terça-feira, 13 de setembro de 2011

LIVROS HISTÓRICOS ANTIGO TESTAMENTO


Livros Históricos
O Pentateuco faz parte dos livros históricos, mais estudaremos o restante.
Josué

É uma continuação da historia do Pentateuco.

Josué quer dizer “Javé é Salvação” (Js 1,9).

Josué filho de Num, da tribo de Efraím, acompanhou Moisés ao monte Sinai; tomou parte na expedição de reconhecimento de Canaã. Guardou firme confiança no Senhor; por isso Josué e Caleb foram os únicos homens que, tendo saído do Egito, entraram na Terra Prometida. Moisés escolheu Josué como seu servidor, Moisés morreu então pediu a Javé que indicasse um sucessor e Javé indicou Josué.

A árdua missão de Josué: Zelar pela observância da Lei, introduzir o povo na terra prometida, distribuição da terra entre as tribos de Israel. Josué revelou-se um chefe enérgico e tenaz, ao mesmo tempo que prudente.

O livro de Josué quer mostrar a indefectível; fidelidade de Deus às suas promessas, onde o povo respondera observando a Aliança com o Senhor.
Divisão do livro de Josué:
Ocupação da Terra de Canaã
Distribuição da Terra de Canaã
Renovação da Aliança com O Senhor
O Capitulo 3 e 24 é o que retrata a realidade Israel só poderá entrar na terra prometida se caminhar com Deus e só poderá conserva-la pela fidelidade Àquele que a deu.

Muitos dignos de nota são os capítulos 23s, que referem o testamento espiritual de Josué e a solene assembléia de Siquém.

Josué 24 narra a morte de Josué isto quer dizer que ele não é o autor mais o livro narra os feitos de Josué.
Passagens importantes:
Js 6, 1-20 – A queda dos muros de Jericó

Para tomar a cidade de Jericó, os guerreiros hebreus realizaram um artificio estranho: a mandato do Senhor, os soldados, juntamente com os sacerdotes, que levavam a arca, durante seis dias seguidos deram a volta da cidade em procissão. No sétimo dia, deram sete voltas: as trombetas então tocaram e os quarenta mil filhos de Israel soltaram um brado forte. Em conseqüência, as muralhas de Jerico caíram e os invasores puderam penetrar na cidade.

Muitos comentadores supõem que as procissões tinham significado militar: teriam servido para amedrontar os habitantes de Jericó ou para prender a atenção destes, enquanto operários israelitas cavavam galerias debaixo das muralhas de Jericó...

Essas explicações não são absurdas, mas não explicam. Melhor é dizer que as procissões tinham significado religioso e não militar é isto que epistola aos hebreus diz: “Foi pela fé que os muros de Jericó desmoronaram, depois de se lhes haver dado a volta durante sete dias” Quando Deus colocou as procissões na cabeça do povo é para exercitar a sua fé; praticando aqueles artifícios. Com isso através da fé do povo Deus se utilizou de: terremoto, pequenos combates, a sede.
Js 10, 7-15 – Josué e o milagre do Sol

Parece descrito o estacionamento do sol a pedido de Josué. Episódio que muito ocupou os estudiosos no decorrer da historia. Procuravam explicar o fenômeno como se sol tivesse parado ou por uma nuvem situada no horizonte, ou por chuva de meteoros, ou por relâmpago que teriam iluminados extraordinariamente a noite...

Estas explicações são postas de lado. Existe uma realidade poética dentro desta passagem, é preciso explicar com este fundamento.

Pergunta-se agora: que significa a parada do sol no estilo poético?

Os judeus julgavam que a terra era plana e recoberta por um firmamento ou uma abobada cristalina, sobre a qual o sol e a lua giravam. Quando fazia mau tempo ou tempestade, diziam que o sol se retirava para sua tenda no firmamento a lá ficava escondido e imóvel durante a tempestade.

