo de Igreja invisível. Nesta visão da Igreja não teria sucessão apostólica, e não seria uma igreja organizada hierarquicamente com autoridade para punir e excomungar ninguém, porque afinal de contas um "Pedro" não tem autoridade sobre outro "Pedro", só importa ambos confessarem a  Cristo como filho de Deus.
Se adentrarmos no pensamento de Orígenes veremos que tudo isso é um anacronismo. Orígenes vê a Igreja como a cidade de Deus na Terra, fora da qual não pode haver salvação [11]. Os leigos devem ser submissos aos seus sacerdotes e também devem confessar os seus pecados e devem se submeter a seus juízos sobre a possibilidade de confessar os seus pecados publicamente [12]. Questiona duramente aqueles que opõem que o poder de perdoar pecados foi dado aos sacerdotes [13], e nunca rejeita a sucessão apostólica, a qual afirma que salvaguarda a tradição, por isso diz: Mas, como a doutrina da Igreja, transmitida na sucessão ordenada desde os apóstolos, é preservada nas igrejas e perdura até hoje, não deve ser recebido como um artigo de fé na além do que aquelas verdades que em nada se afastam de qualquer da tradição eclesiástica e apostólica [14].

Vale ressaltar que existem outros textos de Orígenes, que o sr. Saraví prefere ignorar, que reconhecem Pedro como a Rocha de Mateus 16, 18:
Mas quem é tão feliz que estar livre do peso das tentações,  de moro que nenhum pensamento de dúvida surpreendesse sua alma? Olhe o que o Senhor diz para o grande fundamento da Igreja, aquela rocha muito sólida sobre a qual Cristo fundou a Igreja:  ‘Homem de pouca fé, por que duvidaste?’”[15]

"É Pedro, sobre o qual está construída a Igreja, contra a qual as portas do inferno não prevalecerão ..." [16]

"Sobre ele (Pedro) na terra, a Igreja foi fundada" [17]
"Também Pedro, sobre quem a Igreja foi fundada pelo bom gosto do Senhor" [18]
Estes textos mostram que Orígenes também fez uso da interpretação, onde Pedro é a pedra de Mateus 16, 18, portanto  se Orígenes foi citado como uma oposição a essa interpretação, o argumento protestante voltou a falhar.
Cipriano de Cartago
Nosso Senhor, cujos preceitos e admoestações devemos observar, descrevendo a honra de um bispo e a ordem da Sua Igreja, fala no Evangelho, e diz a Pedro: «Eu te digo, que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E te darei as chaves do reino do céu, e o que ligares na terra, será ligado no céu, e o que desligares na terra, será desligado no céu». Daí, através das mudanças de tempos e sucessões, a ordenação de bispos e o plano da Igreja flui para diante; de modo que a Igreja está fundada sobre os bispos, e cada ato da Igreja está controlado por estes mesmos governantes” [19]
E o Senhor também no Evangelho, quando os discípulos o abandonaram enquanto ele falava, voltando-se para os doze, disse «também vós vos ireis?»; então Pedro lhe respondeu: «Senhor, para quem iremos? Tu tens a palavra da vida eterna; e cremos, e estamos seguros, de que és o Filho do Deus vivo». Aqui fala Pedro, sobre quem a Igreja havia de ser edificada, ensinando e mostrando no nome da Igreja, que ainda que uma rebelde e arrogante multidão daqueles que não querem ouvir nem obedecer possa afastar-se, ainda assim a Igreja não se afastará de Cristo; e são a Igreja aqueles que formam um povo unido ao sacerdote, e o rebanho que adere ao seu pastor.” [20]
O Senhor disse a Pedro: Digo-te (disse Ele) que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. E dar-te-ei as chaves do reino do céu, e o que ligares na terra, será ligado no céu, e o que desligares na terra, será desligado no céu (Mateus 16:18-19). A ele de novo, depois da Sua ressurreição, lhe diz: Alimenta as minhas ovelhas. E embora a todos os Apóstolos, depois da Sua ressurreição, tenha dado um igual poder, e diga, "Como o meu Pai me enviou, assim também eu vos envio: Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos (João 20:21); - todavia, para manifestar unidade, Ele por sua própria autoridade providenciou a origem dessa unidade, ao começar de um. Certamente os outros Apóstolos também eram o que era Pedro, dotados de um igual companheirismo de honra e poder; mas o começo procede da unidade. Uma Igreja que, também, no Cântico dos Cânticos, o Espírito Santo designa na pessoa de nosso Senhor, e diz: "Uma é a minha pomba, a minha imaculada; ela é a única de sua mãe, eleita dela que a concebeu" (Cantares 9:6).” [21]
 Aqui, de acordo com os próprios textos patrísticos usados ​​por Dr. Saraví, vemos Cipriano referindo-se a Pedro como a rocha sobre a qual está construída a Igreja, portanto esse texto em questão não se enquadra no propósito original do tal doutor, que era provar que os pais da Igreja se opõe a reconhecer em Pedro a rocha.
