sábado, 25 de fevereiro de 2012

No Deserto somos provados


No Deserto somos provados

Postado por Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha
Estamos no inicio da quaresma, celebrando o primeiro domingo e caminhamos rumo a Páscoa. Fazemos a caminhada para purificação e conversão. Na Igreja primitiva esse período era preparatório ao Batismo, pois esse sacramento é a porta de entrada para a Igreja e é necessário conversão para Deus, arrependimento do pecado e ter crença em Jesus Cristo. Assumir com coragem e autenticidade a fé em Jesus e ser coerente no testemunho cristão. Será que hoje procuramos o Batismo porque acreditamos em Cristo e ainda vivermos de açodo com os ensinamentos Dele?


A liturgia da palavra nos coloca o itinerário para renovação do nosso Batismo para que ele seja vivido de fato em nossa vida. Para isso precisamos converter.
No livro do Genesis temos o dilúvio que é para nós a figura do primeiro Batismo, pois todo universo conhecido teve a experiência da água e daí surgisse uma nova criação. Deus intervém e nos faz conhecer a Historia da salvação. A humanidade se encontrava longe de Deus e da sua justiça, mas a família de Noé era justa e temia a Deus Através deles, Deus mandou fazer a arca onde acolheu toda criação para que depois do dilúvio começasse uma nova historia da criação.Deus fez uma aliança com a humanidade. O nosso Deus não é da morte.
(cf. Gn 9,8-15)


A geração corrompida desapareceu e uma nova oportunidade surgiu para a humanidade e o sinal do arco Iris surgiu para marcar o compromisso de Deus de não destruir mais com água o mundo. Precisamos tirar do nosso meio toda forma de corrupção e não deixar que o pecado reine e que a vida e saúde prevaleçam em todos os lugares.


Na primeira carta de São Pedro nos faz lembrar e recordar das águas do dilúvio que purifica e nos ensina como imagem do significado das águas do Batismo.. (cf. 1Pd 3,18-22) Pedro interpreta o dilúvio e a figura de Noé como pressuposto do batismo. Essa interpretação era usada na catequese batismal da Igreja dos primeiros cristão. Será que entendemos que o Batismo nos purifica e nos faz ser novas pessoas em Cristo?


O Evangelho de Marcos resume as palavras inaugurais do ministério de Jesus, proclamando a graça do reino e chamando os homens à conversão e mudança de vida. Nesse evangelho temos o episodio da tentação que Jesus sofreu no deserto. O deserto é o lugar teológico onde o homem faz o encontro com Deus.. No deserto o povo de Deus experimentou a libertação e lá Deus fez aliança com Israel. Deus libertou o povo da escravidão e os levou para uma nova terra. (cf. Mc 1,12-15)


Jesus está no deserto e lá foi o lugar de sua prova e fidelidade ao projeto do seu Pai de salvar a humanidade. O demônio tenta Jesus em três situações que são do poder, do ter e do prazer, mas todas elas Jesus venceu e nos ensina como vencê-las. Em sua trajetória para a Páscoa, Jesus experimentou muita tentação que vinha da indiferença de pessoas, de judeus, de fariseus e de escribas. Mas em todas as ocasiões Jesus vence, pois se encontra fortalecido através da comunicação que Ele tinha com seu Pai na oração e recolhimento.


Será que nós fortalecemos na oração, na esmola, na penitencia e no jejum que fazemos para dizer não ao demônio? Será que temos coragem de dizer não ao poder que diminuem os outros, do ter que não pensa nos pobres e famintos e por fim dizer não ao mundo do prazer que esquece que somos mortais e que vamos ter um encontro com Deus?


A vitória de Jesus passou pela cruz que Ele assumiu em uma vida de doação para realizar o projeto do Pai de salvar a humanidade. Somos cristãos na medida em que somos luzes para os outros saírem do estado de pecado para a vida. Devemos lutar para que a saúde seja direito de todos e que a solidariedade que se faz na partilha a todos principalmente os excluídos do nosso tempo. Sejamos criaturas novas renovadas no Batismo que nos faz pertença ao reino de Deus. Amém.


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