Por conseguinte quando o texto sagrado diz que Josué pediu o estacionamento do sol, quer significar que Josué também pediu o estacionamento da lua...; a menção da lua ocorre unicamente para atender a lei do paralelismo poético (quem mencionasse o sol, mencionaria também a lua, no estilo poético). A tempestade deve ter sido longa (“quase um dia inteiro”). Tão longa tempestade terá sido especialmente permitida por Deus para atender a Josué, que implorava auxilio na batalha.
Juizes

A síntese deste livro é: quando Israel é infiel à Aliança, Deus o entrega a seus inimigos; quando se arrepende e volta à Deus, pode gozar de novo livremente da terra. Não se insista nas figuras nada edificantes dos Juizes; é um mundo bárbaro. Insista-se, pelo contrario; no entrelaçamento da ação divina.

Josué não deixou sucessor. As doze tribos de Israel tinham se estabelecido em seus territórios, mas não tinham governo central. “Naqueles dias não havia rei em Israel e cada um fazia o que bem lhe parecia”. Mas viam-se em meio a população Cananéia local, que fora expulsa pelos Israelitas. Esta convivência com os pagãos era nociva acarretava perigos como: a corrupção dos costumes, o dos casamentos mistos (Israelitas e Cananeus) e, pior ainda, o da perversão religiosa. Os Israelitas tinham que prestar culto aos deuses Cananeus.

Isto foi uma desordem dentro do culto Israelita, Javé continuou sendo o Deus de Israel mas o culto começa a ficar diferente do prescrito por Moisés. Com isso após a passagem da geração de Josué os Israelitas fizeram o que é mal aos olhos de Javé servindo aos Baals.

Sem governo central e sem chefe forte, as tribos de Israel encontravam na religião o vinculo que as unia entre si e que mantinha a consciência da sua identidade nacional.

Foi neste contexto que Javé suscitou Juizes em Israel. Eram heróis, dotados de força e carisma especial dado pelo Senhor, para libertarem uma ou mais tribo de Israel. Os Juizes são o testemunho vivo de que Javé nunca abandonou o seu povo, mas foi dirigindo a historia desde até mesmo dispensando carisma (ou dons) extraordinários.

Juizes pelo simples fato de que a principal função de um chefe da tribo de Israel era julgar causas ou litígios da população. A autoridade do Juiz era naquele região que ele exercia a sua função, mais nada além. Na terra de Canaã os Israelitas trocaram a vida nômade para a vida agrícola. Então cada tribo tinha a sua vida particular ou individual, ocorrendo assim muitas invasões estrangeiras.

O livro dos Juizes nos refere as façanhas de doze Juizes. Destes, seis são tidos como maiores, porque apresentados com mais minúcias; tais são Otoniel (da tribo de Judá), Aod (Benjamim), Barac (Neftali), Gedeão (Manasés), Jefté (Gad), Sansão (Dã). Os outros seis são ditos menores, porque poucas noticias há a respeito deles; tais são: Samgar (Simeão), Tolá (Issacar), Jair (Galaad), Abesã (Aser), Elon (Zabulon) e Abdon (Efrain). Os principais Juizes são Gedeão, Jefté e Sansão.

O livro dos Juizes recomenda: a infidelidade à Lei do Senhor é penhor de desgraças e ruína material para Israel, ao passo que o arrependimento e a fidelidade são penhor de benção divina, concretizada em vitoria sobre os inimigos e prosperidade material.
Estrutura do Livro:

Introdução – os filhos de Israel não expulsaram os Cananeus

Corpo do Livro – Historia dos doze Juizes

A idolatria de Dã

A luxuria dos benjaminitas

A Cabeleira de Sansão (Jz 13-17)

Esta historia nos diz que Sansão tinha longa cabeleira, vencia seus inimigos, mas quando cortou perdeu as forças. É uma historia a primeira vista fabulosa mas pode ser entendida no quadro religioso de Israel.