Como é que pode Cipriano negar que pedro era a Rocha se os próprios textos que são usados a favor da prerrogativa protestante dizem que Pedro era a rocha?
Em outros texto de Tertuliano ignorados novamente pelo doutor vemos:
Pedro, sobre quem a Igreja foi construída pelo próprio Senhor, um falando por todos, e respondendo com voz da Igreja ao dizer ‘Senhor, para quem iremos nós?’”[22]
Outra coisa importante a notar é que Cipriano reconhece explicitamente que Pedro a  é dada primazia. Pode-se argumentar se a forma em que Cipriano concebia o dito primado (em honra ou jurisdição ...), mas nunca poderemos dizer  que ele se recusou isso, principalmente porque são as palavras de Cipriano que reconhecê-o como tal.
É importante entender que houve uma mudança significativa na posição de Cipriano sobre a sua maneira de pensar e interpretar a primazia do bispo de Roma que veio do resultado de seu conflito com o Papa Estêvão. Mas ele nunca recusou a autoridade do bispo de Roma, mas rejeitou a sua jurisdição como antes, algo que discutiremos mais adiante.
Antes deste conflito, Cipriano foi muito mais explícito em reconhecer o primado papal, a tal ponto de dizer que não poderia pertencer à Igreja quem perdesse  a comunhão com a Sé de Pedro. Escreveu então Cipriano sobre Novaciano que havia se rebelado contra Cornelio (O Papa):
“Portanto, uma vez  que só a Igreja tem a água viva, e o poder de batizar e de limpar o homem, ele diz quem qualquer um pode ser batizado e santificado por Novaciano deve primeiro mostrar e ensinar que Novaciano está na Igreja ou que preside a Igreja. Pois a Igreja é una, e como ela é uma, não pode estar tanto dentro como fora. Porque, se ela está com Novaciano (o herege ), ela não pode estar com Cornélio (o Papa). Mas se ela estava com Cornelio, que sucedeu o Bispo Fabiano pela ordenação legal, e quem, ao lado da honra do sacerdócio, o Senhor glorificou com o martírio também, Novaciano não está na Igreja, nem pode ser contado como bispo, que  não sucede a ninguém, e despreza a tradição evangélica e apostólica, surgiu por conta própria. Pois ele quem não foi ordenado na Igreja não pode ter nem pertencer à Igreja de forma alguma.”[23]
O exercício do primado romano era exercido principalmente como um tribunal de apelações, e Cipriano começa a ver um mal nos hereges quando apelavam ao Papa  toda vez queriam se submeter à sua autoridade do bispo. Em seguida, escreve para reclamar que os hereges se atrevem  a  levar a sua causa a “cadeira de Pedro, a igreja principal, que surgiu a unidade do sacerdócio”
Eles não acharam bastante desviar-se do Evangelho, com acabarem com as esperanças dos hereges de perdão e arrependimento, removerem todo o sentimento e os frutos de penitência para os ladrões ou adúlteros ou contaminado com a propagação mortal dos sacrifícios aos ídolos, para que eles não orem a Deus e nem confessem seus pecados na Igreja; e não se contentaram em construir fora da Igreja e contra a Igreja uma facção corrupta, o que beneficia a multidão daqueles que tem consciência culpada e não querem orar a Deus e fazer penitência. Depois de tudo isso, ainda, se derem a um bispo falso, por indicação de hereges, e tiveram a audácia de navegar e transportar cartas de cismáticos e profanos à cátedra de Pedro, a igreja principal na qual nasceu a unidade do sacerdócio, se esquecem que estes são os romanos cuja fé elogiada pelo apóstolo quando ele pregou, que não deveria ter acesso a perfídia. Por que havia de anunciar que ele havia eleito um pseudo-bispo contra os bispos? Porque, ou eles estão satisfeitos com o que fizeram e, assim, perseverar em seu crime, ou arrepender-se e retratar-se e eles sabem onde você tem que voltar.”[24]
Quando eles finalmente surgiram a diferenças entre o Papa e Cipriano por causa do batismo dos hereges, ele se obstina e se recusa a jurisdição sobre os assuntos da sua própria igreja. (Um evento que quase gerou um cisma)
Agora, dizem estudiosos como M. Quast Bévenot e que se qualifica como bem sucedida, há evidências de que Cipriano reconheceu a necessidade de levar as questões mais importantes do papa.
Um exemplo disso é em reação de Cipriano à pesquisa do Papa Cornélio em razão da consagração de Fortunato, que Cipriano tinha feito sem consultar Roma. Em resposta, o prelado Africano reconhece seu dever de trazer o Papa todas as questões mais importantes e escreve se desculpando:
Eu não te escrevi imediatamente querido irmão, porque não era algo tão importante e tão grave que você tivesse que ser notificado em seguida ... Eu esperava que você soubesse de tudo isso e tinha certeza de que você lembrava. É por isso que eu julguei que não era necessário comunicar-lhe com tal velocidade e urgência as loucuras dos hereges ... E eu escrevi sobre tudo aquilo, porque todos nós desprezamos, por o outro lado, e pouco lhe enviei os nomes dos bispos que estão a frente dos irmãos e não foram contaminados pela heresia. Foi a opinião unânime de todos desta região que enviasse-lhe estes nomes” [25]
Esta carta é bastante sugestiva, já que ele não reconheci  a primazia do Bispo de Roma, porque pedir desculpas por não ter notificado ele antes?  Será que o  Papa não poderia se intrometer em uma questão que não era de sua própria igreja? Por que era de opinião unânime de todos na região manter o bispo de Roma informado?
Aconteceu também semelhante, quando ocorreu a perseguição de Décio (250). São Cipriano estava  escondido, mas enviou uma carta à Igreja de Roma explicando as razões que o motivou a fugir:
"Senti a necessidade de escrever esta carta para dar conta da minha conduta, minha linha de disciplina e de meu ciúme ... Mas, ainda que ausente no corpo, tenho estado presente em espírito ..." [26]
É claro que nesse reconhecia a Igreja de Roma a autoridade a quem teria que dar conta, caso contrário, uma carta justificando sua conduta a Roma teria sido desnecessária.
Afraates o Sírio
“ A fé ... é como um edifício que é edificado de muitas peças de artesanato e assim a sua construção se levanta até ao topo. E sabei, meus amados, que nos fundamentos do edifício são colocadas pedras, e assim descansando sobre pedras, toda a construção se levanta até ser aperfeiçoada. Assim também a verdadeira Pedra, nosso Senhor Jesus Cristo, é o fundamento de toda a fé. E sobre Ele, sobre (esta) Pedra, se baseia a fé. E descansando sobre a fé toda a estrutura se levanta até ser completada. Pois é o fundamento que constitui o princípio de todo o edifício. Pois quando alguém é trazido para a fé, é colocado por ele sobre a Pedra, ou seja nosso Senhor Jesus Cristo. E o Seu edifício não pode ser abalado pelas ondas, nem danificado pelos ventos. Pelos embates da tormenta não cai, porque a sua estrutura está levantada sobre a rocha da verdadeira Pedra. E quando chamei Cristo a Pedra, não falei o meu próprio pensamento, mas os Profetas o chamaram de antemão a Pedra”

E agora ouvi o respeitante à fé que se baseia sobre a Pedra, e o respeitante à estrutura que se levanta sobre a Pedra ... Assim também que o homem que se torna uma casa, sim, uma morada para Cristo, preste atenção ao que é necessário para o serviço de Cristo, que se aloja nele, e com que coisas pode agradar-lhe. Pois primeiro ele constrói o seu edifício sobre a Pedra, a qual é Cristo. Sobre Ele, sobre a pedra, é edificada a fé ... Todas estas coisas demanda a fé que se baseia na rocha da verdadeira Pedra, ou seja Cristo. E se porventura dissesses: «Se Cristo está posto por fundamento, como é que Cristo também mora no edifício quando este se completa?» Pois o bendito Apóstolo disse ambas as coisas. Pois disse: «Eu como perito arquitecto pus o fundamento». E aí ele definiu o fundamento e o tornou claro, pois disse como se segue: «Nenhum homem pode pôr outro fundamento senão o que está posto, o qual é Cristo Jesus» ... E portanto se cumpre aquela palavra, que Cristo mora nos homens, a saber, naqueles que crêem n`Ele, e Ele é o fundamento sobre o qual se levanta todo o edifício. [28].