Os Israelitas praticavam o voto do nazireato, que significava total consagração a Javé, implicava que nem os cabelos do indivíduo poderiam ser cortados porque pertenciam ao Senhor, não poderia tomar vinho, nem suco de uva nem comer uvas, não devia tocar cadáveres. Sansão era nazireu. Enquanto ele foi fiel a sua consagração Javé dava forças para vencer os inimigos. O seu poder vinha de Deus e não dos cabelos. Eis porém Sansão foi fraco moralmente e revelou o segredo de sua fortaleza a Dalila, mulher estrangeira. Dalila cortou sua cabeleira indicando assim a infidelidade interior de Sansão.

Com outras palavras o episódio de Sansão comprova as palavras de São Paulo: “A força de Deus manifesta se manifesta plenamente na fraqueza do homem que se lhe confia” (IICor 12,9)
Dentro do livro dos Juizes está o livro de Rute. Só esta acoplado pelo seguinte motivo que no inicio deste livro esta “No tempo em que os Juizes governavam, houve uma fome no país”. A principal finalidade do livro é transmitir uma historia edificante referente às origens da família de Davi. Rute uma estrangeira, a moabita Rute. Consiste em 4 Capítulos.
I e II Samuel

Continua a historia dos Juizes. Estendem essa historia a partir da figura de Eli, juiz, até o final do reinado de Davi, passando por Samuel e Saul.

Com a situação que estava nos juizes de uma certa anarquia nas tribos de Israel, assediados pelo inimigos (filisteus, madianitas, amorreus, amalecitas...). Fazia falta de um chefe que mobilizasse todo Israel e garantisse tanto a unidade nacional como a fidelidade religiosa das tribos.

Samuel foi o ultimo juiz com a incumbência de ungir o primeiro rei de Israel, chamado Saul, da tribo de Benjamim. O reinado de Saul foi decorrido todo em guerras, com isso Saul não pode cuidar da organização social, jurídica e administrativa. Ademais Saul foi rejeitado pelo Senhor porque desobedecera (I Sm 13, 8-15; 15, 10-23).

Davi seu sucessor da tribo messiânica de Judá, a principio ainda teve que lutar contra os filisteus, onde conseguiu vencer definitivamente, estabelecendo assim uma unidade nacional. Quando Davi morreu a unidade nacional estava em perigo, as tribos do Norte não se armonizavam com as do Sul. Tal rivalidade entre o Norte e o Sul do pais explodiria no cisma das dez tribos setentrionais.

Este material é de variado material redacional: historia, lenda, saga, profecia, e hinos tudo harmonizado por um ou mais redatores não lá muito hábeis. O seu tema central é a fidelidade à Aliança. Na leitura liturgica procure-se apreender o entrosamento da ação de Deus e da ação humana. O Ponto culminante de toda a obra é a profecia de Natã a Davi (II Sm 7).
São os três protagonistas do período histórico
Samuel: (Juiz e profeta)

Uma mulher estéril, chamada Ana (=graça), sofria por não ter filhos , ou por não poder
colaborar para a vinda do Messias, prometido à linhagem de Abraão. Isto lhe parecia uma maldição de Deus. Tendo rezado, obteve um filho: Samuel (= Deus ouviu). Na Bíblia, o filho dado a uma mulher estéril tem sempre uma missão particular (Isac, Sansão, João Batista); assim também Samuel.

De fato, Deus chamou Samuel enquanto dormia e confiou-lhe a chefia do povo em lugar de Eli, o juiz fraco que governava o povo. Compare a vocação de Samuel (I Sm 2,1-18); Abraão (Gn 12, 1-3); Moisés (Ex 3, 1-12); Isaias (Is 1, 1-13); Jeremias (Jr 1,4-10); Ezequiel (Ez 3, 1-11); Servidor de Javé (Is 49, 1-9); Amós (Am 7,14s)
Saul: (Rei desventurado)

Dada a insegurança das tribos em seus territórios, os anciãos de Israel pediram a Samuel um rei; o Senhor, consultado por Samuel, quis atender ao pedido, fazendo ver que o rei poderia extorquir os bens dos filhos de Israel. Foi escolhido, por revelação do próprio Deus, o jovem Saul, da tribo de Benjamim, que Samuel ungiu como rei.