Aqui está mais um exemplo de como se pode utilizar mal um texto que de modo algum nega o primado petrino, para endossar uma rejeição de  Afraates que nunca existiu. Mas quem conhece a mentalidade protestante sabe que  para eles qualquer texto que fala que nossa  fé deve ser colocada em Cristo, de alguma forma exclui o reconhecimento do primado petrino.
Afraates se referem a Cristo como a rocha neste tipo de metáfora não significa negar que Pedro é a pedra de Mateus 16, 18, depois de tudo, elementos metafóricos não precisam manter o mesmo significado entre diferentes metáforas.
O que o Dr. Saraví  não comenta é que Afraates é outro pai que usa ambas as interpretações de acordo com o contexto e pregação. Nas mesmas desmonstrações chama a imitar a Simão, a quem chamou chefe dos apóstolos, fundação  e rocha da Igreja.
"O chefe  dos discípulos ... O Senhor aceita e estabeleceu como fundação, chamando-o de rocha e estrutura da Igreja." [29]
Outros textos similares:
Jesus, nosso Salvador chamou a Simão de rocha firme e colocou-o como uma fiel testemunha entre as nações” [30]
Em outro lugar, dá destaque a Pedro sobre Tiago e João, chamando a Pedro fundação da Igreja, Tiago e João pilares.
"Simão Cefas, a fundação da Igreja ... Tiago e João firmes pilares da Igreja" [31]
David ... o chefe dos reis de Israel, confessou o seu pecado e foi perdoado, Simão, também, o chefe dos apóstolos ... quando ele se arrependeu ... nosso Senhor recebeu e fez dele o fundamento e lhe chamou Cefas, o fundamento da Igreja” [32]
O autor deste artigo omitiu também outro ilustre padre da mesma região, conhecido como Éfren o Sírio (350-370) que também fez declarações muito explicitas a favor do primado petrino.
Simão, meu discípulo, eu te fiz a fundação da Santa Igreja. Eu te chamei Pedro porque suportas todas as construções. Você é o inspetor daqueles que construíram a Igreja na terra para mim. Se eles querem construir alguma coisa falsa, você, a fundação, que os condenará. Você é o chefe da fonte de onde flui o meu ensino, você é o chefe dos discípulos. Através de você eu darei de beber a todas as nações ... Eu te escolhi para ser o primeiro nascido na minha instituição ... Eu lhe dei as chaves do meu reino e autoridade sobre todos os meus tesouros.”[33]
... Pedro, a lingua dos discípulos, a voz dos pregadores, os olhos dos apóstolos, o guardião do céu, o primogênito daqueles que têm as chaves” [34]
“Ele era o príncipe dos apóstolos, recebeu as chaves, e foi designado como pastor do rebanho” [35]
 Jacó ou São Tiago de Nisbis.
A fé é composta e compactada de muitas coisas. É como um edifício, porque é construída e completada em muita esperança. Não ignoras que se põem grandes pedras nos fundamentos de um edifício, e então tudo o que é edificado em cima tem as pedras unidas entre si, e assim se levanta até que se completa a obra. Assim, de toda a nossa fé, nosso Senhor Jesus Cristo é o firme e verdadeiro fundamento; e sobre esta pedra é estabelecida a nossa fé. Portanto, quando alguém chega à fé, é posto sobre uma pedra firme, a qual é o nosso Senhor Jesus Cristo. E, quanto a chamar a Cristo uma pedra, não digo nada por mim mesmo, pois os profetas o chamaram antes uma pedra.” [36]
Outro texto que se harmoniza com a doutrina católica e é apresentado como se fosse o contrário. Omite, porém, que o mesmo Tiago Nisbis diz que foi Pedro que foi chamado ROCHA em virtude de sua fé:
Simon, que foi chamado Rocha, foi merecidamente chamado por causa de sua fé” [37]
Tampouco, comenta que Tiago de Nisbis reconhece Pedro como chefe dos apóstolos e explicitamente o chama de a fundação e a rocha do edifício da Igreja:
"E Simão, o chefe dos apóstolos, que negou a Cristo, dizendo que não tinha visto, e amaldiçoou e jurou que não o conhecia desde o momento que Deus deu a contrição e penitência, e lavou os seus pecados no lágrimas de dor, nosso Senhor recebeu e fez dele o fundamento ea rocha chamada do edifício da Igreja "[38]
Como o sr. Saraví pode colocar Tiago de Nisibis como um exemplo de um pai que rejeitou a interpretação de que Pedro é a pedra se ele faz uso desta interpretação? Só se pode concluir que os protestantes que fazem uso de citações patrísticas seletivamente ou fazer por negligência ou por pura desonestidade mesmo.