Desde o começo do seu reinado Saul teve que enfrentar os inimigos estrangeiros: venceu os amonitas. Mas foi rejeitado por Deus, pois transgrediu preceitos do Senhor (I Sm 13,7-15; 15,1-31).

O resto da vida de Saul é descrito em I Sm 16-31; consta de perseguições a Davi, que Deus escolhera para lhe suceder (Saul parece ter sofrido de doença psíquica, que lhe tirava a paz e a capacidade de conviver.

Davi: (Encarna o ideal do Reino de Deus na terra)

Tendo rejeitado Saul, Deus mandou que Samuel procurasse o seu sucessor: seria Davi, o mais novo dos filhos de Isaí ou Jessé, que Samuel ungiu rei, esta aumentou muito o prestigio de Davi. O jovem guerreiro tornou-se grande amigo de Jônatas, filho de Saul, que passou a enciumar-se do seu rival e procurou ferir mortalmente Davi; Davi teve que fugir , mas antes celebrou uma aliança com Jônatas (I Sm 20, 1-21). Começou então a via dolorosa de Davi, que vivia em caverna e no deserto. Apesar da malvadez de Saul, Davi soube ser generoso para com o rei, que ele podia ter assassinado.

O segundo livro de Samuel é inteiramente consagrado a Davi. Em segundo Samuel merecem atenção o cap. 7, com a sua profecia messiânica os cap. 11 e 12, que falam do pecado e do arrependimento de Davi (o rei procedeu como um homem sensual e cruel, mas soube reconhecer Natã o enviado de Deus), o cap. 24 que narra outro pecado de Davi, do qual o rei se arrependeu. Diz S. Ambrósio que pecar é comum a todos os homens, mas arrepender-se é próprios dos santos.
I e II Reis

É uma só obra, foi desdobrada em duas pelos tradutores alexandrinos (LXX), a fim de facilitar o uso dos manuscrito. I e II reis narram a historia de Israel desde Salomão até o exílio babilônico.
Este livro se divide em três partes:

Reinado de Salomão, esplendor e decadência

Separação e historia dos dois reinos separados. Israel do norte e Judá ao Sul

Historia do reino de Judá até a destruição de Jerusalém e o exílio babilônico com alusão final à libertação de Jeconias.

Os livros I e II Reis são expressão de mentalidade profundamente religiosa, muito inspirada pelos princípios deuteronomistas. Notemos os seguintes traços:

Cada Rei é apresentado de uma forma bem definida: reis maus por terem praticados ou permitido a idolatria(Abdias, Acaz, Manasses, Joacaz), bons por terem combatido a idolatria, mas deixaram subsistir o culto a Javé nos bosques e colinas como os Cananeus (Asa, Josafá, Joás, Amasias, Azarias, Joatam) e ótimos por terem combatido a idolatria e o culto nas colinas (Ezequias e Josias)

Os dois livros dos Reis não tencionam narrar a historia pela historia, mas sim, para realçar que os acontecimentos humanos são orientados por Javé, para o cumprimento do plano de Salvação. Os golpes que sofreu o povo é visto como justiça divina, chamando assim à consciência do pecado e à conversão. A tese do livro está em II Rs 17,7. O Hagiógrafo repensou a historia da própria nação destacando que Deus governa os acontecimentos. A historia do livro dos Reis é uma historia vista com os olhos de Deus.
I e II Crônicas

O livros das Crônicas, de Esdras e Neemias constituem um bloco homogêneo como “obra dos Cronistas”, percorrem a historia do gênero humano desde de Adão até a restauração do Povo em sua terra após o exílio.

Os livros atribuem grande importância a: Genealogia, Instituições de culto, sacerdotes e levitas, principalmente músicos, cantores, porteiros.