Ambrósio
Paulo escreve sobre as ordens eclesiásticas; aqui se ocupa dos fundamentos da Igreja. Os profetas prepararam, os apóstolos estabeleceram os fundamentos. Pelo que o Senhor diz a Pedro: «Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja», isto é, sobre a confissão de fé católica estabelecerei em vida os fiéis. [39]
Aqui se repeti  a mesma história, ele deixa de mencionar que Ambrosiaster reconhece Pedro como o primeiro apóstolo, a quem o Senhor deu as chaves:
"O primeiro apóstolo, a quem o Senhor deu as chaves do reino dos céus” [40]

... todos foram incluídos em Pedro, porque ele foi constituido a sua cabeça” [41]
No seguinte texto Ambrosiáster declara a primazia jurisdicoonal de Pedro sobre as Igrejas:
"É correto que na verdade ele [Paulo], devia estar ansioso para ver Pedro, porque ele foi o primeiro dos apóstolos, e foi encarregado pelo Salvador para cuidar das igrejas" [42]
Também se refere ao Papa Dâmaso como o que governar a Igreja:
“Considerando que todo o mundo é de Deus, mas a Igreja ele diz ser sua casa, a qual Dâmaso nos dias de hoje governa”. [43]

Eusebio de Cesárea
Contudo, não cometerás qualquer erro do âmbito da verdade se supores que «o mundo» é na realidade a Igreja de Deus, e que o seu «fundamento» é em primeiro lugar, aquela inefavelmente sólida pedra sobre a qual está fundada, como diz a Escritura: «Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela»; e em outro lado: «E a pedra era Cristo». Pois, como o Apóstolo indica com estas palavras: «Ninguém pode pôr outro fundamento senão o que está posto, o qual é Cristo Jesus». Então, também, depois do próprio Salvador, podes retamente julgar que os fundamentos da Igreja são as palavras dos profetas e dos apóstolos, de acordo com a afirmação do Apóstolo: «Edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra angular». [44]
Eusébio foi mais um dos pais que usou ambas as interpretações de Mateus 16, 18, de acordo com o contexto da pregação. Em sua obra mais famosa (História Eclesiástica) afirma que a Igreja foi construída sobre Pedro:
E Pedro, sobre o qual a Igreja de Cristo é construída, contra a qual as portas do inferno não prevalecerão” [45]
Assim, Eusébio que supostamente teria rejeitado a interpretação católica, onde Pedro é a pedra de Mateus 16, 18, nos deixa desde o passado evidências suficientes para evitar a distorção do seu pensamento, que é feito pelo sr. Saraví.
O historiador em várias ocasiões se refere repetidamente a estadia e pregação de Pedro em Roma [46], também chamado Pedro de guia  dos outros apóstolos e general de Deus:
... A providência graciosa enviou a Roma, o grande e poderoso Pedro, escolhido por seus méritos como um guia para os outros apóstolos. Como um nobre general de Deus, ele Anunciava o Evangelho da luz e a Palavra que salva as almas”. [47]
“Se tornou [Cristo] um estranho para seus irmãos, no momento da sua paixão, quando todos os seus discípulos o abandonaram, e o chefe dos apóstolos, Pedro o negou três vezes” [48]
Ele também reconhece os bispos de Roma como sucessores de Pedro. Em seu livro III em 1-2, menicona como Lino suecedeu a Pedro como bispo de Roma. O mesmo acontece em  III, 21. É importante mostrar também  o comentário que faz de Orígenes, em seu comentário sobre o Gênesis sobre morte de Pedro em Roma.