Os dois Crônicas constituem um livro só é a mesma historia de Samuel e Reis mas numa perspectiva mais estritamente religiosa.
Se divide em quatro partes:

Tabelas genealogias desde Adão até Davi

A historia do Rei Davi, cheio de zelo pelo culto do Senhor

A historia de Salomão

A historia dos Reis de Judá

O autor de Crônicas I e II, mais do que Samuel I e II e Reis I e II, leve em mira propor o significado teológico dos acontecimentos. O Cronista queria lembrar ao povo as promessas feita a
Davi para exercita-lo à confiança em Javé, levava também a dizer que a vida da nação estava relacionada na fidelidade a Deus, ao culto e ao cumprimento da lei.
Algumas outras características:

O valor de cada Rei está no interesse que ele tem com o culto divino e o modelo é Davi.

O Templo é o lugar da habitação do nome de Javé.

A intervenção de Deus através dos profetas.

O Cronista não si refere simplesmente a fatos, mas acrescenta-lhes uma reflexão teológica.

Esdras – Neemias


Constituem também uma só obra de dois grandes profetas. Se referem os acontecimentos relativos à volta do povo exilado na Babilônia para a Terra Santa e à restauração da vida religiosa e civil desse povo. Período de grandes lutas do povo judeu: o entusiasmo e a alegria daqueles que voltaram à pátria, viram-se preocupados com os estrangeiros que lá estavam.
O livro de Esdras se divide em:

Construção e dedicação do Templo.

Reforma Moral do povo.
O Livro de Neemias:

A reconstrução das muralhas e da cidade de Jerusalém.

Reforma religiosa e social do povo.

Está obra é uma grande obra de reconstrução interior do Povo é muito rico e fundamental. O mais importante é conhecer as idéias e a mentalidade que animaram a restauração, do que a seqüência exata dos fatos.

A restauração teve importância capital na historia do povo eleito: significa o nascimento do Judaísmo propriamente dito. Judaísmo vem de Judá; ora é esta a tribo que volta do exílio para reconstruir a vida do povo messiânico (era a tribo de Davi e do futuro Messias). O judaísmo assim oriundo tem suas característica:

noção de Deus a cada vez mais transcendental, a tal ponto que os judeus não ousavam pronunciar ao santo nome Javé, mas diziam “o Céu”, “o Altíssimo”, “a Gloria”.

Estrita observância da Lei cultivada principalmente pelos fariseus, que multiplicavam os preceitos e desenvolviam minuciosos casuística.

A mística dos “pobres de Deus”, que eram também mansos e humildes, depositando sua confiança unicamente em Deus.

Expectativa cada vez mais viva do Messias e da consumação da historia.

Esdras é chamado o “pai do Judaísmo”.
Tobias – Judite - Ester

Os livros pertencem a um gênero literário próprio: midraxe ou a hagadá. Está é a maneira de processos edificantes e moralizantes para promover a formação espiritual dos leitores.

Tobias – Um certo homem Tobite, da tribo de Neftali foi exilado para Ninivi dedicado-se a caridade, quando certa vez foi ferido pela cegueira diante disso sua esposa menosprezava. Na mesma época Sara filha de Raquel sofria de grande tribulação por parte do demônio era caluniada de homicídio orava confiante em Deus.

Reduzido a pobreza Tobite enviou seu filho Tobias a Rages onde a um homem chamado gabelo.

Quando Tobias inexperiente saia de casa o anjo Rafael (medicina de Deus) ofereceu para guia-lo na estrada, durante a viagem o anjo persuadiu Tobias a guarda o coração de um peixe que o atacará. Promoveu também o casamento de Tobias e Sara esta foi liberdade do demônio, quando o esposo na primeira noite aconselho do anjo queimou o fígado e o coração do peixe na câmara nupcial. Tobias ainda instruído pelo anjo curou com o fel do peixe os olhos do pai então Rafael se revelou e desapareceu, o livro termina com a ação de graças com o velho Tobite abençoado

O livro de Tobias contém um núcleo histórico ornamentado com objetivo didático e moral. A finalidade do livro é mostra admirável providência de Deus para com o homem fiel a lei de Deus.