"... entenda como que todos os seus antecessores e os próprios apóstolos ensinaram como eles e que o verdadeiro ensinamento foi preservado até a época de Victor, o décimo terceiro bispo de Roma, depois de Pedro ..." [49]

Hilario de Poitiers
 Uma crença de que o Filho de Deus é Filho só de nome, e não em natureza, não é a fé dos Evangelhos e dos Apóstolos ... por que motivo, eu pergunto, foi que o bendito Simão Bar-Jonas confessou a Ele, Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo? ... Se Ele era Filho por adopção, onde assenta a bem-aventurança da confissão de Pedro, que ofereceu um tributo ao Filho para o qual, neste caso, Ele não tinha mais direito que qualquer membro da comunidade dos santos? A fé do Apóstolo penetrou numa região fechada ao raciocínio humano... E esta é a pedra da confissão sobre a qual a Igreja é edificada ... que Cristo não deve ser somente nomeado, mas crido, como Filho de Deus..” [50]
Esta fé é aquela que é o fundamento da Igreja; através desta fé as portas do inferno não podem prevalecer contra ela. Esta é a fé que tem as chaves do reino dos céus. Qualquer coisa que esta fé desatar ou ligar na terra será desatada ou ligada no céu ... A razão pela qual ele é bendito é que confessou o Filho de Deus. Esta é a revelação do Pai, este é o fundamento da Igreja, esta é a segurança da permanência dela. Daí que ela tem as chaves do reino dos céus, daí o juízo no céu e o juízo na terra...” [51]
Assim o nosso único inabalável fundamento, a nossa única bendita pedra de fé, é a confissão da boca de Pedro, Tu és o Filho do Deus vivo. Sobre ela podemos basear uma resposta a toda objecção com que o engenho pervertido ou a amarga traição possam atacar a verdade. [52]
Aqui o sr. Saraví, como todas as vezes,  cita extratos da obra de St. Hilário de Poiters sobre a Trindade de forma isolada, mas antes de começar a analisar esses textos, é importante entender o contexto do trabalho. Santo Hilario não está falando aqui especificamente sobre o primado de Pedro, mas ele está defendendo a doutrina da Trindade contra os hereges arianos. Aqui ele não nega o primado de Pedro, mas afirma que Pedro foi eleito para o ministério sob sua confissão de fé.
Isto pode ser visto no que ele diz abaixo:
O qual no silêncio de todos os Apóstolos, ao reconhecer, por revelação do Pai, o Filho de Deus, mereceu uma glória sublime, que supera toda fraqueza humana, com a confissão de sua fé bem-aventurada” [53]
“... Por isso tem as chaves do reino dos céus, por isso seus juizos terrenos são celestiais. Ele aprendeu, por uma revelação, um mistério oculto desde a eternidade, expressou a fé, pregou a natureza divina de Cristo, o confessou  como Filho de Deus. Todo aquele que nega isto confissando que é uma criatura, deve primeiro negar o apostolado de Pedro, a sua fé, sua bem aventurança, seu sacerdócio, seu testemunho, e depois de tudo isso conhecido por ter sido afastado de Cristo, porque Pedro merecia todas essas coisas a confessar-lo como o Filho”. [54]
A força do argumento de Santo Hilário contra os arianos era para fazê-los entender que negar Cristo em sua divindade, implicava em negar aquilo pelo qual Pedro mereceu ser chamado,  as palavras gloriosas, por as quais foi eleito para seu ministério. Mas o sr. Saraví não se preocupou de maneira nenhuma em mencionar os outros (inclusos na mesma obra), onde Hilário se refere que Pedro foi estabelecido como a pedra fundamental da Igreja, e demonstra que para ele, ao contrário da perspectiva protestante, ambas as interpretações não são excludentes, mas complementares:
"o abençoado Simão, que depois de sua confissão sustenta o edificio da Igreja e recebeu as chaves do Reino dos Céus" [55]
O texto em Inglês traduzido por Philip Schaff (protestante) na obra Os padres da Igreja Primitiva em NPNF2-09 diz: “and blessed Simon, who after his confession of the mystery was set to be the foundation-stone of the Church, and received the keys of the kingdom of heaven”, que traduzido é ainda mais claro e explícito: “abençoado Simão, que após sua confissão do mistério ,foi estabelecido como a pedra fundamental da Igreja e recebeu as chaves do reino dos céus
Outros textos onde mantém a mesma idéia:
"Pedro acreditou primeiro, e é o príncipe do apostolado" [56]
O temor exitou os apóstolos por a sua humilhação na paixão (de modo que mesmo a rocha sólida sobre a qual a Igreja estava a ser construído estremeceu)” [57]
Ele [Jesus] tomou consigo Pedro, que já havia dado as chaves do reino dos céus,sobre quem ele estava prestes a construir a Igreja, contra a qual as portas do inferno não poderiam prevalecer de forma alguma, Aquele que ligasse ou desligasse na terra seria desligado no céu. Este mesmo Pedro, o primeiro confessor do Filho de Deus, o fundamento da Igreja, o portador das chaves para o reino celestial, e em seu julgamento na terra, um julgamento do céu” [58]
Se tudo isso não fosse suficientemente claro, o seguinte texto o mesmo St. Hilário explica claramente como a confissão de Pedro foi a recompensa de ser nomeado portador das chaves e a de ser fundação da Igreja, que foi expressa com a mudança de nome.
E a certa confissão de Pedro obteve uma recompensa digna ... Oh, por designação de um novo nome, fundação feliz da Igreja, e uma pedra digna da criação do que foia dispersão leis infernais, e das portas do inferno, e todas as garras da morte! Oh tão abençoado guardião da porta do céu, cuja disposição são dadas as chaves para a entrada na eternidade, cujo julgamento sobre a terra é uma autoridade de um julgamento no céu, para que as coisas que são ligadas ou desligas na terra, assim sejam no céu ...”[59]
Ele também reconhece o Bispo de Roma como o Sucessor de Pedro e com Jurisdição sobre todas as províncias. Quando escreveu ao Papa São Júlio I:
"E você, o irmão mais valorizado e amado, ainda que ausente de nós em corpo, presente no mesmo pensamento e vontade ... Este é considerado o melhor e mais consistente, é a cabeça, que é a cadeira do Apóstolo Pedro, os sacerdotes do Senhor o informam (ou consulta) de cada uma das províncias "[60]
Continua..



NOTAS
[1] Concilio de Éfeso, 431. Discurso de Felipe, Legado del Romano Pontífice, en la sesión III
[2] Concilio de Calcedonia, Actas del Concilio, Sesión 2.
[3] Concilio de Calcedonia, Actas del Concilio, Sesión 3.
[4] Cita del Dr. Saraví: Sobre la Modestia, 21 (ANF 4:99)
[5] Cita del Dr. Saraví: Contra Marción, IV, 13 (ANF 3:365)
[6] Tertuliano. De praescriptione haereticorum, XXXVI.2-3
[7] Tertuliano De praescriptione haereticorum, XXII.2-4
[8] Tertuliano, De pudicitia 21
[9] Cita del Dr. Saraví: Comentario sobre Mateo, 10 (ANF 10:456)
[10] Cita del Dr. Saraví: Comentario sobre Mateo XII, 11 (ANF 10:456)
[11] In Ios. Hom. 3,5
[12] In. Ps. Hom. 37,2,5
[13] De orat. 28
[14] El Peri-Archon (De prencipiis), Prefacio 1-2
[15] Orígenes, In Exod. Hom. v. n. 4, tom. ii. p. 145, ed. Del la Rue, Migne) in Charles F.B. Allnatt, ed., Cathedra Petri-The Titles and Prerogatives of St. Peter, (London: Burns & Oates, 1879),15-16
[16] Orígenes, Comentario sobre Juan . 5:3; ANF, Vol. X, 347; cf. Jurgens, I, 202
[17] (Orígenes, In Epist. Ad Rom. Lib. v. c. 10, tom. iv. p. 568 ), in Charles F.B. Allnatt, ed., Cathedra Petri – The Titles and Prerogatives of St. Peter, (London: Burns & Oates, 1879), 16
[18] In Joseph Berington, John Kirk, eds., and James Waterworth, rev., The Faith of Catholics, vol. 2, (New York: Pustet & Co., 1884), 6-7
[19] Epístolas 68:8 (ANF 5:374): Epístolas 26:1 (ANF 5:305)
[20] Epístolas 68:8 (ANF 5:374): Epístolas 68:8 (ANF 5:374)
[21] Cipriano. De la Unidad de la Iglesia. 4.5  (trad. Caminero 4,404-5).
[22] Cyprian, Ep. ov. Ad Cornel. p. 83, in Colin Lindsay, The Evidence for the Papacy, (London: Longmans, 1870),22
[23] Cipriano, Epístola 75,3
[24] Cipriano, Epístola 54, 14. Sobre la legitimidad de la apelación a Roma
[25] Cipriano, Epístola 59,9
[26] Cipriano, Epístola 20
[27] Patrología I, Johannes Quasten, pág. 329
[28] Cita del Dr. Saraví: Demostraciones Selectas, 1:2-6,13, 19
[29] Afraates, Hommily 7:15, De Paenitentibus, ed. Parisot in Patrología Syriaca, vol. 1, col. 335, in Michael M. Winter, St Peter and the Popes, (Baltimore: Helicon, 1960),58
[30] (x,4). Tomado de Jesús, Peter & Keys, Butler, Dahlgren, Hess, pag. 226
[31] (xxiii), “Afraates, in S. Herbert Scott, The Eastern Churches and the Papacy,(London: Sheed & Ward,1928 ),60
[32] VII,15(Dom. J. Parisot,Patrología Syriaca Aphraatis Demonstrationes).
[33] Efrén, Homilies 4,1
Traducido de W. A. Jurgens, The Faith of the Early Fathers, Tomo I, (Collegeville, MN: The Liturgical Press, 1970),311
[34] Efrén, Encom. S.S. Petri et Pauli.S.S. Herbert Scott, The Eastern Churches and the Papac, London: Sheed & Ward, 1928, 62-63
[35] Efrén, Tom. ii. Syr. Lvi. Adv. Haer.    