O anjo Rafael parece na história como guarda, curador e intercessor. É muito importante o amor de Tobias por Sara e a fuga para o Egito.

Judite – O cenário deste livro é a conquista de um rei assírio dito Nabucodonosor. Os Judeus porém resistiam, ao saber disto Aquior, aconselho de não atacar os Judeus pois o Deus de Israel o defenderá.

O livro de Judite é revestido de traço teológicos que põem em relevo o aspecto edificante do quarto. A finalidade do autor sagrado era avivar a fé de Israel em Deus que é capaz de libertar das calamidades do seu povo, diante da fidelidade a aliança.

Judite é uma viúva fraca munida das forças que o jejum e a oração o confere, ela resolve intervir na investida do rei Assírio Nabucodonosor em invadir terra israelitas .

Ester – Como o livro de Judite, o de Ester descreve a história de uma israelita que, por sua castidade e piedade, se tornou instrumento de libertação para o povo de Deus.

O rei Assuero deu, certa vez, grande banquete; por essa ocasião, a rainha Vasti recusou-se a comparecer em público e foi repudiada (1,1-22). Em seu lugar, entrou Ester, israelita, prima órfã de um israelita chamada Mardoqueu, que residia em Susa (Pérsia) e servia na corte do rei (2,1-20).

Em seguida, Mardoqueu revelou ao rei a conspiração de dois oficiais contra a vida de Assuero; por isto foi inscrito nos Anais como benemérito (2,21-23). Fiel, porém, às suas tradições religiosas, recusava-se a dobrar o joelho diante de Amã, primeiro-ministro de Assuero (3,1-4). Irritado, Amã obteve do rei um decreto que mandava exterminar todos os judeus da Pérsia no fim do ano corrente (3,5-15).

Diante do perigo, Mardoqueu pediu a Ester que intercedesse junto a Deus e ao rei pela salvação do seu povo (4,1-17). Após ter jejuado e orado, ela e os judeus de Susa, durante três dias, Ester
I e II Macabeus

Os livros de Esdras e Neemias relatam a restauração do povo Judeu na sua terra após o exílio (587-538 a. C.). Cobrem um período de tempo que vai possivelmente até 398 a. C. Após esta data não nos é documentada pela Bíblia até a época dos Macabeus, que começa em 175. A partir de fontes não Bíblicas podemos restituir assim os principais acontecimentos:

Em 198, Antioco III, que reinava na Síria, venceu Ptolomeu V na batalha de Panion, e passou a dominar na Palestina; foi favorável aos Judeus e ao Templo de Jerusalém. O seu sucessor, Seleuco IV (187-175), deixou os Judeus em paz, até o ultimo ano do seu reinado, quando tentou depredar o Templo de Jerusalém. O rei seguinte, Antioco IV(175-163), ocupou Jerusalém, e quis impor aos Judeus costumes pagãos ou a helenização, com anfiteatros, estádios esportivos, consumo de carne de porco... Muitos Judeus resistentes foram mortos, outros, reduzidos à escravidão; outros, porém cederam à pressão, desertando da fé. O Templo de Jerusalém foi profanado, pois nele introduziram uma estatua de Júpiter.

Levantou-se então o sacerdote Matatias , como chefe de guerrilha e guerra contra os Sírios, acompanhados por seus filhos. O mais valente de todos era Judas, chamado “Macabeu” (=martelo, provavelmente) e também era dado este nome a todos que resistiram aos dominadores pagãos. A família de Matatias também foi dita “dos hasmoneus”; uma vez bem sucedida na luta, teve a chefia em Judá durante uns 130 anos, mas aos poucos foi perdendo a sua tempera ardorosa e cedeu aos costumes pagãos, de modo que o nome “hasmoneus” soa mal aos Judeus até hoje.