In Charles F.B. Allnatt, ed., Cathedra Petri-The Titles and Prerogatives of St. Peter, (London: Burns & Oates, 1879), 41
[36] Cita del Dr. Saraví: Sermón 1, Sobre la Fe 1,13
[37] James of Nisibis, Serm. i. De Fide, n.i.13, Galland, tom. v.p.9), in Charles F.B. Allnatt, ed., Cathedra Petri-The Titles and Prerogatives of St. Peter, (London: Burn & Oates, 1879),18
[38] James of Nisibis, Orat. Vii. De Paenit. no. 6,p.lvii. Galland.t.v.p.lxxxiv., in Colin Lindsay, The Evidence for the Papacy, (London: Longmans, 1870),27
[39] Cita del Dr. Saraví: Comentario sobre Efesios (PL 17:380)
[40] Ambrosiaster, Com. In Ep. Ad Falat. ii. II, Ap. Op. St. Ambros.), in Charles F.B. Allnatt, ed., Cathedra Petri-The Titles and Prerogatives of St. Peter, (London: Burn & Oates, 1879), 33
[41] Ambrosiaster, Quast. 75, ex N. Test. In App. St. August. Tom. iii. 2894), in Charles F.B. Allnatt, ed., Cathedra Petri-The Titles and Prerogatives of St. Peter, (London: Burns & Oates)
[42] Ambrosiaster, Comm. On Galatians, Migne Patr. Lat., vol. 17,col.344),in Michael M. Winter, Saint Peter and the Popes, (Baltimore: Helicon, 1960),62
[43] Ambrosiaster, Comment. In Epist. i. Ad Tim. Inter. Op. S. Ambros.), in Charles F.B.Allnatt, ed., Cathedra Petri-The Titles and Prerogatives of Sst. Peter, (London: Burn & Oates, 1879),107.
[44] Cita del Dr. Saraví: Comentario sobre los Salmos (PG 23:173, 176)
[45] Historia Eclesiástica, por Eusebio de Cesárea, Libro VI,25; NPNF 2, Vol. I, 273
[46] Historia Eclesiástica, Libro VI.14
[47] Historia Eclesiástica, por Eusebio de Cesárea. Libro II.14. Simón el mago y Pedro
Tomado de Eusebio. Historia de la Iglesia. Paul L. Maier. Pág. 72
[48] Eusebio, Comm. In Ps. Lxix. t. i. p. 373, Nov. Collect.( in Joseph Berington, John Kirk, eds, and James Waterworth, rev, The Faith of Catholics eds., and James Waterworth, rev., The Faith of Catholics, vol. 2, (New York: Pusted & Co., 1884), 13.
[49] Tomado de Eusebio. Historia de la Iglesia. Paul L. Maier. pág. 201
[50] Cita del Dr. Saraví: Sobre la Trinidad, VI,36 (NPNF2 9:111)
[51] Cita del Dr. Saraví: Sobre la Trinidad, VI,37 (NPNF2 9:112)
[52] Cita del Dr. Saraví: Sobre la Trinidad, II,23 (NPNF2 9: 5)
[53] Tomado de La Trinidad, Hilario de Poitiers, VI,20, BAC 481, pág 280-282
[54] Ibid.
[55] Hilario de Poitiers La Trinidad, VI,20
Tomado de La Trinidad, Hilario de Poitiers BAC 481, pág. 259
[56] Hilario de Poitiers, Comentario sobre Mateo 7,6 en Berington and Kirk, Faith of Catholic, 2:15
[57] Hilario de Poitiers, Tract. In Ps. 141,8 in Berington and Kirk, Faith of Catholics, 2:15
Traducido de Upon This Rock, Stephen K. Ray, pág. 203
[58] Tract. In Ps. 131,8, in Berington and Kirk, Faith of Catholics, 2:14-15
Traducido de Upon This Rock, Stephen K. Ray, pág 203. También puede ser encontrado en Jesús, Peters & Keys, por Butler, Dahlgren y Hess, pág. 231.
[59] Hilario de Poitiers, Commentary in Matthews, 7,6 in Berington and Kirk, Faith of Catholic, 2:15
[60] Hilario de Poitiers, Fragment 2 ex opere Historico (ex Epistle Sardic. Concil. Ad Juliaum) n.9, p. 629
Testemunho Extraidos da Matéria de José Miguel Arrais Disponível em
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