Os livros dos Macabeus narram as façanhas da resistência Judaica; o primeiro vai do começo do reinado de Antioco IV (175 a. C.) até a morte de Simão Macabeu (134 a. C.), o que eqüivale a quarenta anos o segundo não continua o primeiro mais vai de 175 a 160 a. C.
É uma historia edificante
I Macabeus

Narra os feitos de Judas Macabeu; os de Jonatas e Simão(irmãos de Judas). Judas venceu os Sírios e recuperou o Templo, morreu no campo de batalha. Jonatas foi ainda mais feliz em suas campanhas militares e diplomáticas, mas se afastou do ideal de seu Pai aliando-se aos pagãos, colocando interesse político ao religioso, morreu numa emboscada, seu irmão Simão sucedeu tinha um prestigio ainda maior, obteve autonomia política para o seu povo diante dos estrangeiros (Sírios, Espartanos, Romanos) usava o titulo de “Sumo Sacerdote” e “Etnarca” (chefe da nação) morreu tragicamente colhido em cilada, e teve por seu sucessor seu filho João Hircano (134). Israel não é posta em perigo como nação mais como familia religiosa. Onde Israel é ameaçada na sua esperança e vence a prova apegando-se a lei de Deus.

I Macabeu é um livro bíblico que narra fatos principalmente façanhas militares com clareza e objetividade, exagera no contar as batalhas típico do historiador semita. Parece que foi escrito como uma testemunha ocular que acompanhou os acontecimentos. O livro pode ser uma leitura árida pelo motivo dos relatos de guerras e intrigas religiosas. É preciso perceber a fé ardente do Judeu que escreve; ele é um defensor do Judaísmo diante dos helenistas e pagãos e tem uma admiração pelos heróis de guerra que reconquistaram a liberdade religiosa. Os pontos fortes é ver o zelo religioso.
II Macabeu

O livro repassa a historia dos Macabeus desde a tentativa, feita por Heliodoro de depredar o Templo de Jerusalém até a morte de Nicanor, General do rei Demetrio II da Síria, ou seja desde 175 até 160 a. C.

O livro se divide em duas partes:

1. A perseguição movida pelos reis Seleuco IV e Antioco IV

2. A guerra de Judas Macabeu contra os Sírios

Isto corresponde a primeira parte de I Macabeu.

É uma obra de cinco volumes escrita por Jasão de Cirene. Parece um pregador mais do que historiador; compraz de descrições trágicas, na menção de intervenções extraordinárias de Deus e dos anjos nos acontecimentos narrados, propõe suas reflexões piedosas nos acontecimentos. Procura enfatizar a ação do Senhor durante a historia.

A finalidade era confirmar a fé na Providencia Divina pelo seu povo.

A família dos hasmoneus só é citada no capitulo 8 quando Judas aparece como aquele que reconquista no Templo.

O valor teológico de II Mc é enorme; atesta a evolução do pensamento religioso judaico e algumas de suas proposições do limiar da era cristã. Enumeremos os seguintes pontos:

1. Toda historia narrada é a da Providencia Divina. Deus “tudo fez a partir do nada”, e é o grande Regente dos acontecimentos humanos

2. A ressurreição dos corpos, no sentido próprio da expressão, onde todos irão ressuscitar até os ímpios “não para a vida”, com isso coloca por fim a definição do cheol (lugar subterrâneo no qual os bons e os maus, após a morte, se encontrariam adormecidos ou inconscientes, incapazes de receber alguma sanção.

3. A doutrina do purgatório e do sufrágio pelos defuntos, onde alguns soldados morriam na guerra mas traziam amuletos pagãos, o que era incoerente ou pecaminoso. Judas então manda oferecer sacrifícios expiatórios pelos que haviam morrido com o amuleto pagão, para que eles fossem absolvidos dos pecados.

4. A intercessão dos Santos na gloria pelos seus irmãos peregrinos na terra. Onias e Jeremias aparece a Judas Macabeu como intercessores em favor dos irmãos militares. Esta concepção de que a morte não interrompe a comunhão entre os membros do povo de Deus e não impede a oração de uns pelos outros havia de se desenvolver adequadamente na teologia do cristianismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário